Uma 'Estrela de Nêutrons Rara' Recentemente Detectada Parece Estar Emitindo Sete Tipos de Pulsos Diferentes
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (30/05) no
site “Canaltech”, destacando que uma
‘Estrela de Nêutrons’ rara
descoberta por uma equipe internacional liderada pela ‘Dra. Manisha Caleb’, da Universidade
de Sydney, parece emitir sete
tipos de pulsos diferentes.
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Estrela de Nêutrons Rara Parece Emitir Sete Tipos de
Pulsos Diferentes
Por Danielle
Cassita
Editado por Rafael Rigues
30 de Maio de 2022 às 18h40
Fonte: Nature
Astronomy; Via: University of Sydney
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA
Uma estrela
de nêutrons recentemente detectada está emitindo sinais raros de rádio
enquanto gira lentamente, completando uma rotação a cada 76 segundos. A estrela
foi descoberta por uma equipe internacional liderada pela Dra. Manisha Caleb,
da Universidade de Sydney, e fica em uma espécie de “cemitério”, onde não se
esperava detectar pulsos do tipo.
As estrelas de nêutrons são objetos extremamente densos
deixados para trás após estrelas
massivas explodirem em supernovas. Até o momento, os astrônomos já
encontraram cerca de 3 mil delas em nossa galáxia, mas a estrela
recém-descoberta parece ser especial: ela pode fazer parte dos magnetares de
período ultra-longo, uma classe teórica composta por estrelas com campos
magnéticos extremamente fortes.
(Imagem: Reprodução/Raphael.concorde/ Daniel
Molybdenum/NASA)
A equipe do estudo a encontrou com o radiotelescópio
MeerKAT, instalado na África do Sul. As detecções iniciais foram feitas a
partir de um único pulso; depois, os autores conseguiram determinar a
ocorrência de pulsos múltiplos através de imagens consecutivas do céu noturno,
que permitiram também confirmar a posição da estrela.
Chamada PSR J0901-4046, a estrela parece ter pelo menos
sete tipos diferentes de pulsos, sendo que alguns deles são altamente
periódicos. Ainda, a estrela de nêutrons tem características dos pulsares,
magnetares de período ultra-longo e até mesmo das misteriosas rajadas
rápidas de rádio, que ocorrem em lugares aleatórios do céu.
Caleb ficou surpresa com a descoberta. “É fascinante
detectarmos apenas emissões de rádio desta fonte durante 0,5% de seu período de
rotação”, disse. “Isso significa que temos muita sorte pelo feixe de rádio ter
cruzado com a Terra”, mencionou. Ela destacou também que é provável haver
várias outras estrelas girando lentamente, o que traz implicações importantes
para a compreensão de como elas nascem e evoluem.
A autora explicou que, no momento, a maioria dos
levantamentos de pulsares não são voltados para objetos com períodos assim, de
modo que não se sabe como a maioria destas estrelas foi formada. “Este é o
início de uma nova classe de estrelas
de nêutrons, e como elas se relacionam com outras é algo que ainda será
explorado; provavelmente há muitas outras por aí, precisamos apenas procurar”,
finalizou.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Nature Astronomy.
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