Nova Missão Suborbital Conjunta Brasil/Argentina, Será?
Olá leitor!
VS-30 VO7 da Operação Angicos sendo lançado do CLBI - Dezembro de 2007 |
Creio que seja do conhecimento da maioria de nossos
leitores que acompanham as atividades espaciais do país, que o Brasil e a Argentina
realizaram em dezembro de 2007 uma missão conjunta denominada de “Operação Angicos”.
Missão essa que foi bem sucedida lançada do Centro de
Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) no dia 16/12/2007 através do foguete VS-30
VO7.
Até hoje essa foi à única missão realizada entre os dois
países onde foi utilizado foguetes de sondagem, mas pode ser que já esteja em
negociação (ao que parece foi proposto pelos argentinos) entre a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CONAE) e a Agência Espacial Brasileira
(AEB), a realização de uma segunda missão suborbital conjunta, onde ao que
parece um dos estágios do foguete seria fornecido pelos argentinos, será mesmo?
A dúvida nasceu de minha visita ao novo site da CONAE onde
verifiquei na página “Acesso ao Espaço/Participação Internacional” o seguinte:
* Vuelo
suborbital de etapa propulsada (propuesta)
Será leitor que os argentinos estão planejando usar um
propulsor sólido brasileiro S30 (booster) como primeiro estágio para testar em voo
um propulsor sólido ou líquido do Projeto Tronador II?
O próprio Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) tem em
seus planos o uso de um propulsor S30 para testar em voo o MFPL L5 que recentemente
foi qualificado em solo, demonstrando com isso (pelo menos) que existe a
viabilidade técnica de que uma missão como essa possa acontecer.
Particularmente fico na torcida que não só essa suposta
missão venha acontecer, como também outras, não só com a Argentina, mas também
com o Chile, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia, México, entre outros.
Afinal, não podemos perder a oportunidade de oferecer serviços
a esses países, e quem sabe ações como essa possam estimular a América Latina, num futuro não tão
distante, seguir o exemplo da Europa, criando a sua própria Agência
Espacial. Coisa que segundo o nosso leitor Marcos Ricardo, não seria nada fácil,
mas na Europa a coisa inicialmente também não foi fácil e ainda não é, muito pelo contrário,
mas hoje a ESA é uma grande realidade, apesar das diferenças.
Duda Falcão
Para este caso, nem mesmo a Argentina sabe o que fazer... O projeto Tronador II anda um tanto quanto indefinido, como atrasos de protótipos para testes de subsistemas (o que eles chamam de VEX), dentre outro fatores.
ResponderExcluirSaudações.
Mais informações sobre essa missão aqui: missão brasil-argentina
ResponderExcluirSobre a tal "Agencia Espacial Latino-Americana", não creio que acontecerá até que hajam foguetes de lançamento concluídos. Os franceses já tinham o Ariane o que ajudou a Europa a se equilibrar frente aos EUA e a Russia. Talvez daqui a uns 10 anos, se as missões brasileiras forem bem sucedidas, quem sabe?