Operação Astrolábio: FAB Publica Nota Oficial Sobre a Missão do Foguete Sul-Coreano
Olá
leitores e leitoras do BS!
Segue uma nota oficial postada hoje (07/12) no site oficial da FAB tendo como destaque a ‘Operação Astrolábio’, que trata da campanha
de lançamento do ‘Foguete Suborbital Sul-Coreano
HANBIT-TLV’ da startup INNOSPACE.
Brazilian Space
ESPACIAL
Foguete Sul-Coreano Será Lançado do
Brasil Com Carga Útil 100% Nacional
O lançamento é resultado de um acordo de
parceria entre o DCTA e a empresa sul-coreana INNOSPACE
Edição:
Agência Força Aérea
Publicada
em: 07/12/2022 - 10:25
Fonte: DCTA
Fotos: DCTA
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio
do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e a empresa
sul-coreana INNOSPACE assinaram, no início de 2022, um acordo de parceria com o
objetivo de realizar o lançamento do foguete HANBIT-TLV e o ensaio em voo da
carga útil SISNAV, operação que demonstra a capacidade nacional em desenvolver
tecnologias espaciais e lançar foguetes, endossando o compromisso do Brasil com
a manutenção da soberania do espaço aéreo.
A campanha de lançamento, nomeada Operação Astrolábio,
ocorrerá a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), unidade
subordinada à FAB.
O HANBIT-TLV é um lançador de satélites que mede 16,5
metros e pesa 8,4 toneladas. O foguete, desenvolvido pela empresa INNOSPACE,
utiliza um sistema patenteado de alimentação por bomba elétrica, além de
tecnologia híbrida, ou seja, com propulsores à base de oxigênio líquido e uma
mistura de parafinas, o que proporciona composição química estável, fabricação
mais rápida e de menor custo.
“A INNOSPACE está muito orgulhosa de todo o trabalho
realizado até aqui, pois foram muitos meses de estudo, planejamento e preparo
das equipes. Essa Operação será marcada pela sinergia, esforço e pioneirismo.
Entraremos para a história do Programa Espacial”, comentou o Diretor de
Negócios da INNOSPACE do Brasil, Élcio Jeronimo de Oliveira.
O veículo é equipado com a carga útil denominada Sistema
de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvida pelos militares e profissionais
civis do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o qual faz parte do DCTA.
O SISNAV é um experimento tecnológico brasileiro
essencial para a navegação autônoma de foguetes, que permitirá ao Brasil um
grande passo em direção à independência no desenvolvimento de veículos para
lançamentos de satélites de todos os tipos. O Projeto SISNAV está inserido
dentro do Sistema de Navegação e Controle (SISNAC), previsto para o Veículo
Lançador de Microssatélites (VLM) da FAB, focado em órbitas baixas no chamado New
Space.
Antigamente, os satélites eram maiores e, ao serem lançados,
ficavam em órbitas altas durante longos períodos. A chegada do New Space revolucionou
o mercado espacial. Trata-se de um conceito que prioriza o lançamento de
satélites menores e mais leves, planejados para orbitarem por períodos mais
curtos em órbitas mais baixas, o que diminui a necessidade de grandes áreas e
ainda permite o uso de foguetes menores para realizar a operação. Neste
sentido, o CLA emerge com um grande potencial, tendo sua agenda à disposição
das empresas do mundo todo.
Outra vantagem do New Space é a participação de
pequenas empresas de inovação, sendo muitas startups, potencializando o
desenvolvimento de pesquisas espaciais devido à constante atualização das
tecnologias envolvidas e o seu baixo custo.
“A Operação Astrolábio é o resultado de uma integração
inédita extremamente relevante para o nosso país e para o mundo. Por meio dessa
parceria, fortaleceremos e capacitaremos a indústria nacional em tecnologias
aeroespaciais e de defesa com valor agregado e de alto nível”, explicou o
Diretor do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar, Maurício Augusto Silveira de
Medeiros.
No que se refere à segurança da Operação, o Diretor do
CLA, Coronel Engenheiro Fernando Benitez Leal, reforça que a trajetória do
veículo não passará por áreas habitadas e os pontos de impacto do propulsor e
da carga útil, que caem no Oceano Atlântico, ocorrerão a mais de 50 km da
costa, não oferecendo perigo à população ou prejuízos ambientais.
“A área de impacto é interditada para navegação por meio
de aviso aos navegantes e notificações para as aeronaves, evitando assim o
sobrevoo. Além disso, a FAB também presta suporte com aeronaves de patrulha,
desenvolvendo um trabalho de esclarecimento da área de impacto para certificar
que não exista nenhuma embarcação em risco. A Marinha do Brasil e a Força Aérea
Brasileira, por meio do CLA, também orientam os pescadores das vilas próximas,
bem como os navios que transitam no porto, sobre a existência da operação. Toda
e qualquer atividade relacionada ao lançamento (manuseio do lançador,
preparação, montagem e testes do veículo, bem como seu lançamento) é executada
de acordo com normas internacionais de segurança, como descrito no Manual de
Segurança Operacional do Centro e com planos de emergência associados”, pontuou
o Diretor do CLA.
Além do IAE, outros institutos do DCTA também foram
envolvidos na missão, como o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial
(IFI), responsável pela análise da conformidade do veículo às regras de
operação definidas pelo Regulamento Espacial Brasileiro, além da conferência de
todos os elementos críticos do projeto, de modo a garantir a segurança
operacional em solo e segurança de voo (trajetória e dispersão do ponto de
impacto) sem a ocorrência de danos.
“Estamos diante de uma oportunidade ímpar, pois essa
missão promove o desenvolvimento técnico e operacional das equipes envolvidas
no que tange à tecnologia de propulsão híbrida, avaliação do desempenho em voo
do SISNAV e sistemas de rastreio, transmissão e recebimento de dados. Dessa
forma, fortalecemos o Programa Espacial Brasileiro, mostrando ao mundo a
capacidade do Brasil de desenvolver tecnologias aeroespaciais, valorizando a
indústria nacional”, concluiu o Coordenador Geral da Operação, Coronel Aviador
Rodrigo José Fontes de Almeida.
Um Curiosidade de um Oficial da FAB , perguntou o qual motivo o Jumbo não pousou no Aeroporto de CLA com seus 2.6OO m. Asfalto
ResponderExcluire preferiu pousar em uma pista menos de São Luís , com seus 2.385 m. Asfalto " pista maior "
Conclusões finais ; se o Jumbo pousasse no CLA , sendo +/- 215 m . a mais , teria a logística muito mais rápida e eficiente , pois já seria descarregado na península de Alcântara , dentro do CLA
evitaria atravessar a baía de São Marcos de Ferry-Boat
* Obs. gostaria de uma resposta técnica do BS ,se possível !
Prezado PEB, O Aeroporto de Alcantara está em obras e não teria estrutura para receber e despachar a carga da aeronave em questão, ainda que tenha a pista com as características descritas por você.
ExcluirO aeroporto de Alcântara, é um aeródromo não comercial, pertencente ao CLA (Centro de Lançamento de Alcântara). O aeroporto possui a maior pista do Maranhão, com superfície de asfalto e 2600 metros de extensão, podendo receber aviões de grande porte como o Boeing 747.
ResponderExcluirAlém disso, por ser um voo internacional, precisa-se de uma tramitação alfandegária, que também inexiste no aeroporto de Alcântara. (complementando a resposta acima).
Excluirok ! , agora sim faz sentido
Excluirpor ser um voo internacional, precisa-se de uma tramitação alfandegária, que também inexiste no aeroporto de Alcântara
agora que chegou e deu tudo certo !
Excluira data prevista para o lançamento desta missão, é que o mesmo seja lançado ainda entre os dias 19 e 21 do mês de Dezembro 2022
só nos resta aguardar pouco dias , vamos torcer para que o lançamento seja na data programada e que funcione tudo bem , estaremos aqui sempre na corrente positiva
obrigado ! , ao BS pelos esclarecimentos , eu li algo que realmente a pista está sendo apliada , isso é um motivo que começa a andar o nosso CLA