Telescópio Espacial James Webb Identifica Nuvens Curiosas na Lua Titã, do Planeta Saturno
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia publicada ontem (02/12)
no site “Canaltech”, destacando que o
Telescópio Espacial James Webb
identificou nuvens curiosas na Lua Titã,
do planeta Saturno. Saibam mais
sobre essa notícia pela matéria abaixo.
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James Webb Identifica Nuvens Curiosas na Lua Titã, de
Saturno
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
02 de Dezembro de
2022 às 11h42
Fonte: NASA
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA, ESA, CSA, A. Pagan (STScI), JWST Titan GTO
Team
O telescópio
James Webb realizou suas primeiras observações da lua Titã, de Saturno,
capturando imagens intrigantes das nuvens em sua atmosfera. O trabalho foi
realizado por uma equipe internacional de cientistas, que usou o telescópio
para investigar a atmosfera da lua na luz infravermelha, capaz de revelar
padrões meteorológicos e composições gasosas.
Titã é a única lua no Sistema Solar que contém uma
atmosfera densa, sendo também o único outro corpo planetário (com exceção da
Terra) com lagos, rios e mares — mas, ao contrário do que há no nosso planeta,
os líquidos na superfície de Titã são compostos por metano e etano.
(Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, Webb Titan GTO
Team/Alyssa Pagan (STScI))
Para investigar esta lua e seus processos, o astrônomo
Conor Nixon solicitou 15 horas de observação
dela com o James Webb, com o objetivo de estudar a atmosfera da lua, a
distribuição da névoa por lá, identificação de novos gases e mais. Ao fim do
processo, Nixon e seus colegas ficaram maravilhados com os dados obtidos.
“Fantástico! Amei ver as nuvens e as óbvias marcações de
reflexos”, disse Heidi Hammel, cientista planetária da Associação de
Universidades para Pesquisa em Astronomia. É que, conforme analisaram os dados,
eles identificaram duas nuvens em Titã; uma delas estava sobre Kraken
Mare, um mar que pode ter mais de 300 m de profundidade.
Depois, eles realizaram novas observações com o
Observatório W. M. Keck, no Havaí. “Estávamos preocupados com as nuvens terem
desaparecido quanto as observássemos dois dias depois com o Keck, mas para
nossa surpresa, havia nuvens nas mesmas posições, parecendo que tinham sofrido
mudanças em seus formatos”, disse o astrônomo Imke de Pater.
(Imagem: Reprodução/NASA/STScI/W. M. Keck
Observatory/Judy Schmidt)
Na esquerda, estão observações de Titã pelo James Webb; no meio e direita, estão imagens do observatório Keck, capturadas dois dias depois do Webb e no dia 7 de novembro, respectivamente. |
O alinhamento das nuvens não significa, necessariamente,
que ambos os observatórios identificaram as mesmas formações. Como o hemisfério
norte de Titã está no fim do verão e vem recebendo mais radiação, é possível
que o Observatório Keck tenha identificado nuvens
recém-formadas.
O trabalho ainda não acabou, e a equipe ainda espera
receber novos dados dos instrumentos NIRCam, NIRSpec e MIRI no ano que vem —
este, especificamente, poderá revelar até comprimentos de onda jamais vistos no
espectro da lua Titã, que podem conter informações sobre os gases existentes na
atmosfera de lá.
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