NASA Testa 'Braço Robótico' Desenvolvido Para Atuar no 'Frio Extremo' Sem a Necessidade de Aquecimento
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma interessante matéria postada hoje (26/12), no site ‘Inovação Tecnológica’, destacando que a NASA está desenvolvendo um
novo Braço Robótico (o ColdArm)
para atuar no Frio Extremo, sem a necessidade de ser aquecido. Saibam mais sobre
esse novo equipamento pela matéria abaixo.
Sensacional, realmente
espetacular, e mais um gol dessa fantástica Agência Espacial sempre muito a
frente do seu tempo com novas ideias e iniciativas. Deveria servir de exemplo
para a nossa piada espacial.
Brazilian Space
ROBÓTICA
NASA Testa Braço Robótico Que Irá Para o Frio
Redação do Site
Inovação Tecnológica
26/12/2022
[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Braço do frio
Os braços robóticos espaciais, como os que operam na
Estação Espacial Internacional ou nos rovers que exploram Marte,
precisam de um aquecimento contínuo para que funcionem de forma confiável nas
temperaturas muito frias do espaço ou do planeta vermelho.
Mas as temperaturas que os exploradores da missão
Artemis encontrarão nas crateras
escuras das Lua, e que futuras sondas exploradoras enfrentarão nas luas de
Júpiter e Saturno, são ainda mais baixas.
Para lidar com essas novas situações, a NASA começou a
testar um braço robótico que opera em temperaturas tão frias quanto -170 ºC, e
ainda faz isso sem precisar dos aquecedores, que consomem energia demais.
Batizado de ColdArm ("braço do frio", em
tradução livre), o novo braço robótico está sendo avaliado para trabalhar
continuamente na exploração durante a escuridão da noite lunar, um período que
se estende por cerca de 14 dias terrestres.
"Indo para a Lua, precisamos ser capazes de operar
em temperaturas mais frias, principalmente durante a noite lunar, sem o uso de
aquecedores," disse Ryan McCormick, gerente do projeto. "O COLDArm
permitiria que as missões continuassem trabalhando e fazendo ciência mesmo em
ambientes criogênicos extremos."
Para dar uma ideia dos desafios, McCormick relembra uma
cena do filme "Exterminador do Futuro 2", em que um androide hostil,
feito de metal líquido, é congelado por um derramamento gigante de nitrogênio
líquido, quebrando-se em pedaços. "O cara mau não conseguiu funcionar nessas
temperaturas, mas o COLDArm poderia," compara ele.
[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Tecnologias Robóticas Para o Frio
Várias novas
tecnologias tiveram que ser desenvolvidas para que o COLDArm funcione em
ambientes extremos.
Primeiro, o braço
robótico de 2 metros de comprimento usa engrenagens feitas de vidro metálico
maciço, um material metálico sólido com composição e estrutura únicas, que o
torna mais resistente do que a cerâmica e duas vezes mais forte do que o aço,
com melhores propriedades elásticas que ambos. Essas engrenagens não requerem
lubrificação ou aquecimento para funcionar no frio.
Como os
controladores do motor do braço não precisam ser mantidos aquecidos, eles podem
ser instalados mais perto dos instrumentos científicos, sem necessidade de
isolamento e com cabeamento menos pesado - nos robôs marcianos, os motores
ficam em uma caixa eletrônica no centro do robô, para perderem menos calor, e
tudo é movido por cabos.
Enquanto isso, um
sensor embutido no pulso do COLDArm fornece informações de retorno
contínuas, permitindo que ele "sinta" o que está fazendo em todas as
direções, como um humano colocando uma chave no buraco da fechadura e girando a
chave - esse dispositivo, chamado sensor de torque de seis eixos, também pode
operar no frio extremo.
Por último, o
projeto está aproveitando as câmeras e o software de operação autônoma usados
pelo helicóptero
Engenhosidade, que continua fazendo história em Marte - o braço robótico
também está sendo projetado para operar de forma autônoma, sem precisar
depender de comandos minuciosos enviados da Terra.
[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Mundos Distantes
Embora o COLDArm
também não esteja pronto para funcionar em nitrogênio líquido, como o androide
do filme, ele pode operar em um módulo de pouso enviado para um mundo oceânico
congelado, como a lua
Europa de Júpiter, onde sua falta de partes aquecidas teria o benefício
adicional de permitir a coleta de materiais voláteis sem afetar
significativamente a temperatura das amostras.
Só isso
economizaria cerca de duas horas de tempo e até 30% do orçamento diário de
energia de uma missão que os rovers de Marte, como Curiosity
e Perseverance,
gastam aquecendo seus braços robóticos para que suas engrenagens não se
estressem e quebrem no frio.
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