Novo Estudo Aponta a Existência de Um 'Vulcão Ativo' do Tamanho da Europa no Planeta Marte
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue agora uma notícia curiosa postada
ontem (06/12)
no site ‘Olhar Digital’ destacando que
segundo um novo estudo há movimentos sísmicos acontecendo no subsolo marciano e
indícios que o subsolo de Elysium Planitia, uma das maiores planícies de Marte,
abriga uma área com atividade vulcânica. Entendam melhor essa história pela matéria
abaixo.
Ora amigos leitores e leitoras, será verdade mesmo, ou esse estudo é
uma furada? Não sei, mas caso seja, implicará muito provavelmente na descoberta
de vida microbiótica no entorno dessas áreas vulcânicas. Um prato cheio para a ciência
e para Astrobiologia. Vamos aguardar os acontecimentos.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Vulcão Ativo do Tamanho da Europa Encontrado em Marte
De acordo com os pesquisadores, nenhum outro estudo
previu que ainda havia vulcanismo ativo no subsolo de Marte
Por Isabela Valukas Gusmão
Editado por Lucas Soares
06/12/2022 - 14h13
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Uma nova descoberta dos cientistas promete mudar
totalmente a forma como Marte é encarado. Considerado um até então um planeta
inativo, um novo estudo apontou que há movimentos sísmicos acontecendo no
subsolo marciano. De acordo com dados de várias sondas orbitais, o subsolo de
Elysium Planitia, uma das maiores planícies de Marte, abriga uma área com
atividade vulcânica, com tamanho semelhante a toda Europa
Ocidental.
De acordo com o estudo, Marte é o terceiro planeta
conhecido a ter atividade vulcânica ativa. Além dele, apenas a Terra e Vênus
apresentam a mesma característica, no Sistema Solar. Para chegar a essa
conclusão, os pesquisadores dos Estados Unidos analisaram informações captadas
há décadas pelas sondas Mars Global Surveyor e a Mars Reconnoissance Orbiter,
ambas da NASA.
A partir desses dados, foi possível elaborar mapas
topográficos detalhados do planeta, bem como estudar as mudanças na força de
gravidade sofridas por Marte. Todos esses resultados aliados às evidências
recentes do Insight, levaram os cientistas a concluírem que há uma enorme
“pluma de manto” nesta parte de Marte, ou seja, um grande conduto de rocha que
conecta o manto interno do planeta com a crosta externa.
De acordo com as estimativas, a pluma está entre 100º e
300º mais quente que o resto do planeta, e mesmo em estado sólido, ela flui
lentamente para cima. Acredita-se que a cabeça desta pluma tenha entre 25 e 200
quilômetros de profundidade. A elevada atividade sísmica captada pela sonda da
NASA indica que a esta zona ainda “está ativa” e que já podem existir depósitos
de lava no subsolo.
Créditos: BT Image – Shutterstock
Em outro trabalho o grupo de pesquisa encontrou o caso
mais recente de vulcanismo na história de Marte, ocorrido há 50.000 anos, pouco
tempo em termos geológicos. Esse fato corrobora a hipótese de que a região está
ativa.
Corre o Risco de Haver Erupções em Marte
Os cientistas envolvidos nessa pesquisa alegam que a
descoberta demonstra a possibilidade de haver uma erupção em Marte, em tempo
indeterminado. Toda a pressão existente na crosta do planeta fez com que a
região tivesse um formato de cúpula, que se eleva do terreno circundante por um
a dois quilômetros. Além disso, também foi observada uma enorme rede de
rachaduras e linhas de falha conhecidas como Fossa de Cerberus, a mais longa de
todo planeta vermelho, com cerca de 1, 3 mil quilômetros de comprimento.
É curioso que o vulcanismo registrado em Marte é
semelhante, mas, ao mesmo tempo, diferente daquele visto na Terra. Em relação
às plumas do manto e aos pontos quentes, o mesmo fenômeno pode ser encontrado
em lugares como o Havaí ou as Ilhas Canárias. Porém, no caso terrestre, essa
situação é desencadeada pelo movimento das placas tectônicas, diferentemente de
Marte, que não tem essas placas, o que concentra a pressão das plumas em um
ponto.
Os pesquisadores disseram que “nenhum modelo previu a
existência de vulcanismo ativo em Marte, por isso vamos ter de reescrever a
história geológica do planeta para explicar como isso pode ter se formado”. Por
fim, o trabalho também apontou duas implicações importantes para a futura
exploração robótica e humana do planeta vermelho.
Primeiro: se houver, ela provavelmente será encontrada na
forma de micróbios, localizados abaixo da superfície para escapar da alta
radiação. Segundo: o fato de haver vulcanismo e temperaturas mais altas podem
tornar a área mais hospitaleira para esses organismos e, portanto, um bom lugar
para enviar futuras missões robóticas.
Comentários
Postar um comentário