Resíduo Nuclear Pode Ser a Solução da ESA Para Futuras Missões Espaciais

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue uma matéria muito interessante publicada dia (07/12) no site “Canaltech”, destacando que a ESA aprovou fundos destinados ao seu novo projeto ‘European Devices Using Radioisotope Energy (ENDURE), uma iniciativa que tem como foco o desenvolvimento de baterias para ‘Exploração Espacial’ alimentadas pelo ‘Isótopo Amerício-241’, um resíduo nuclear. Saibam mais pela matéria abaixo.
 
Pois é, interessante isso, inclusive por já termos conversado sobre o tema do uso da energia nuclear na exploração espacial em uma live com o Junior Miranda (do Canal e Site Homem do Espaço), em 15/07/22, e termos debatido novamente  ontem a noite no ‘Espaço Semanal’ (EP 41), além, é claro, de também tratarmos desse assunto em um outro episódio (EP 27), do dia 01/09/22, com se não o maior especialista brasileiro e da América Latina no uso da tecnologia nuclear no espaço, um dos maiores, o Dr. Lamartine Guimarães (ex-servidor aposentado do IEAv - Instituto de Estudos Avançados da DCTA e coordenador do Projeto TERRA), tão lembrados (reveja abaixo)?

Veja os vídeos do BS e conheça um pouco mais o tema:



 
Obs: Temática Nuclear com a participação do Dr. Lamartine Guimarães, de 2:01:37 a 2:50:28h do vídeo.

Brazilian Space 
 
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Resíduo Nuclear Pode Ser Solução Para Futuras Missões Espaciais da ESA
 
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
07 de Dezembro de 2022 às 12h52
Fonte: Nature 
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Fonte: ESA

Em novembro, ministros da Agência Espacial Europeia (ESA) aprovaram fundos destinados ao novo projeto European Devices Using Radioisotope Energy (ENDURE). A iniciativa é focada no desenvolvimento de baterias para exploração espacial alimentadas pelo isótopo amerício-241 e, se tiver sucesso, pode permitir operações em lugares onde o acesso à energia solar é reduzido ou inexistente.
 
As baterias usadas atualmente em missões espaciais dependem do plutônio-238, um isótopo de produção desafiadora e de altos custos. Hoje, os Estados Unidos e Rússia contêm a maior parte do isótopo, e a NASA dispõe de poucas quantidades para uso em seus projetos. Assim, a ESA se viu obrigada a procurar alternativas, e investirá quase 30 milhões de euros para tentar desenvolver uma bateria de amerício-241.
 
(Imagem: Reprodução/Lemnaouer/Envato)
O amerício pode ser extraído do combustível usado em usinas nucleares.
 
Derivado do plutônio usado em reatores de usinas nucleares, o amerício é um elemento radioativo capaz de gerar calor suficiente para aquecer equipamentos e gerar energia para alimentar sistemas elétricos. Segundo os pesquisadores, ele é de produção mais fácil e de menor custo, mas tem menor potencial energético que o plutônio-238. Mesmo assim, os cientistas acreditam que vale a pena tentar usar o composto.
 
Apesar de a ESA ter decidido experimentar o uso do amerício, esta será a primeira vez que o elemento será usado como fonte de energia neste tipo de bateria. Assim, os cientistas acreditam que ainda haverá alguns imprevistos a serem solucionados antes que o uso dos resíduos de amerício sejam aplicados em missões espaciais. No momento, a ESA acredita que deve lançar foguetes com baterias de amerício até o fim da década.
 
Quando estiver aperfeiçoada, a nova tecnologia deverá permitir que os astronautas e cientistas da agência realizem estudos espaciais por conta própria, sem depender de parcerias com os russos ou norte-americanos. Ainda, a nova tecnologia deverá ajudar a ESA a economizar fundos a longo prazo, que podem ser aplicados em seu programa espacial.

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