Brasil Aguarda Aval da Casa Civil para Ingresso no CERN

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria postada dia (23/07) no site “G1” do globo.com destacando que segundo o ministro Raupp, o Brasil aguarda o aval da Casa Civil para poder ingressar no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN, na sigla em francês).

Duda Falcão

Maranhão

Brasil Aguarda Aval da Casa Civil para
Ingresso no CERN, Afirma Ministro

Para Marco Antonio Raupp, participação do país em centro é importante.
Raupp alegou ainda que projeto em Alcantâra precisaria de mais recurso.

Igor Almeida
Do G1, MA
Com G1, em São Paulo
23/07/2012 - 16h09
Atualizado em 23/07/2012 - 18h53

O Ministério da Ciência aguarda o aval da Casa Civil para que o Brasil se torne associado do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), responsável pelo Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês).

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23) pelo ministro da Ciência, Marco Antonio Raupp, durante entrevista coletiva realizada em São Luis (MA), que sedia até sexta-feira (27) a 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC.

“Tudo está caminhando positivamente, porém é necessário que a Casa Civil dê o aval para que possamos nos associar ao Cern. Não tem porque não fazermos isso. É importante para o Brasil, para a ciência e para os pesquisadores", declarou.

Em fevereiro, em entrevista ao G1, Raupp havia informado que o governo trabalhava em uma forma de “engenharia financeira” para conseguir a aprovação do investimento necessário para a entrada no Cern.

Se aprovado, o país teria que pagar uma cota anual para ser considerado membro do projeto -- esse valor ainda precisa ser definido pelo Cern, mas há dois anos era de aproximadamente US$ 15 milhões ao ano.

O LHC ganhou destaque no início de julho após cientistas anunciarem a descoberta de uma partícula subatômica inédita. Há fortes indícios de que se trate do "bóson de Higgs", a "partícula de Deus", única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.

Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação,
Marco Antonio Raupp, em entrevista coletiva realizada
na SBPC. (Foto: Igor Almeida/G1)

Parceria Binacional em Alcântara

Raupp comentou ainda a questão da consolidação da base de Alcântara, no Maranhão, como polo comercial de lançamentos espaciais operado entre o Brasil e a Ucrânia.

A empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), prevê a comercialização e operação de serviços de lançamento utilizando o lançador Cyclone-4. Decreto presidencial publicado no "Diário Oficial da União" no início de julho autorizou a transferência de R$ 135 milhões do governo federal para aumentar o capital da empresa. Entretanto, segundo Raupp, ainda são necessários R$ 200 milhões em investimentos.

"Há um outro lado do projeto, o da estrutura. Só nele, estão previstos R$ 200 milhões. Contudo, não temos esse orçamento. Precisamos buscar junto ao governo uma forma de cumprir com nossas metas", afirmou o ministro, sem precisar qual tipo de estrutura o projeto necessita.


Fonte: Site G1 do globo.com

Comentário: Caro leitor, lhe pergunto: Alguém ainda acredita que esse aval venha do governo DILMA ROUSSEFF? Outra coisa, em relação a ACS, os caras ainda querem torrar mais R$ 200 milhões nesse desastre? Realmente Raupp sua atitude é verdadeiramente decepcionante.

Comentários

  1. saudades do Carlos Ganen

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  2. Olá Anônimo!

    Já eu não, apesar de achá-lo uma pessoa séria, infelizmente não tinha boas idéias e nem força política para implantá-las seja quais fossem elas. Em outras palavras, passou em branco.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. acredito que na gestão dele, o programa VLS-1 tinha muito mais apoio do que atualmente

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  4. Olá Anônimo!

    Humm, na verdade não, o que havia nele era um aparente interesse de se fazer mais, mas não conseguiu.

    Abs


    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  5. é isso aí Brasil......vamos continuar financiando o programa espacial ucraniano....gerando empregos na Ucrania...
    compromisso internacioanl? por que não se teve a mesma atitude com o compromisso que o Brasil tinha na ISS?

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  6. Olá Anônimo!

    Bem colocado amigo, mas desconfio que você já conheça a resposta.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  7. A ISS foi só uma forma que os EUA encontraram para fazer com que o Brasil desviasse recursos do VLS. Grande coisa a ISS. Projeto caro demais pra se bancar. Até parece que os críticos de Raupp são mais competentes. Se as coisas fossem tão fáceis assim, todos os países teriam essas tecnologias. Com a dívida social que o Brasil possui, investir em tecnologias, que são dispensáveis. Sim! São dispensáveis. Com milhões de pessoas passando fome, se critica um Presidente por que reduz investimento militar pra priorizar investimento social. O objetivo do VLS foi principalmente o uso como ICBM, por isso o uso do combustível sólido. Acho que o PEB tem que ter investimento pesado, mas deve-se, primeiro, justificar ao povo brasileiro o por que e pra quê. Utilizar o PEB como uma forma de garantir a sustentabilidade de outras áreas. Raupp sabe muito bem que as coisas não são como queremos porque no Brasil não há esse apelo popular. A culpa??? Todos nós somos culpados por essa situação. Enquanto deixarmos que políticos inescrupulosos nos governem, continuaremos com os mesmos problemas. Confio no governo Dilma, não acho nada justo o que está se falando. Um Presidente trata de questões muito maiores do que um programa espacial. Em época de crise mundial, e crise que irá piorar muito mais, austeridade fiscal é o que se espera de um governo. A falta de austeridade custou a crise na Europa. EUA, URSS fizeram o que fizeram por questões claras, após a II Guerra. Ainda há a questão de que o Brasil precisa andar com cuidado pra não parecer que estamos buscando a Bomba Atômica ou promover uma corrida armamentista na América Latina. Geopolítica é o que governa essas coisas. Nossos irmãos continentais são nossos sabotadores pra evitar que desenvolvamos tal poder, e todo tipo de pressão se sofre. Acham mesmo que foi fácil pro ex-presidente Lula aceitar a demarcação de Raposa Serra do Sol? Muita gente fala do que não conseguem. Por que os nobres colegas não se candidatam a Deputado pra mudar as coisas?

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  8. Olá Anônimo!

    Agradeço você pela suas colocações, mas discordo de algumas delas. A participação do Brasil no programa da ISS era muito importante para a comunidade cientifica do país e suas industrias, não só, tecnologicamente e cientificamente, como politicamente, e o que se pediu para essa participação do Brasil estava muito aquém do que já foi investido tanto no governo LULA, como também bem recentemente pelo governo DILMA, nesse desastroso acordo com a Ucrânia. O que se discute aqui sobre essa desastrosa administração da presidente DILMA ROUSSEFF na questão espacial, é a sua falta de critério, que a leva investir milhões e as vezes bilhões em obras e programas eleitoreiros, invés de investir na ciência, tecnologia, inovação e educação de qualidade, molas mestras do desenvolvimento em qualquer país. Esta história de que a economia não vai bem das pernas é verdadeira, mas se você observar, mesmo com essa situação os programas espacias de outros países tem avançado, pois esses países sabem que colocar recursos nos mesmos é investimento e não gasto como pensa a presidente DILMA e seus energúmenos de plantão. Concordo que o nosso programa precisa de apelo popular, como aliás ocorre nos EUA, na Rússia (só para citar alguns exemplos), mas para que isso aconteça com o atual nível de cultura de nosso povo será preciso que o PEB apresente resultados como o que ocorre em certos esportes, e sem dinheiro e sem recursos humanos adequados amigo, isso poderá nunca acontecer ou levar décadas. Sua presidente está mal assessorada, mal orientada, não tem visão e ainda por cima é excessivamente política, uma mistura que só pode a levar a uma administração desastrosa.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  9. Duda, o problema é deixarmos o sucesso do PEB dependendo de um líder político com visão. A história prova que essa expectativa é irrealista. É preciso aceitar que a maioria dos políticos são "energúmenos", como você gosta de chamá-los, e que a perpectiva é que essa média continue ruim. Ficar xingando um jegue não vai fazer ele correr mais rápido como um cavalo.

    O PEB só vai deslanchar quando oferecer benefícios tangíveis para a sociedade. O Raupp parece ter essa visão, na sua proposta de um mutirão de ministérios. Então ofereça satélite de comunicações para as forças armadas, satélite de coleta de dados para os ANA, satélites de observação da Terra para o MMA, etc.

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  10. Olá Felipe!

    Isso amigo que você está dizendo é pura utopia, pois não se faz programa espacial sem os recursos necessários, sejam eles financeiros, de infra-estrutura e humanos, e principalmente sem seriedade e sem compromisso do próprio governo, afinal o programa é governamental. Sem isso Felipe, não tem como apresentar resultados a sociedade.

    O que é preciso fazer a meu ver em primeiro lugar é transformar o programa em programa de estado, pois assim terá sempre seus recursos garantidos, diferentemente do que acontece agora como programa de governo, ficando a mercê da boa vontade desse energúmenos.

    A idéia do Raupp de um mutirão de ministérios é boa, ameniza a situação, mas não mudará muita coisa, pois ficará restrito a projetos que sejam de interesse desses ministérios. Acontece que com a visão vigente na política brasileira, essa nova fonte de recursos pode fazer com que esses energúmenos acabe achando que o PEB já tem recursos suficientes e diminuir ainda mais o orçamento.

    Felipe, a visão do Raupp é muito restrita e o Brasil precisa de um Programa Espacial condizente com o seu tamanho, e não ficar restrito a lançamentos de satélites de sensoriamento remoto, meteorológicos e os desejados de telecomunicações.

    Veja o exemplo da Argentina, país que já está partindo inclusive para exploração interplanetária, mesmo não dispondo dos recursos financeiros e humanos que temos e gastamos com Copas do Mundo, Olimpíadas e programas sociais de cunho eleitoreiros e por ai vai.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  11. Argentina vai partir pra nada, Duda. Isso tudo é falácia da Argentina. A China só quer espaço pra exportar cada vez mais pra Argentina. Nossos hermanos (amigos da onça), só querem demonstrar serem superiores sem nem ter como fazer. Isso é tudo jogada política da Cristina. Falar em exploração interplanetária prum país que só tem um projeto de lançador. Quanto das tecnologias que pretendem usar são totalmente argentinas? Acho que a opção deles pela Hidrazina é acertada no sentido de contornar certos problemas de instabilidade com o oxigênio líquido, mas vamos esperar pra ver.

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  12. Olá Anônimo!

    Rsrsrsrs, as coisas não é assim amigo, ele não precisam de um lançador para isso, pois os próprios chineses cuidam dessa parte. O acordo é restrito ao desenvolvimento conjunto de equipamentos para exploração interplanetária (Sondas).

    É o mesmo caso da Missão ASTER que 11 instituições universitárias e científicas brasileiras estão tentando realizar em conjunto com um instituto russo, visando enviar uma sonda para um asteroide próximo da Terra, mas que pelo visto não sairá da intenção.

    Se você acompanha o programa espacial argentino na área de satélites deve saber que todos os acordos assinados por eles com outros países, antes e atualmente no governo da Cristina tem sido compridos com poucos atrasos, menos o que a Argentina assinou com o Brasil em 1998 (o do Satélite Sabia-Mar). Porque você acha que isso aconteceu?

    Na verdade anônimo, o programa de satélites argentinos vem demonstrando ser mais eficiente, mais serio e compromissado do que o Brasileiro já a algum tempo. Sendo assim, não há porque duvidar que nesse novo acordo com a China as coisas aconteçam de forma diferente.

    Além, disso, só para você ter uma idéia, após o lançamento bem sucedido do ultimo satélite argentino (SAC D/Aquarius), dois novos satélites desse país já estão com seus modelos elétricos em testes no Laboratório de Integração e Testes do próprio INPE. É uma verdadeira tragicomédia toda essa situação, mas fazer o que?

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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