Presidente da AEB Participa da 64ª Reunião da SBPC
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (26/07) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que o presidente da Agência
Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, participou da 64ª Reunião
da SBPC.
Duda Falcão
Presidente da AEB Participa
da 64ª Reunião da SBPC
AEB
26-07-2012
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José
Raimundo Braga Coelho, esteve presente na 64ª Reunião da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC). Durante o evento, o presidente participou
de uma mesa redonda e ministrou uma conferência com a temática espacial.
José Raimundo Coelho também participou de painel em homenagem ao primeiro
ministro de Ciência e Tecnologia do país, Renato Acher.
Na tarde de segunda-feira (23), o presidente participou
de um debate sobre os impactos causados com a construção do Centro de
Lançamento de Alcântara (CLA). Localizada há 53km de São Luís, capital do
Maranhão, Alcântara abriga o sítio de lançamento mais bem localizado do mundo.
A área fica no plano da Linha do Equador, o que faz com que não haja a
necessidade de manobras do satélite para entrar na órbita equatorial. Além
disso, há 180 graus de oceano a partir da base. A proximidade do mar garante
que, em caso de acidente, os objetos lançados aos céus caiam nas águas e
minimiza os riscos para populações que habitam o continente. "Devido às
condições geográficas, o custo para uma operação de lançamento a partir de
Alcântara é 30% menor", afirmou o presidente da AEB.
No entanto, a área onde o CLA foi construído pertencia a
comunidades quilombolas que foram retiradas do local e transferidas para sete
agrovilas, localizadas a 14 km de Alcântara. Essas famílias se sentem
prejudicadas com a mudança e exigem que o Governo aja em prol de melhorias em
suas condições de vida.
Durante o debate, o presidente da AEB contou que esteve
em Alcântara há duas semanas, visitou as agrovilas e percebeu que a situação
precisa de cuidado da parte da instituição. “Sou maranhense e tenho que fazer o
que for preciso para mitigar os problemas dos quilombolas”, disse José Raimundo
Coelho. O presidente acredita que somente por meio da educação de
qualidade seja possível mudar os parâmetros de desenvolvimento da região. Ele
sugeriu que sejam construídas escolas de todos os níveis de ensino na região.
“Já conversamos com a governadora, reitor da universidade e ministro da
educação para que estas iniciativas sejam aplicadas”, contou José Raimundo
Coelho.
Para José Raimundo, os quilombolas da região merecem ter
a oportunidade de escolher seu futuro. “Não quero que as próximas gerações de
quilombolas sejam meros soldados a serviço dos sítios de lançamento. Desejo que
sejam os cientistas e pesquisadores capazes de levar em frente nossa exploração
espacial e colocar um ponto final nessa história de segregação que se arrasta
pelas últimas décadas.”
Além de José Raimundo Coelho, participaram do debate o
reitor da UFMA, Natalino Salgado, o representante da Prefeitura de Alcântara,
Ricardo Lucas Machado, e o coordenador do Movimento dos Atingidos pela Base
Espacial (MABE), Leonardo dos Anjos.
Conferência
– “O Programa Espacial Brasileiro para o desenvolvimento sustentável do país”
foi tema da conferência ministrada pelo presidente da AEB na manhã de
terça-feira (24). Durante a palestra, José Raimundo Coelho falou sobre o atual
estágio e das demandas do programa e também da necessidade do Brasil
desenvolver tecnologia espacial.
Segundo José Raimundo Coelho, é essencial que o Brasil
tenha programa espacial bem estruturado e que gere benefícios diretos para a
sociedade. Para isso, a AEB levantou demandas a serem cumpridas. Entre elas
estão a criação de um sistema nacional de prevenção e alerta de desastres, a
necessidade de um monitoramento ambiental eficiente e o apoio à Estratégia
Nacional de Defesa.
Para que os objetivos sejam alcançados, a AEB deseja dar
andamento a programas de domínio de tecnologias críticas, de acesso rápido e
barato ao espaço e de formação de recursos humanos. Além disso, o presidente
acredita ser essencial o envolvimento da indústria no programa e que haja uma
gestão integrada no Programa Espacial Brasileiro.
Segundo o presidente, a dependência brasileira da
indústria estrangeira é um dos grandes problemas do setor espacial do País. Ele
acredita que a autonomia no setor só será alcançada a partir do desenvolvimento
da tecnologia espacial no Brasil. Desenvolver tecnologia espacial contribui
para o desenvolvimento de outras tecnologias gerando spin off. É uma grande
contribuição para o desenvolvimento da própria Ciência e de outras tecnologias,
afirmou o presidente da instituição.
Durante a conferência, o presidente da AEB anunciou a
construção de um satélite de comunicação brasileiro. Será o primeiro
desenvolvido no País. Para isso, foi criado um novo modelo de gestão no
Programa Espacial Brasileiro gerenciado por um Comitê Diretor de Projeto (CDP),
que entre outras atribuições irá administrará os recursos financeiros e o
próprio contrato. Este modelo de gestão também contará com um Escritório de
Projeto (EP), que deverá aprovar planos e cronogramas, e com a participação da
nova empresa industrial nacional, a Visiona, que deverá gerenciar subcontratos
e ser responsável por testes e suporte logístico. A Visiona será gerida pelas
empresas Embraer e Telebrás.
Ainda este ano, será lançado o quarto satélite da série
Cbers (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, sigla em inglês). Além
disso, estão em desenvolvimento o Sabia-Mar – satélite destinado à observação
global dos oceanos e ao monitoramento do Atlântico nas proximidades do Brasil e
da Argentina construído pelos dois países – e o Itasat, projeto da Universidade
de Campinas (Unicamp) que tem como objetivo a formação de estudantes
universitários para a área espacial, entre outros satélites.
Para que os satélites sejam lançados são necessários
foguetes e centros de lançamentos. “Devemos ter até 2014 dois lançamentos a
partir de Alcântara”, contou o presidente. Um será realizado da Torre Móvel de
Integração (TMI), que já em fase de testes e deve ser entregue oficialmente nos
próximos meses. O outro será lançado do sítio de lançamento da Alcantara
Cyclone Space (ACS) - empresa binacional Brasil-Ucrânia que pretende lançar
foguetes ucranianos a partir de sítio brasileiro de lançamento localizado em
Alcântara.
O mercado de foguetes brasileiro também está em pleno
desenvolvimento. O VLM está quase pronto e permite o lançamento de satélites
pequenos. O primeiro lançamento do foguete deve acontecer em 2013. De acordo
com o presidente da AEB, o mercado para pequenos satélites é promissor e a
Agência Espacial Europeia (ESA) já entrou em contato com o Brasil para ser a
primeira organização estrangeira a fazer lançamentos com foguete brasileiro.
Painel
- Na tarde do dia 24, José Raimundo Coelho representou o
ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, em um painel
em homenagem ao primeiro ministro de Ciência e Tecnologia do País, Renato
Acher. O presidente da AEB foi vice-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe) durante a gestão de Acher no MCT e afirma ter aprendido muito com ele.
“Devo grande parte do fato de hoje ser presidente da AEB ao amigo Renato
Acher”, afirmou José Raimundo Coelho.
Fonte: Agência Espacial Brasileira
(AEB)
Comentário: Bom leitor, até então a nossa
suspeita de que o VLS-1 foi abandonado era algo discutível já que havia sido
publicado (nas entre linhas) em fontes não oficiais, diferentemente dessa nota
que foi postada no site da própria AEB. A não ser que o senhor José Raimundo
Braga Coelho tenha se expressado de forma incorreta, confundindo o VLM-1 com o
VLS-1, o que sinceramente não acreditamos, infelizmente tudo leva crer que o
projeto do VLS-1 após mais de 30 anos foi abandonado. Em nossa opinião cabe ao Sr. Braga Coelho vir a público e explicar se essa suspeita tem algum fundamento e se este for o caso, explicar o porquê dessa decisão.
Mais uma vez vemos uma notícia indicando 2013 como o lançamento do VLM-1. Notícias anteriores indicavam que o foguete estivesse somente com o projeto pronto. Seria possível ao IAE com tantas restrições orçamentárias desenvolver em tão pouco tempo um novo foguete?
ResponderExcluirOlá Anônimo!
ResponderExcluirRespondendo a sua pergunta, não, em nossa opinião não existe possibilidade desse foguete ser lançado em 2013, isso é pura falácia, a não ser que se faça o que não se fez em 51 anos de PEB. Lhe pergunto, vc acredita nisso?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Isso demonstra como a AEB está por fora do que acontece.
ResponderExcluirFalar que VLM-1 está pronto? Nem no papael!
Olá Anônimo!
ResponderExcluirDiscordo de você, em minha opinião isso significa que vem bomba por ai. Quanto ao projeto do VLM-1 está pronto, segundo soube está mesmo (no papel). Entretanto no PEB isso nunca significou muita coisa, pois os projetos sempre tiveram de ser modificados para atender as promessas de recursos que nunca chegam. Entretanto, esse projeto do VLM-1 tem um diferencial, ou seja, o envolvimento do DLR alemão e isso pode de alguma forma ajudar no desenvolvimento desse veículo.
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
olá Duda, q problemão em? em menos de 2 anos de gov e nossa presidentA quer por tudo a perder...bom, tomara q não.
ResponderExcluirAbraços.
Olá Tassio!
ResponderExcluirPois é amigo, só lembrando que ela é a presidente do Brasil e não necessariamente a minha presidente, já que infelizmente esse ou essa ainda não nasceram.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)