INPE Apresenta 1° Subs. de Prop. Brasileiro para Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (13/07) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o instituto irá
apresentar dia 16/07 (segunda-feira) ao Ministro Marco Antônio Raupp o
primeiro
Subsistema de Propulsão para Satélites desenvolvido no Brasil.
Duda Falcão
Primeiro Subsistema de Propulsão
para Satélite Desenvolvido no
Brasil é
Apresentado Pelo INPE
Sexta-feira, 13 de Julho de 2012
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco
Antônio Raupp, visita a unidade de Cachoeira Paulista do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) na tarde de segunda-feira (16/7) para conhecer o
primeiro subsistema de propulsão para satélite desenvolvido no Brasil que
entrará em órbita, a bordo do Amazonia-1. O equipamento é necessário para
correção de atitude e elevação de órbita durante a vida útil do satélite.
Além das instalações do Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP), onde recentemente foi testado com sucesso o novo subsistema,
o ministro visitará o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
Raupp estará acompanhado do diretor do INPE, Leonel Perondi, pesquisadores e
representantes da indústria nacional.
O desenvolvimento de satélites é importante indutor da inovação no parque
industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios
do programa espacial. O subsistema de propulsão foi desenvolvido em parceria
com a empresa Fibraforte para a PMM, a Plataforma Multimissão criada pelo INPE
para base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes.
Inovação
Sob a coordenação do INPE, a PMM está sendo construída por um consórcio de
empresas como a Fibraforte, de São José dos Campos, responsável pelo subsistema
de propulsão. São construídos dois modelos idênticos, um de qualificação e o
outro para voo no satélite.
O modelo de qualificação do subsistema de propulsão da PMM foi submetido a uma
sequência de testes severos, realizados em laboratórios do INPE, que reproduzem
todo tipo de esforços e o ambiente hostil que o satélite terá desde o
lançamento ao fim de sua vida útil no espaço.
No Laboratório de Integração e Testes (LIT), em São José dos Campos, foram
realizados os testes de vibração, termovácuo, alinhamento e vazamento. Já no
Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA), em Cachoeira Paulista,
aconteceu o teste de tiro real sob vácuo, que simula manobras em órbita. Todos
os testes foram aprovados na etapa de qualificação.
“Como os testes foram realizados pela primeira vez em um
subsistema de propulsão, os laboratórios tiveram adaptações em suas estruturas.
O BTSA, que integra o Laboratório de Combustão e Propulsão, obteve
investimentos para adaptações e melhorias”, conta Heitor Patire Júnior,
pesquisador do INPE que é o responsável técnico do projeto. “Novos
desenvolvimentos e domínio de tecnologia foram necessários para a construção do
subsistema de propulsão, tanto do lado INPE como pela empresa contratada”.
Segundo o pesquisador do INPE, alguns equipamentos que
fazem parte do subsistema de propulsão ainda foram importados por não haver
produto similar no país, enquanto outros foram desenvolvidos pela Fibraforte,
como propulsores, válvulas de enchimento e dreno de combustível e gás
pressurizante, tubulação e a própria estrutura e suportes do subsistema.
“Pelo INPE está sendo desenvolvido o catalisador que
abastece os propulsores (onde o combustível sofre reação química gerando a
propulsão nos motores), todo processo de soldagem da tubulação que transporta o
combustível entre o tanque e os propulsores, além do treinamento das equipes de
vários laboratórios envolvidos nesse desenvolvimento”, explica Heitor Patire
Júnior.
Na Fibraforte, a equipe reúne técnicos, engenheiros, mestres e doutores com
formação multidisciplinar, como engenheiros mecânicos, eletrônicos e de
materiais. Para a empresa, além do desenvolver de produtos com alto grau de
inovação, outro resultado relevante de programa como esses é a formação de
recursos humanos de alto nível.
Para os próximos satélites, a Fibraforte pretende desenvolver também o tanque
de propelente. Com mais esse passo, sistemas de propulsão para controle de
órbita e atitude de satélites estarão livres de barreiras de importação por
sensibilidade tecnológica.
“Os novos desenvolvimentos relacionados ao subsistema de propulsão podem levar
o país a ser autossuficiente em todos os equipamentos que hoje são importados,
levando ao crescimento da nossa indústria aeroespacial”, conclui o pesquisador
do INPE.
Subsistema de propulsão da
PMM na câmara do BTSA
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Comentário:
Para nós o desdobramento positivo dessa notícia sobre o desenvolvimento desse
subsistema de propulsão para satélites (já divulgado aqui no blog anteriormente)
é a grande notícia do dia de hoje, e vale como motivação, principalmente depois
de termos recebido notícias profundamente preocupantes sobre o PEB, que merecem grande crédito devido a sua fonte. A coisa tá feia, e se essa fonte tiver
com a razão, a meu ver estamos cada vez mais longe do sonho. Estou sem
esperança e agradeço a fonte pela informação, mas haveremos de debatê-la em
breve para esclarecê-la melhor.
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