Ciência sem Fronteiras não Renova Bolsas
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada dia (23/07) no site do jornal “O Estado de São Paulo” destacando o programa "Ciência sem Fronteiras" não renova bolsas de estudantes.
Duda Falcão
Ciência
Ciência sem
Fronteiras não Renova Bolsas
Pelo menos 25 estudantes que estão no
exterior não tiveram
a bolsa renovada e reclamam de falta de
comunicação com o CNPq
Paulo Saldaña
O Estado de
S.Paulo
23 de julho de
2012 -22h 30
O programa
Ciência Sem Fronteiras, uma das apostas do governo federal para a formação de
pesquisadores, decidiu não renovar bolsas de pelo menos 25 estudantes que estão
no exterior, forçando-os a abandonar estudos e pesquisas. O grupo teve
indeferida a renovação das bolsas para o próximo semestre sem motivo ou
explicação e pede, em um abaixo-assinado, que a situação seja
reavaliada.
As bolsas foram
concedidas inicialmente por seis meses, com a possibilidade de renovação por
mais um semestre prevista no edital. O período de permanência de 12 meses é
indicado como mínimo para o bom aproveitamento do intercâmbio. O Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), responsável pelo
programa, não explicou por que não houve a renovação e não informou quantos
alunos tiveram seus pedidos indeferidos (mais informações nesta
página).
Lançado com
pompa pela presidente Dilma Rousseff em julho de 2011, o programa tem a meta de
oferecer 101 mil bolsas de graduação e pós-graduação até 2015, sendo 75 mil
bancadas pelo governo federal. As demais virão de parcerias privadas.
Espalhados - Os 25 bolsistas estão em
instituições de países como Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Espanha, Canadá e
Portugal. Eles tentam a renovação desde maio, quando entraram em contato com o
CNPq. Desde então, enfrentaram uma novela com informações
desencontradas.
Primeiro,
receberam orientações sobre os documentos necessários, mas depois a informação
era de que não havia nenhuma possibilidade de renovação. Em algumas mensagens,
o indeferimento era uma decisão de instâncias superiores do CNPq. Em outros
e-mails, a culpa era do limite de bolsistas por país.
A estudante de
Arquitetura Caroline Oliveira, de 21 anos, crê que sua documentação nem foi
analisada. Aluna da Universidade Federal do Paraná (UFPR), conseguiu por meio
do Ciência Sem Fronteiras um intercâmbio na Technische Universitäat em Munique,
Alemanha. Entregou toda a documentação no prazo, mas teve o pedido negado. “A
universidade nem imagina que eu posso ter de abandonar. Estou em um projeto
grande, com pesquisadores de vários países. Vou atrasar o trabalho
deles.”
A pesquisa de
Yara Barros, de 21 anos, é sobre genética humana, em um dos laboratórios da
Universidade de Coimbra, em Portugal. “Como não sei mais se vou ficar, está a
maior correria. Estou tentando adiantar, porque ainda não tenho finalizada a
parte experimental. Enquanto estão todos de férias, estou aqui. Mas é certo que
a pesquisa vai ficar incompleta”, diz ela, estudante da Universidade
Federal de Alagoas (UFAL).
Como todos os
participantes ouvidos pelo Estado, Yara faz questão de reafirmar as qualidades
do Ciência Sem Fronteiras. “A oportunidade é maravilhosa, a bolsa é muito boa.
Mas fico indignada com o tratamento que nos dão agora. São dois meses sem termos
nenhuma justificativa. Quando se pronunciam, a resposta simplesmente é: ‘Não
vamos renovar e pronto’.”
Abaixo-Assinado - Depois de várias
tentativas de renovar a bolsa e salvar os estudos, o grupo de 25 estudantes
preparou um abaixo-assinado. Encaminhou o documento ao CNPq em junho. Mais uma
vez, a resposta foi negativa.
As bolsas de
graduação do Ciência sem Fronteiras são concedidas normalmente para 12 meses. O
CNPq não informou quantos foram ao exterior com contratos de seis
meses.
Até o momento,
foram concedidas 10.752 bolsas de graduação sanduíche no exterior. Muitos
desses estudantes estão em preparação para a viagem. Até o fim do ano, há a
expectativa de que sejam concedidas 20 mil bolsas.
Fonte: Site do
jornal O Estado de São Paulo - 09/07/2012
Comentário: Pois é leitor, volto a insistir com os pais
desses jovens estudantes, tomem muito cuidado com esse programa, pois apesar de
ser uma grande oportunidade para seus filhos, se garantam financeiramente antes
de enviá-los confiando integralmente nesse governo de energúmenos, evitando assim
a possibilidade de haver constrangimentos posteriores ou até coisa pior.
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