Pres. da AEB Ressalta o Potencial Econômico de Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (25/07) no site do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que presidente
da AEB, José Raimundo Braga Coelho, ressaltou o Potencial Econômico de Satélites, durante conferencia realizada dia 24/07 na “64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC)”.
Duda Falcão
Presidente da AEB
Ressalta Potencial
Econômico de
Satélites
Texto: Ricardo Abel
Ascom do MCTI
25/07/2012 - 01:36
Em conferência
realizada na 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), José
Raimundo Braga Coelho, falou sobre o aspecto econômico do Programa Espacial
Brasileiro e como empreendimentos podem impulsionar o Brasil na convergência
mundial dentro do setor. Outro item destacado pelo dirigente, nesta terça-feira
(24), foi o desenho de um novo modelo de gestão no projeto.
“Alcântara [MA] é
um dos melhores pontos de lançamento de satélites comerciais no mundo. O custo
para uma operação de lançamento a partir dali é 30% menor”, afirmou o
presidente da AEB. “A decisão por Alcântara deve-se a dois requisitos básicos.
A posição geográfica, já que está quase alinhada com o plano equatorial, onde a
força de rotação da terra possibilita maior facilidade nos lançamentos de
satélites. E, mais do que isso, tem uma abrangência litorânea fantástica, com
mais de 180 graus, sendo assim, os riscos no lançamento são praticamente nulos.
Não existe nenhuma situação tão privilegiada como esta no mundo para
lançamentos.”
O Brasil, que hoje
ocupa uma posição intermediária na detenção dos recursos tecnológicos
utilizados para o setor, pretende angariar recursos a partir do início dos
lançamentos no município maranhense, justamente por sua posição privilegiada
para lançamento de satélites geoestacionários de comunicação e meteorológicos.
O mercado de lançamentos de satélites arrecada cerca de US$ 200 bilhões de
dólares por ano. “Estamos inaugurando um momento novo no Brasil. É importante
para o país ter autonomia na produção de satélites, foguetes e lançamentos. O
desenvolvimento na área de comunicação se deve exatamente à utilização de
satélites, e hoje, 90% dos satélites de comunicação no mundo têm fins
comerciais”, observou.
Construção
de Satélites
A novidade,
informou, será a construção de satélites de comunicação no Brasil. A
primeira iniciativa para isso é a criação de uma empresa integradora, a
Visiona, que será gerida pelas empresas Embraer e Telebrás. “É a terceira
empresa de avião do mundo com outra que já atua na área, então, elas têm todos
os requisitos para se envolver na área espacial utilizando os seus modelos de
gestão já consagrados, depois fazer a junção com o governo para ser uma empresa
integradora”, disse o palestrante.
O novo modelo de
gestão ao qual José Raimundo Braga Coelho se refere envolve três
interlocutores: O Comitê Diretor de Projeto (CDP), que entre outras atribuições
irá gerenciar o financeiro e o contrato, o Escritório de Projeto (EP), que
deverá aprovar planos e cronogramas, e a Empresa Industrial Nacional, a
Visiona, que deverá gerenciar subcontratos e ser responsável por testes e
suporte logístico.
O presidente da
Agência Espacial Brasileira ilustrou com números a importância do investimento
na produção de satélites, considerados produtos de alto valor agregado.
“Enquanto um investimento comercial neste setor representa um retorno de US$ 50
mil, no de aviação seria US$ 10 mil, e no de commodities, 2 centavos de dólar”.
A criação de postos de trabalho foi apontada como outro fator
positivo. “Na Europa são gerados cerca de 30 mil empregos no setor, e apenas na
Nasa [National Aeronautics and Space Administration], nos Estados Unidos, são
14 mil funcionários atuando.”
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
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