Brasil Domina Tecnologia para Posicionar Satélite em Órbita
Olá leitor!
Segue abaixo mais uma notícia postada ontem (16/04) no
site da “Agência Brasil” destacando o desenvolvimento pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE) do Subsistema de Propulsão para Satélites, já abordado
aqui no blog.
Duda Falcão
Pesquisa e Inovação
Brasil Domina Tecnologia para
Posicionar Satélite em Órbita
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Edição: Carolina Pimentel
16/07/2012 - 16h58
Brasília – O
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) desenvolveu um subsistema de
propulsão para satélite - trata-se de um catalizador movido a hidrazina
(derivado químico do petróleo) necessário para mover um satélite em órbita e
corrigir o posicionamento. Ao dominar o subsistema de propulsão, o Brasil se
torna também independente para criar mecanismo usado na orientação dos foguetes
quando ultrapassam a atmosfera.
O ministro da
Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, visitou hoje (16) a
unidade do INPE em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, para conhecer o
subsistema de propulsão que será usado no satélite de observação Amazônia 1,
com lançamento previsto para o próximo ano.
A criação do
equipamento é considerada “um salto” tecnológico do Programa Espacial
Brasileiro, avalia Heitor Patire Júnior, pesquisador do INPE e responsável
técnico do projeto. “Isso era uma caixinha-preta, precisamos descobrir na
raça”, disse ele à Agência Brasil,
ao lembrar que atualmente o país precisava comprar pronto o propulsor (como no
caso do BRASILSAT) ou contar com o desenvolvimento por parceiros (como a China,
no caso dos satélites CBERS).
Além do feito
tecnológico, o desenvolvimento do propulsor é comemorado como marco industrial
em tempo que o governo federal lança medidas para incentivar áreas estratégicas
de transformação, como reação à diminuição da produção industrial no país,
causada, entre outras razões, pela importação de componentes.
“Nossa indústria
ainda não produz 60% dos equipamentos que precisamos para os satélites, mas em
cinco anos poderemos chegar a 100% se os investimentos permanecerem”, calcula
Patire Júnior, na esperança de que as fontes de financiamento do programa
espacial sejam estáveis.
Em 50 anos de
existência, a liberação de recursos do programa espacial foi bastante irregular
sofrendo com períodos de cortes orçamentários e descontinuidade, o que não
estimulou a indústria de base, por exemplo, a tornar-se produtora de liga de
alumínio para uso aeronáutico, fundamental para satélites e para os aviões da
Embraer. “A indústria vai sobreviver se houver encomenda”.
O desenvolvimento
do subsistema de propulsão mobilizou cerca de 50 funcionários do INPE,
responsáveis pela especificação da tecnologia, e mais duas dezenas entre
empregados e consultores da empresa Fibraforte, de São José dos Campos (SP),
fabricante do equipamento. Além do pessoal contratado diretamente, Heitor
Patire Júnior soma mais de uma centena de pessoas que trabalham para os
fornecedores da Fibraforte.
A companhia faz
parte de um consórcio formado por mais outras duas empresas que há cerca de uma
década participam da Plataforma Multimissão (PMM), criada pelo INPE para servir
de base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes. No período, a PMM
investiu aproximadamente R$ 10 milhões no desenvolvimento de peças para
os satélites.
Cerca de uma
dezena de países tem programas espaciais, e o Brasil é o mais atrasado. Com o
desenvolvimento do subsistema de propulsão, o país poderá melhorar a posição no
cenário mundial e se aproximar de emergentes, como a China e a Índia.
Dentro do
governo, há grande expectativa que a empresa Visiona, criada pela parceria
público-privada entre a estatal Telebrás e a privatizada Embraer, dê novo
impulso ao programa espacial. O modelo foi desenhado pelo próprio ministro
Raupp no ano passado, quando presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB) para
o desenvolvimento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).
Conforme acordos
internacionais, o Brasil tem até 2014 para lançar o SGB em órbita. Patire
Júnior teme que a nova empresa acabe importando muitos componentes e não
utilize a expertise do INPE com o propulsor. “Não podemos ficar na janela, do
lado de fora. Qual será o nosso posicionamento ainda não está claro”, salientou.
Fonte: Site da Agência Brasil
Comentário: Caro leitor, a mídia do país não deu a
importância devida que esse salto tecnológico alcançado pelo INPE merecia.
Infelizmente o nosso programa espacial conta com pouco apoio dos meios de comunicação
de grande porte do país, e geralmente as notícias são divulgadas por mídias
locais e pela imprensa pública, onde o alcance é bem limitado. É claro que o
fato do PEB não ser bem visto por esses mesmos meios comunicação, devido aos
seus constantes atrasos, promessas não cumpridas, falta de resultados e por
puro desconhecimento do assunto, fazem com que essa divulgação seja prejudicada,
e assim a grande maioria nosso povo não tenha acesso as informações sobre o PEB
e seus benefícios. É preciso fazer alguma coisa, a situação e calamitosa e não
resta dúvida que precisamos atrair o povo para o nosso lado, antes que pessoas
como a Presidente DILMA ROUSSEFF e seus energúmenos de plantão levem o nosso
programa espacial a um ponto sem volta. Assim sendo, sugiro humildemente que as
instituições envolvidas com o PEB (DCTA, INPE, IAE, IEAv, MCTI, AEB, etc...) se
juntem para tentar atrair o interesse da Globo na produção de um grande documentário
dividido em capítulos abordando o PEB, seus projetos, suas dificuldades e suas
expectativas, para ser apresentado durante uma semana na TV aberta, finalizando
com um capitulo que poderia ser muito bem intitulado: “ACS, um Desastre Anunciado”.
Estou sonhando leitor? Talvez, mas no momento é o que me resta. Mudando de
assunto, chamo a atenção do leitor para a parte do texto acima que diz que o Satélite
Amazônia -1 será lançado no ano que vem (2013). Ora leitor, se isso acontecer,
pela primeira vez no PEB um prazo previsto não será cumprido com atraso, e sim com antecipação, afinal, o prazo previsto e amplamente divulgado para o
lançamento desse satélite é 2014. Rsrsrsrs, é claro que essa informação não tem qualquer fundamento.
Olá, Duda.
ResponderExcluirParece q, felizmente, o Estadão de hj publicou essa matéria. Já é um bom começo.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,brasil-domina-tecnologia-para-posicionar-satelite-em-orbita-,901426,0.htm
Abs.,
Élvio
Olá Élvio!
ResponderExcluirInfelizmente amigo você está enganado, é só a cópia da mesma matéria publicada pela "Agência Brasil" e postada por mim no blog, e não uma matéria própria do jornal.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Sim, mas foi publicada em uma mídia c/ mais leitores e mais divulgação. Já é um começo.
ResponderExcluirInfelizmente, temos q contabilizar cada pontinho positivo pra ver se a gente se anima. rsrs...
Abs.
Olá Élvio!
ResponderExcluirCaro amigo o que o PEB precisa e de divulgação de massa, milhões de pessoas tendo acesso ao mesmo tempo e isso só uma rede de TV como a Globo pode realizar. O Brasil tem 200 milhões de pessoas e o Estadão não atinge nem 5% disso. Mas vamos lá vivendo de migalha e torcendo que algum dia o estomago encha, mas ai pode ser tarde demais.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
O motivo pelo qual não se divulga na grande mídia as atividades do PEB, deve-se ao fato de não ter algo realmente grandioso pra se divulgar. Se conseguirmos botar um satélite em órbita ou lançar com êxito um foguete com um satélite a bordo, aí sim, todas as atenções estarão voltadas para o PEB,assim como foi com o astronauta Pontes.
ResponderExcluirEu sempre que possível converso com as pessoas a respeito das atividades espaciais brasileiras e as pessoas simplesmente ignoram tudo, e olhe que são pessoas relativamente bem informadas.
Abraço a todos do blog.
Olá Leo!
ResponderExcluirVocê tem razão amigo e também vivo o mesmo problema com as pessoas de meu circulo de convivência, ou seja, eles também ignoram o PEB.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Se a grande imprensa quiser, transforma o PEB no maior do mundo. É só querer. Manipular a população é o que mais sabem fazer. Olha como eles criam rivalidades no futebol só pra promover partidas e campeonatos.
ResponderExcluirOlá Anônimo!
ResponderExcluirInfelizmente é um mal necessário, precisamos do apoio do povo para mudar essa situação, caso contrario o PEB continuará na mesma situação.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
O PEB não é levado a sério nem pelas pessoas que o executam, nem pelo governo e muito menos pelo povo. Concordo com o Anônimo de cima. Para chamarmos atenção temos que fazer por onde, mesmo com poucos recursos deveríamos ter desenvolvido alguma coisa de relevância, mas nem isso conseguimos. O governo é reflexo da atitude do povo, se eles estão lá é por que permitimos.
ResponderExcluirCelgas.
ResponderExcluirEu acredito que nossa imprensa necessita de profissionais qualificado nesta área, veja que esta reportagem, divulgada pela Agencia Brasil, órgão mais qualificado pra este tipo de notícias, e saiu desta forma, esta truncada e com alguns erros.
O texto se prestou mais para dar noticias do Ministério, sobre o assunto, e não disse quase nada sobre o que é o Catalisador.
Mas não tem problema, pois a própria notícia é repetido, este catalisador está sendo anunciados pela enésima vez...
Olá Pedro Paulo!
ResponderExcluirConcordo contigo que o governo é o reflexo a atitude do povo (conhece o ditado: Todo povo tem o governo que merece). Entretanto, não posso concordar contigo que as pessoas que o executam não o levam a sério. Caro Pedro Paulo, programa espacial é coisa muito séria, demanda tempo, dinheiro e compromisso, coisas que infelizmente não estão sob o controle desses executores citado por você e sim do governo, grande e único responsável pela a atual situação. E lhe digo mais, se o PEB ainda existe é graças ao idealismo desses grandes servidores e pesquisadores que continuam, apesar de tudo, dando sua contribuição ao país, mesmo tendo conhecimento e melhores oportunidades para trabalhar em outros países.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Olá Membro Delegado - Marcílio Farias!
ResponderExcluirEsse é um outro problema. Na realidade eles existem, como a Virgínia Silveira (Valor Econômico), o André Mileski (Blog Panorama Espacial ligado a Revista Tecnologia & Defesa) e a Bruna Castelo Branco (Jornal O Estado do Maranhão), mas fora eles não conheço mais ninguém.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)