INPE Conclui Instalações no Módulo Antártico

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (21/10) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que esse instituto concluiu a instalação de sistemas de energia e instrumentação do CRIOSFERA 1, primeiro módulo autônomo brasileiro de coleta atmosférica no interior da Antártica.

Duda Falcão

INPE Conclui Instalações no Módulo Antártico

Sexta-feira, 21 de Outubro de 2011

A instalação de sistemas de energia e instrumentação do CRIOSFERA 1, primeiro módulo autônomo brasileiro de coleta atmosférica no interior da Antártica, foi concluída pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nesta sexta-feira (21/10). Por mais de um mês, em São José dos Campos (SP), técnicos equiparam o módulo que agora segue para Porto Alegre, onde embarcará num cargueiro para a latitude 80ºS (geleira Union) e depois será puxado por um trator para o ponto 84°S 80°07'W, cerca de 500 quilômetros do Pólo Sul geográfico.

Foi desenvolvida, integrada e testada no INPE toda a infraestrutura do módulo. Em dezembro, o engenheiro Marcelo Sampaio e o técnico Heber Passos acompanharão a instalação e operação do módulo no continente gelado.

Financiado pelo CNPq/MCT (Programa Antártico Brasileiro - Proantar), o CRIOSFERA 1 será o primeiro do tipo instalado no interior antártico a funcionar 24 horas por dia, sem a necessidade de acompanhamento humano em suas operações (os dados serão enviados por satélites) e sem a emissão de poluentes. Dotado de painéis solares e geradores eólicos, o módulo pode ser considerado sustentável por não utilizar combustível fóssil.

No CRIOSFERA 1 serão coletados dados meteorológicos e realizadas medidas da composição química da atmosfera da região, como de dióxido de carbono, além da amostragem de particulados atmosféricos de origem mineral, antrópica e biogênica. Também será observada a taxa de deposição de neve em tempo real.

Durante o primeiro ano de funcionamento do módulo de pesquisa, cientistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do INPE irão investigar as conseqüências climáticas da redução da camada de ozônio sobre o Pólo Sul. Também realizarão a “calibração de testemunhos de gelo” e estudarão o transporte atmosférico de massas de ar para a região, dados necessários para o melhor conhecimento dos processos de desertificação globais, o impacto das queimadas e da poluição industrial.

Os resultados obtidos pelo CRIOSFERA 1 irão se somar às pesquisas realizadas na Estação Antártica Brasileira de Comandante Ferraz, localizada na latitude 62° Sul, na borda do continente. Ao lado de outras instituições brasileiras, o INPE realiza pesquisas na região há mais de 25 anos. Seus estudos na Antártica enfocam a dinâmica da atmosfera, a camada de ozônio, meteorologia, gases do efeito estufa, a radiação ultravioleta, a relação sol-terra, o transporte de poluição, oceanografia e interação oceano-atmosfera.


Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

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