Embraer é Incluída em Projeto de Novo Satélite

Olá leitor!

Segue abaixo uma pequena matéria publicada hoje (19/10) pelo site do jornal “O VALE” destacando que a EMBRAER deverá ser incluída no consórcio nacional do projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).

Duda Falcão

REGIÃO

Embraer é Incluída em
Projeto de Novo Satélite

Empresa deve se associar à Telebrás para equipamento
que também terá parceria de DCTA e INPE

São José dos Campos/ABr
19 de outubro de 2011 - 04:28

Foto: Flávio Pereira - Linha de produção da EMBRAER

A EMBRAER, de São José dos Campos, deve se associar à estatal Telebrás para o desenvolvimento do novo satélite geoestacionário brasileiro, orçado em R$ 716 milhões e que tem o objetivo de ampliar a oferta de banda larga em áreas remotas do país, além de utilização para fins militares.

A meta do governo federal é colocar o equipamento em órbita em 2014. O desenvolvimento será feito por empresas contratadas no exterior, mas com participação de consórcio nacional liderado pela Telebrás que deve envolver, além da EMBRAER, outras instituições de pesquisa da região.

A EMBRAER não comentou o assunto ontem, mas a parceria, que já estaria quase fechada, deve envolver também a AEB (Agência Espacial Brasileira), que gerencia o Programa Espacial Brasileiro, e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), além do Ministério da Defesa.

A participação da EMBRAER teria sido acertada devido à vasta experiência da empresa na integração de sistemas de alta tecnologia.

Por meio da assessoria, a AEB confirmou o interesse em uma “empresa de grande porte” no projeto, mas disse que não há nada definido.

Acordo - No final de setembro, o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, afirmou em nota publicada no site da estatal que estava negociando com a iniciativa privada para “propiciar um ambiente de transferência de tecnologia”.

Os recursos destinados ao satélite já estão previstos no Plano Plurianual 2012-2015, do governo federal, que também inclui o desenvolvimento dos satélites sino-brasileiros de observação CBERS 3 (no próximo ano) e CBERS 4 (até 2016).

União - O coordenador do CEDAER (Comissão Empresarial para o Desenvolvimento Aeroespacial), Lauro Ney Batista, afirma que a fórmula de união entre instituições estatais e iniciativa privada pode ser benéfica para que o projeto saia do papel.

“O Brasil está atrasado há décadas por incapacidade do governo. Essa união entre estatal e privado é uma tendência presente no exterior, como a participação da Boeing nos projetos dos Estados Unidos.”

Projeto - O satélite, que ficará a 35,7 mil quilômetros da Linha do Equador, se deslocará na mesma velocidade da Terra, ficando como se estivesse estacionado em um ponto de órbita. No total, o governo federal pretende investir mais de R$ 2,5 bilhões no desenvolvimento e lançamento de satélites até 2015.

SAIBA MAIS

Satélite
Lançamento

Brasil quer lançar até 2014 o satélite para comunicações

Fabricação
Parceria

O satélite deverá ser fabricado no exterior, mas o governo pretende estabelecer participação da indústria brasileira

Consórcio
Nacional

Parceria entre AEB, Telebrás, DCTA, INPE, FAB e EMBRAER

Descrição
Modelo

Satélite servirá para a ampliação da oferta de banda larga em áreas remotas do país e também para fins militares.


Fonte: Site do Jornal “O VALE” - 19/10/2011

Comentário: Vamos analisar essa notícia de forma responsável e realista deixando o papo furado de lado. Em primeiro lugar faltam pouco mais de três anos para a data de 31 de dezembro de 2014 e não existe possibilidade nenhuma desse satélite ser desenvolvido e lançado até esta data. Mesmo que não houvesse incompetência no governo, má vontade política para com o PEB, má vontade de órgãos do governo para com o PEB, burrocracia excessiva, descontinuidade de recursos gerados por desculpas das mais estapafúrdias, estupidez das mais variadas, e a participação do consórcio nacional que terá de se sujeitar a todas essas dificuldades, o tempo é muito restrito (e diminui cada vez mais enquanto se define as coisas) para se desenvolver um satélite desse porte e ainda exclusivo, mesmo por uma empresa com grande experiência no ramo. Em resumo, propaganda política barata, irresponsável e danosa para a já tão sofrível imagem do PEB. Da forma como o PEB é conduzido eu diria que numa previsão otimista esse satélite só sai por volta de 2016, numa não tão otimista em 2018 e numa nada otimista, a partir de 2022 e olhe lá. Entretanto, a participação da EMBRAER (se confirmada) dará uma segurança maior quanto à realização desse projeto, já que a mesma deverá exigir a garantia do governo que não haverá entraves para o desenvolvimento do satélite (eu exigiria) num prazo mais razoável e possível. Porém, nem tudo é azul (caso haja a participação da EMBRAER), já que as garantias que deverão ser exigidas pela empresa para participar do consórcio podem não ser boas para o País, numa eventual e possível mudança de governo e de política, coisa que como sabemos ocorre com freqüência. Esse é um perigo que todo projeto do PEB continuará passando enquanto o nosso Programa Espacial não for transformado em programa de estado. Outra preocupação a ser analizada é como será realizado esse consórcio e como o mesmo será conduzido, já que para dar certo, será necessário que o mesmo seja dinâmico e eficiente e não uma salada azeda.

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