Brasil Vai Apostar em Satélites com a África do Sul e a Índia
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (15/10) no site “Folha.com” do “Jornal Folha de São Paulo” destacando que o Brasil vai apostar em satélites em parceria com a África do Sul e a Índia.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Brasil Aposta em Satélite com
Parceria da África do Sul e Índia
DE SÃO PAULO
15/10/2011 – 17h47
O projeto do primeiro satélite conjunto de Brasil, Índia e África do Sul deve ser reabilitado na próxima semana, durante o encontro do IBAS (cúpula que reúne os três países), em Pretória.
Proposto há dois anos pelo Brasil, o projeto compreende dois microssatélites, um para o estudo do clima espacial, outro para observação da Terra.
Editoria de arte/Folhapress
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O de clima espacial, dedicado ao estudo de fenômenos como tempestades solares, deverá ser o primeiro da parceria. No Brasil, a coordenação do projeto será do INPE.
De acordo com os negociadores brasileiros, o custo total deve ficar em torno de US$ 10 milhões, além de cerca de US$ 7 milhões gastos para o lançamento do satélite. O custo é considerado relativamente baixo.
A África do Sul desenvolveria o chamado controle de atitude do satélite, o conjunto de instrumentos de posicionamento da máquina. O Brasil seria responsável pelos sensores de coleta de dados e caberia à Índia o lançamento da sonda.
Especialistas da área espacial ouvidos pela Folha afirmam, porém, que o gigante asiático está reticente em relação à parceria trilateral.
A Índia, afinal, é uma potência espacial emergente, que recentemente lançou uma sonda na superfície da Lua e não tem interesse em um projeto tecnologicamente mais elementar. O maior interesse indiano seria o de vender a tecnologia.
No encontro da próxima semana, que terá a presença da presidente brasileira, Dilma Rousseff, do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, brasileiros e sul-africanos irão pressionar politicamente os colegas asiáticos para embarcar no projeto.
O satélite era visto com entusiasmo no governo Lula, por dar "materialidade" ao grupo de países do hemisfério Sul. "Tem um aspecto positivo de cooperação tecnológica sul-sul", diz o diretor do INPE, Gilberto Câmara.
A Índia, entretanto, é essencial para o projeto, porque o custo de lançamento de um microssatélite por quilo é mais elevado do que o de um satélite de 5 toneladas.
Além disso, como a idéia é cobrir tanto o Brasil quanto a África do Sul, a nave teria de ser lançada numa órbita oblíqua.
Ou seja, nem circulando os pólos, como a maioria dos satélites de sensoriamento remoto, nem equatorial, como os satélites geoestacionários.
Para isso, seria necessário embarcar o microssatélite de "carona" com algum outro satélite num foguete indiano. "A Índia explora esse tipo de órbita", diz Câmara.
A África do Sul e o Brasil têm interesse em cooperação tecnológica, já que já são parceiros diplomáticos nos fóruns internacionais sobre uso pacífico do espaço. A África do Sul também abriga a primeira estação de recepção de imagens do satélite sino-brasileiro CBERS, que distribui imagens para a África.
O país africano tem, ainda, capacidade tecnológica "ociosa" nessa área, resquícios de um programa de cooperação nuclear com Israel durante o regime do apartheid (1948-1994).
Fonte: Site Folha.com - 15/10/2011
É impressionante como o Brasil foge do maior desafio tecnológico que é criar o AOCS ! Vamos ficar mais quantos anos dependendo de países estrangeiros para construir o AOCS dos nossos satélites!
ResponderExcluirOlá Mensageiro!
ResponderExcluirEu acredito amigo que você deve está se referindo ao ACDH, e sim assim for,lhe informo que a tecnologia desse subsistema já foi quase que integralmente absorvida da INVAP argentina pelo Brasil através do projeto do ACDH que está sendo desenvolvido por essa empresa para o satélite Amazônia-1. O ACDH para os satélites Lattes-1, GPM-BR e do satélite radar, já deverão ser desenvolvidos no Brasil. Nesse caso dos satélites da cooperação do IBAS, deve ter sido por pura opção na hora de negociar quem faria o que, entende?
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
10 milhões ? to achando mt poco, mesmo para um micro satélite.
ResponderExcluirAcho mt poco provável isso se realizar, pois se não, ja era pra estar no planejamento estratégico do inpe.
Olá Ramir!
ResponderExcluirÉ um projeto politico do governo e não precisa necessáriamente está no planejamento estratégico do INPE. De qualquer forma esse projeto indiretamente está no planejamento, já que o mesmo prevê a cooperação espacial com outros países. Além disso, vale lembrar que o que vale mesmo é o PNAE, e esse está sendo modificado. Entretanto Ramir, devemos lembrar também que o único programa de desenvolvimento de satélites que deu certo entre o Brasil e outro país até agora foi o Programa CBERS. O Programa FBM (com a França) não foi avante, o Programa MAPSAR (com a Alemanha) também não foi avante e o Programa Sabia-Mar, só iniciou sua primeira fase 11 anos depois de assinado o acordo com a Argentina e para mim continua sendo muito incerto a sua realização. Vamos aguardar para vê no que isso vai dá.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Não sei se essa informação de transferência de tecnologia procede das informações que chegaram a meu ouvido a ACDH continua sendo uma caixa preta para o INPE os argentinos não transferiram tecnologia! Isso só tá no papel!
ResponderExcluirOlá Mensageiro!
ResponderExcluirBom amigo, a informação que eu tenho é que o processo de transferência tem ocorrido natualmente e que o laboratório necessário para o desenvovimento das versões para os outros satélites baseados na PMM deverá ser construído no ano que vem.
Abs
Duda Falcão
(blog Brazilian Space)