A NASA Está Monitorando 'Mancha Solar' Incomum e Potencialmente Perigosa

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Crédito: SpaceWeatherLive.com

Recentemente, veículos especializados noticiaram a ocorrência de uma explosão em um filamento magnético solar, resultando na abertura de um impressionante "cânion de fogo" no Sol. Essa atividade tem o potencial de desencadear tempestades geomagnéticas na Terra nesta quarta-feira (20). No entanto, o que era inicialmente previsto como um evento moderado pode se tornar mais sério devido a uma mancha solar incomum, identificada como potencialmente perigosa pela NASA.
 
Mas por que essa mancha solar é considerada uma ameaça?
 
Designada como AR3615, essa região ativa do Sol abrange mais de dez núcleos escuros distribuídos aleatoriamente por uma ampla área.
 
Ao contrário da maioria das manchas solares, que são bipolar, com apenas dois polos magnéticos dominantes (positivo e negativo), a AR3615 parece ter diversos polos magnéticos espremidos juntos.
 
A proximidade de múltiplos polos positivos (+) e negativos (-) dentro de um único grupo de manchas solares pode levar à reconexão magnética e a explosões solares intensas.
 

Na verdade, essa mancha está exibindo uma atividade significativa. A mais forte até o momento foi uma explosão de classe M6.7 registrada pelo Observatório de Dinâmicas Solares da NASA na segunda-feira (18).
 
Conforme relatado pela plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, a radiação ultravioleta dessa erupção ionizou o topo da atmosfera da Terra, resultando em um apagão de rádio de ondas curtas sobre o oeste dos EUA. Marinheiros e operadores de rádio amador podem ter notado uma perda de sinal abaixo de 30 MHz por até 30 minutos após o pico da explosão.
 
A mancha AR3615 está aumentando em número de pontos e complexidade, o que sugere que em breve poderá representar uma ameaça de explosões solares de classe X. Esses eventos são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que liberam, sendo que cada nível tem 10 vezes a intensidade do anterior.
 
Crédito: AIA/SDO/NASA
Visão ultravioleta de uma explosão na mancha solar AR3615.

Quanto aos possíveis impactos dessas explosões solares na Terra, quando o material expelido atinge a atmosfera do nosso planeta, pode desencadear tempestades geomagnéticas, que podem variar em gravidade.
 
Os intensos fluxos de vento solar magnetizado podem provocar a formação de auroras, por exemplo. Esses espetáculos de luzes são causados por partículas solares energeticamente carregadas que colidem com a atmosfera superior da Terra a velocidades impressionantes e são desviadas para as latitudes mais extremas do globo.
 
No entanto, não são apenas esses efeitos espetaculares que os jatos de plasma ejetados do Sol podem causar ao atingir a Terra. Dependendo da intensidade, esses eventos também podem causar interrupções em sistemas de comunicação e GPS, ou mesmo danificar satélites, além de representar um perigo para os astronautas na órbita do planeta.
 
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