O Brasil Finalmente Tornou-se Oficialmente Estado Membro Associado do CERN

Caros leitores e leitoras do BS,
 
Ontem (22/03), o site da 'Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN)' finalmente anunciou oficialmente que o Brasil se tornou o primeiro Estado Membro Associado do CERN nas Américas. Isso ocorreu após a notificação oficial de que o país concluiu os procedimentos de aprovação interna relacionados ao acordo assinado em março de 2022, que lhe concedeu esse status, juntamente com o Protocolo sobre Privilégios e Imunidades da Organização. O Brasil passou a ter o status de Estado Membro Associado a partir de 13 de março de 2024.
 
(imagem: CERN)
À medida que o Brasil se torna Estado Membro Associado do CERN, a bandeira brasileira é fotografada juntamente com a bandeira do CERN.
 
A colaboração formal entre o CERN e o Brasil teve início em 1990, com a assinatura de um Acordo de Cooperação Internacional. Esse acordo permitiu que pesquisadores brasileiros participassem do experimento DELPHI no Large Electron-Positron Collider (LEP). Nos últimos dez anos, a comunidade brasileira de física de partículas experimentais dobrou de tamanho. Cerca de 200 cientistas, engenheiros e estudantes brasileiros colaboram nos quatro principais experimentos do Large Hadron Collider (LHC), abrangendo desde hardware e processamento de dados até análise de física.
 
Atualmente, institutos brasileiros estão envolvidos em todos os principais experimentos no LHC - ALICE, ATLAS, CMS e LHCb, bem como em seus projetos de atualização em andamento e planejados. Além disso, participam do experimento ALPHA no desacelerador de antiprótons, experimentos no ISOLDE, ProtoDUNE na Plataforma de Neutrinos e projetos de instrumentação como o Medipix. As equipes brasileiras também estão contribuindo para o estabelecimento das colaborações de P&D DRD1 e DRD3 para detectores futuros, após sua participação na colaboração RD51. Além disso, os nacionais brasileiros participam ativamente dos programas de treinamento e divulgação do CERN.
 
(Imagem: Reprodução/Mona Schweizer/CERN)
O experimento ALICE, do LHC, conta com a participação de pesquisadores brasileiros.
 
Além da física de partículas, o CERN e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) do Brasil também colaboram formalmente desde dezembro de 2020 em P&D de tecnologia de aceleradores e suas aplicações.
 
Como Estado Membro Associado, o Brasil tem o direito de nomear representantes para participar das reuniões do Conselho do CERN e do Comitê Financeiro. Seus cidadãos são elegíveis para se candidatarem a posições de pessoal de duração limitada e aos programas de pós-graduação do CERN, enquanto sua indústria pode concorrer a contratos do CERN, o que aumenta as oportunidades de colaboração industrial em tecnologias avançadas.
 
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Comentários

  1. A ISS e a ESO foram maus exemplos, lembrando que essa associação envolve Money.....

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