Comunicado da ESA Informa Que o 'Telescópio Euclid' Está Coberto de Gelo no Espaço
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Crédito: Agência Espacial Europeia (ESA)
Segundo um comunicado emitido terça-feira (19) pela Agência Espacial Europeia (ESA), os cientistas ligados à agência estão enfrentando no momento um grande desafio. Isto devido o Telescópio Espacial Euclid, posicionado a mais de um milhão de quilômetros de distância da Terra, está atualmente encoberto por finas camadas de gelo, comparáveis em espessura a uma lâmina de DNA.
Ainda segundo o comunicado, o acúmulo de gelo está gradualmente reduzindo a quantidade de luz estelar capturada pelo equipamento. Em resposta, a equipe está implementando medidas para descongelar o Euclid, priorizando áreas de baixo risco para evitar danos aos instrumentos altamente sensíveis do telescópio.
O pesquisador Reiko Nakajima, da Universidade de Bonn, na Alemanha, é um dos cientistas encarregados do VISible (VIS), o instrumento a bordo do Euclid que coleta luz visível. Ele explica que, embora haja boas suposições sobre os locais onde o gelo se acumulou, apenas iniciar o processo de degelo trará certeza. Esta situação representa um desafio inédito para a equipe.
A formação de gelo em telescópios espaciais é uma ocorrência comum. Durante a montagem, traços de água presentes no ar podem infiltrar-se nas espaçonaves, acumulando-se com o tempo e afetando a funcionalidade dos equipamentos.
No caso específico do Euclid, apesar dos esforços para remover a água antes do lançamento, uma parcela significativa permaneceu e acabou depositando-se nos espelhos do telescópio.
A ciência do Telescópio Espacial Euclid.
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Esse problema veio à tona quando os cientistas notaram uma diminuição na quantidade de luz estelar capturada pelo VIS, utilizado para catalogar galáxias e estrelas. Mischa Schirmer, líder da campanha de degelo, explicou que logo perceberam que esse declínio não estava relacionado às estrelas, mas sim ao gelo acumulado nos espelhos do Euclid.
A solução mais óbvia de aquecer toda a espaçonave poderia potencialmente danificar a estrutura mecânica do telescópio. Portanto, os cientistas optaram por aquecer inicialmente as partes ópticas de baixo risco, enquanto monitoram o impacto na quantidade de luz coletada pelo telescópio.
Este não é o primeiro contratempo enfrentado pelo Euclid no espaço. No ano anterior, um problema com um sensor afetou a capacidade do telescópio de navegar adequadamente pelo espaço, porém foi resolvido.
Se a campanha de degelo for bem-sucedida, espera-se que o Euclid permaneça livre de gelo pelo restante de sua missão de seis anos. Isso é fundamental para assegurar a qualidade dos dados coletados pelo telescópio durante sua investigação sobre a natureza do Universo escuro.
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