Grupo de Pesquisadores Descobre Novo 'Asteroide Troiano' Compartilhando a Órbita do Planeta Marte
Caros leitores e leitoras do BS,
(Crédito: Gabriel Pérez Díaz (SMM, IAC)
Em 26 de março, o site Olhar Digital divulgou a descoberta de um novo asteroide que compartilha a órbita do Planeta Marte, elevando o total desses objetos para 17, todos seguindo a mesma trajetória que o planeta. Esses asteroides, conhecidos como troianos, possuem órbitas instáveis que podem fornecer insights sobre seus passados.
Existem cinco pontos, chamados de Pontos de Lagrange, onde objetos podem ser encontrados orbitando em torno de dois corpos gravitacionais, como o Sol e um planeta, de forma que suas órbitas coincidam exatamente com a do último. Esses pontos são:
* O ponto de Lagrange L1, situado entre o planeta e o Sol.
*O L2, localizado ligeiramente atrás do planeta.
* O L3, posicionado no lado oposto da órbita, "atrás do Sol".
* E, por último, o L4 e o L5, localizados antes e depois do planeta, formando um triângulo equilátero com este e o objeto.
(Crédito Marspédia)
Os asteroides localizados nesses pontos são chamados de asteroides troianos. Enquanto a Terra possui dois, Marte contava com 16 até a recente descoberta. Publicado na Revista Astronomy & Astrophysics e liderado pelo astrônomo Raul de la Fuente Marcos, da Universidade Complutense de Madrid, um grupo de pesquisadores identificou mais um objeto para se juntar a este grupo.
A maioria dos asteroides troianos de Marte reside no L5, à frente da órbita marciana. No entanto, há dois localizados no L4, à frente do planeta: o 1999 UJ7 e o recém-descoberto 2023 FW14, os quais podem ter uma conexão.
(Crédito: Dotted Yeti/ shutterstock)
Descoberto com base em dados coletados pelo Gran Telescopio Canarias (GTC), o asteroide 2023 FW14 tem duas possíveis origens. A primeira sugere que ele seja um fragmento do 1999 UJ7, dada sua composição primitiva semelhante. A segunda hipótese, mais aceita pelos cientistas, é que o objeto interceptou a trajetória de Marte e acabou se tornando um asteroide troiano, explicando assim a instabilidade de sua órbita.
Brazilian Space
Brazilian Space 15 anos
Espaço que inspira, informação que conecta!
Comentários
Postar um comentário