Rússia Teme Já Termos Ultrapassado o Limiar da 'Síndrome de Kessler'
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante notícia postada dia (01/08)
no site “Tecmundo” destacando que a Rússia já teme termos ultrapassado o limiar
da 'Síndrome de Kessler'.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Rússia Teme Já Termos Ultrapassado o Limiar da 'Síndrome
de Kessler'
Por Julia Marinho
Via nexperts
01/08/2019 às 12:04
1 min de leitura
As agências espaciais de todo mundo estão em alerta desde
o início do ano por conta dos efeitos cada vez mais frequentes de colisões
entre satélites na órbita do planeta, o que pode já ser um sinal de que o
limiar da Síndrome de Kessler (uma teoria, elaborada nos anos 1970 pelo
consultor da NASA Donald J. Kessler, que diz que uma colisão contínua de
detritos provocaria incidentes em cascata, aumentando exponencialmente
os detritos ao redor do planeta) foi ultrapassado.
Segundo dados da Agência Espacial Europeia, nos últimos
15 anos dois terços dos satélites lançados para operar em órbita
geoestacionária estão a 300 quilômetros acima de onde operavam, na chamada
órbita cemitério. Acima dos 400 ainda ativos estão 1,5 mil objetos de
grandes proporções - de satélites desativados a fragmentos de lixo espacial.
Para dar conta desses detritos, estão sendo desenvolvidas
armas antissatélites. Porém, a agência espacial russa, a Roscosmos, deu o
alerta sobre um efeito colateral desse tiro ao alvo espacial: o aumento
considerável de lixo que circula na órbita baixa da Terra. Para o diretor
do Instituto de Astronomia da Academia Russa de Ciências, Boris Shustov, a
quantidade de detritos espaciais já pode ter atingido o limiar da síndrome
de Kessler.
Mais 12 Mil Satélites
Lixo espacial é um problema que parece não perturbar os
EUA e mais China, Rússia e Índia, que têm divulgado planos de voltar à Lua
e se aventurar pelo espaço profundo. No caminho para as estrelas, porém,
existem cerca de 166 milhões de objetos; destes, apenas 18 mil
são monitorados.
Desde os anos 1960, o número de objetos em
órbita continua a crescer rapidamente, com 400 novos satélites a cada ano.
E esse número não pára de crescer: só a SpaceX recebeu aprovação para
lançar 12 mil satélites. Se nada for feito sobre o problema, as colisões se
tornarão até 25 vezes mais prováveis, o que significa que voos
espaciais seriam quase impossíveis.
Fonte: Site Tecmundo - https://www.tecmundo.com.br
Comentário: Pois é leitor, este é um grande problema que
vem sendo debatido pela comunidade científica e um dos profissionais
brasileiros que tem dedicado tempo ao problema de detritos espaciais em órbita
da Terra, é o Mestre em Mecatrônica pela Universidade Federal da Bahia
(UFBA), o baiano Rui Botelho que, em maio deste ano, publicou aqui no blog um interessante
artigo sobre este preocupante assunto (veja aqui).
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