Para Lançar Satélite, UnB Fecha Parceria Com FAP-DF e Agência Espacial Brasileira
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (13/08) no site da “UnB
Notícias” da Universidade de Brasília (UnB) tendo como destaque mais informações
sobre o tal Projeto Alfa Crux citado aqui anteriormente.
Duda Falcão
INOVAÇÃO
Para Lançar Satélite, UnB Fecha Parceria Com FAP-DF e
Agência Espacial Brasileira
Projeto prevê que nanossatélite entre em órbita em 2020.
Iniciativa proverá comunicação em áreas de interesse estratégico e em regiões
remotas do país
Por Vanessa Vieira
UnB Notícias
13/08/2019
Imagem: projeto Alfa Crux
Ilustração do Alfa Crux I, nanossatélite em
desenvolvimento em laboratório da UnB. Tecnologia é classifica
como CubeSat1.
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Pesquisadores da Universidade de Brasília protagonizam
uma iniciativa que, até o fim de 2020, colocará em órbita um nanossatélite.
Trata-se do projeto Alfa Crux, realizado em parceria com a Agência
Espacial Brasileira (AEB)
e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). A UnB e as duas
entidades assinaram, nesta terça-feira (13), memorando de entendimento que
formaliza o compromisso em promover o empreendimento.
O projeto busca prover conexão de comunicação em áreas de
interesse estratégico do país, bem como em regiões remotas, onde não se tem
infraestrutura ou interesse econômico em ofertar o serviço. “Nosso
objetivo é aumentar a conectividade em escala global, disponibilizando enlace
de comunicação tanto para o setor civil quanto para a área de defesa do país.
Isso é a base para viabilizar a 'internet das coisas', que possibilita ao
usuário estar conectado por meio de dispositivos como celular e relógio”,
explica o chefe do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB e um dos
coordenadores do Alfa Crux, professor Renato Borges.
O projeto é fomentado pela FAP-DF, consagrando a primeira
participação do Governo do Distrito Federal como financiador de uma missão
espacial. “Brasília tem capacidade técnica de excelência para ser um cluster aeroespacial.
Temos professores reconhecidos internacionalmente, um curso da UnB na área e
laboratórios para experimentação. Queremos tornar a cidade um grande
laboratório para ações do governo federal, do GDF e da sociedade civil”,
expressou o diretor-presidente da FAP-DF, Alexandre André dos Santos.
O presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos
Moura, ressaltou o potencial de crescimento para o país com lançamento de
nanossatélites no 'novo espaço'. Esse é o termo que
caracteriza o uso do espaço para satélites menores, em órbitas mais
baixas, se contrapondo ao início da corrida espacial, na década de 1970, que
buscava lançamento de grandes foguetes.
“Hoje temos oportunidade de conseguir muitos resultados
com menos recurso e infraestrutura. O poder de um satélite desse em prover
serviços para nossa população é maravilhoso. Nos congratulamos com essa
iniciativa”, afirmou Carlos Moura.
A reitora Márcia Abrahão destacou que o projeto reforça o
papel essencial da Universidade para os avanços do país. “Estamos
desenvolvendo tecnologia de ponta. Lutamos muito para criar o curso de Engenharia Aeroespacial, e agora já
completamos oito anos ofertando essa graduação. Ficamos felizes em ver o
crescimento de nossa ciência e pesquisa na área aeroespacial”, afirmou.
Foto: Audrey Luiza/Secom UnB
A TECNOLOGIA – O nanossatélite terá o formato
geométrico de um cubo, com aresta de dez centímetros. Seu peso total será em
torno de 1,5 kg. Na nomenclatura padrão, ele é classificado como CubeSat
1U. O nanossatélite ficará em órbita baixa, espaço onde normalmente são
colocados satélites desse porte, a cerca de 500 km de altitude em relação
ao nível do mar. A vida útil aproximada do equipamento é de dois anos.
O interior do satélite será composto por diversos
dispositivos eletrônicos, com um computador de bordo e um sistema de rádio para
fornecer a comunicação via satélite. Haverá sistema elétrico de potência, que
são as baterias, além de um painel para geração de energia a partir dos raios
solares.
O computador de bordo comunica-se com a estação
solo, que será construída na Faculdade de Tecnologia da UnB. Dessa forma, será
possível controlar e gerenciar o nanossatélite. “A estação de solo é
relativamente simples e de baixo custo. É composta de antenas, semelhante
àquelas que são usadas nas TVs antigas”, esclarece Renato Borges. “Já temos uma
estação solo da Faculdade do Gama, agora estamos montando uma no campus Darcy
Ribeiro. Controlar e gerenciar essa missão nos trará um aprendizado
extremamente importante”, completa.
A missão do satélite será prover sinais para comunicação
de voz e de dados, por meio de conexão em banda estreita. Isso significa que a
capacidade de trafegar volume de dados é reduzida, mas por outro lado consegue
penetrar em regiões onde é difícil oferecer sinal de banda
larga. “Essas soluções via satélite já são usadas hoje no país, mas
carecemos ampliá-las. Nosso projeto beneficiará, por exemplo, agricultores em
regiões com folhagem densa ou com muita umidade, como é a Amazônia. Não é
qualquer sinal que consegue penetrar nesses ambientes”, detalha Renato Borges.
O projeto é desenvolvido no âmbito do Laboratório de
Simulação e Controle de Sistemas Aeroespaciais (Lodestar), formado por uma
equipe de docentes da UnB e estudantes da pós-graduação. Entre os objetivos
acadêmico-científicos planejados estão publicações em revistas internacionais,
depósito de patentes, registro de software e participação em conferências e
congressos. “No futuro queremos treinar nossos professores e alunos para
propagar o conhecimento gerado com o projeto. Queremos deixar um legado sólido em
termos de documentação”, garante o coordenador do Alfa Crux.
O cronograma da iniciativa estende-se por três anos: o
primeiro lançamento está previsto para 2020; no ano seguinte haverá testes em
órbita e desenvolvimento de outras tecnologias; e o objetivo para 2022 é lançar
um segundo satélite. "Começamos com um, mas queremos colocar a UnB
comandando uma constelação com vários nanossatélites. Seria algo inédito na
realidade brasileira”, antecipa o pesquisador.
Foto: Audrey Luiza/Secom UnB
Docentes e estudantes de pós-graduação da UnB integram a
equipe do laboratório Lodestar.
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PARCERIA – O memorando de entendimento foi
assinado pelos representantes da UnB, FAP-DF e AEB em encontro realizado, nesta
terça-feira (13), no Salão de Atos do prédio da Reitoria da
UnB. No documento, as partes comprometem-se a colaborar no
desenvolvimento do projeto Alfa Crux. O objetivo é garantir a
soberania nacional e promover desenvolvimento técnico-científico e acadêmico,
gerando conhecimento nos mais diversos campos de aplicação de nanossatélites.
Diretor da Faculdade de Tecnologia da UnB, Márcio Muniz
participou do encontro e ressaltou que "o projeto evidencia a capacidade
da UnB para desenvolver pesquisas de altíssimo nível”. O diretor lembrou
que as parcerias são importantes para a Universidade diante das “enormes
dificuldades dado o contingenciamento orçamentário e a impossibilidade de uso
de recursos de arrecadação própria em função do teto orçamentário”.
O docente parabenizou a FAP-DF por “priorizar iniciativas
estratégicas do ponto de vista nacional e regional, dando preferência às
propostas que geram empregos e envolvem empresas locais; pré-requisitos
cumpridos por este projeto”.
Fonte: Site UNB Notícias da Universidade de Brasília
(UnB) - https://www.noticias.unb.br
Comentário: Pois é leitor. Se as coisas são realmente
como ditas nesta nota da UnB, e o projeto contará com o apoio do AEB, porque então
Sr. Carlos Moura não adiar um pouco o lançamento deste nanosatélite para
solicitar as startups espaciais do país que desenvolvam um pequeno lançador e
assim realizar uma missão completa??? Visão, dinamismo, atitude, e cabe ao
senhor dar inicio a esta virada de mesa levando a ideia ao Ministro Pontes, ou
continuaremos neste marasmo????? Desafie essas startups e deixem elas mostrarem
do que são capazes. Enfim.... Aproveito para agradecer ao nosso leitor Rui Botelho pelo envio desta nota da UnB.
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