Excelência Científica e Novos Satélites Marcam os 58 Anos do INPE
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (02/08) no site
oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que Excelência
Científica e Novos Satélites marcam os 58 anos deste instituto.
Duda Falcão
NOTÍCIA
Excelência Científica e Novos Satélites Marcam os 58 Anos
do INPE
Por
INPE
Publicado: Ago 02, 2019
São José dos Campos-SP, 02 de agosto de 2019
Criado em 3 de agosto de 1961, o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) conquistou reconhecimento pela excelência na vigilância
por satélites de florestas, realização de previsões numéricas de tempo e clima,
além de gerar estudos e dados para subsidiar políticas públicas voltadas à
mitigação dos impactos das mudanças ambientais globais.
Como um dos executores do Programa Espacial Brasileiro, o
INPE também é um importante vetor governamental de política industrial, atuando
desde a pesquisa básica e aplicada até o desenvolvimento de produtos e serviços
que impactam a sociedade brasileira.
Em comemoração a seu aniversário, o Instituto promoverá
um evento aberto a toda a comunidade no Parque Vicentina Aranha, em São José
dos Campos (SP), no dia 8 de agosto (quinta-feira). Sob o tema "INPE 58
anos: os satélites em nossa vida", Antonio Yukio Ueta falará sobre os benefícios
das atividades espaciais.
O evento começa às 19 horas no espaço "Cinema ao Ar
Livre" do Parque Vicentina Aranha. Haverá ainda uma sessão de observação
dos astros do projeto "Astronomia para Todos". A entrada é
livre. Confira aqui a programação.
Novos Satélites
Unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações (MCTIC), o INPE deu ao Brasil a capacidade de
desenvolver satélites, produzir ciência espacial de qualidade, monitorar nosso
território, ter uma previsão de tempo moderna, entender as mudanças globais e
fazer com que o Espaço seja parte da sociedade brasileira.
A criação do INPE marcou o início das atividades
espaciais no Brasil. Para este ano, a expectativa é pelo lançamento do
CBERS-4A, o sexto satélite feito em parceria com a China. Uma das mais
importantes iniciativas pela capacitação e crescimento do mercado de alta
tecnologia no país, o CBERS é utilizado no monitoramento de biomas,
agricultura, crescimento urbano, gerenciamento hídrico e de desastres naturais.
Ao mesmo tempo em que se prepara para o lançamento do
CBERS-4A, o INPE trabalha para colocar em órbita o primeiro satélite para
observação da Terra integralmente projetado, montado e testado no Brasil. O
Amazonia-1 é considerado o primeiro sistema espacial de alta complexidade
nacional e proporciona ao País o domínio completo sobre o desenvolvimento deste
tipo de satélite, desde o projeto até a integração e operação em órbita.
Satélites são fundamentais para um país de dimensões
continentais como o Brasil. São inúmeras as suas aplicações, com destaque para
o monitoramento de florestas, previsão de safras agrícolas, monitoramento de
queimadas, análise de usos da terra, cadastro territorial urbano e rural, entre
outras.
O INPE possui ainda papel de destaque em estudos sobre
geofísica espacial, astrofísica e ciências espaciais. Por meio do INPE, o
Brasil é o único país do hemisfério sul capaz de monitorar fenômenos solares,
que podem afetar sistemas de comunicação e o controle do tráfego aéreo no
planeta.
Pioneirismo
O INPE recebe, processa, distribui e usa dados espaciais
para o desenvolvimento sustentável. Governo, cientistas e empresas cada vez
mais usam o sensoriamento remoto, tecnologia em que o Brasil é um dos pioneiros
no mundo, por meio da atuação do INPE. O lançamento do primeiro satélite para
observação da Terra, o norte-americano Landsat-1, em 1972, proporcionou um
salto nos estudos sobre meio ambiente.
O Brasil foi o terceiro país a utilizar satélites para o
sensoriamento remoto da Terra, logo após Estados Unidos e Canadá, ainda em
1973, quando a estação de recepção do INPE passou a processar os dados do
Landsat-1. Desde esta época, o INPE aprimora atividades baseadas em
sensoriamento remoto por satélites e promove novas aplicações para o uso desta
tecnologia.
O sistema PRODES do INPE fornece uma série histórica
anual e ininterrupta do corte raso (áreas totalmente desmatadas) na Amazônia
desde 1988, permitindo análises comparativas.
Além disso, o INPE mantém desde 2004 o DETER, um sistema
de apoio à fiscalização que produz diariamente alertas sobre corte raso e
também de áreas em processo de degradação florestal (exploração de madeira,
mineração, queimadas e outras). Esses alertas são enviados automaticamente ao
Ibama, para o planejamento das ações de fiscalização, e as informações ficam
disponíveis na internet para toda a sociedade.
A série histórica de dados orbitais sobre desmatamento
norteia vários estudos científicos e políticas públicas, produzindo informação
para toda a sociedade interessada em sustentabilidade. O INPE também monitora
queimadas e a qualidade do ar, entre outros índices importantes na área de
clima e meio ambiente.
Os modelos numéricos desenvolvidos no INPE são essenciais
nos estudos de fenômenos extremos e projeções de mudanças climáticas. Todo o
conhecimento científico sobre o sistema terrestre se traduz em informações para
formulação de políticas públicas e apoio nas negociações internacionais sobre
as mudanças climáticas globais.
Como instituição pública de pesquisa, o INPE acompanha as
inovações científicas e tecnológicas nas áreas de satélites e suas aplicações.
Reconhecidas internacionalmente, a transparência e a consistência da
metodologia científica do INPE são um patrimônio da sociedade brasileira.
CBERS-4A em teste no INPE. Satélite será lançado no final
do ano.
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Satélite brasileiro Amazonia-1. Lançamento será em 2020.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE).
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