Supercomputador Desenvolvido no CBPF Foi Lançado Ontem, em Curso de IA, na ‘XII Escola’
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia sensacional postada ontem (01/08)
no site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), destacando
que Supercomputador desenvolvido no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF)
será lançado hoje, em curso de IA, na ‘XII Escola’.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Supercomputador Desenvolvido no CBPF Será Lançado Hoje,
em Curso de IA, na ‘XII Escola’
O SciMining tem seu nome derivado do termo data mining
(mineração de dados)
Por ASCOM
Publicado 01/08/2019 - 10h15
Última modificação 01/08/2019 - 10h44
SciMining, supercomputador voltado para inteligência
artificial, em fase de testes.
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Hoje (01/08), às 10h, o grupo de Processamento de
Imagens e Inteligência Artificial do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
(CBPF), no Rio de Janeiro (RJ), lança, durante um curso dado na ‘XII
Escola’, um supercomputador voltado para a área de inteligência artificial
(IA).
Em breve, a máquina será instalada no Centro de Pesquisas
Leopoldo Américo Miguez, da Petrobras, para ser empregado em pesquisas
avançadas na área de petrofísica. Um equipamento semelhante já está sendo
desenvolvido no CBPF voltado para aplicação de inteligência artificial à área
de astrofísica. Outros institutos de pesquisa do Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) já se interessaram pelo
equipamento.
O SciMining tem seu nome derivado do termo data
mining (mineração de dados), processo de exploração de enormes
quantidades de dados à procura de padrões consistentes (correlações, sequências
temporais e/ou espaciais etc.), com o objetivo de descobrir relacionamentos ou
estruturas ocultas. A mineração de dados emprega ferramentas estatísticas
sofisticadas, técnicas de processamento da informação, inteligência artificial
e reconhecimento de padrões.
O perfil técnico do SciMining permite que a máquina seja
classificada com um supercomputador: 32 núcleos de processamento; 4 teras de
disco rígido; 500 gigas de disco de estado sólido (para armazenamento do
sistema operacional); 128 gigas de memória RAM (expansível até 1 tera); seis
placas de vídeo contendo 26.112 unidades gráficas de processamento; 84
teraflops de desempenho; 66 gigas de memória de processamento gráfico.
Essa arquitetura permite 1.632 unidades de mapeamento de
texturas e 528 unidades para efetuar renderização (obtenção do processo final
de um processamento digital).
Com peso total de 31,7 kg, a máquina é refrigerada à água
(quatro refrigeradores), o que faz com que trabalhe no mais completo silêncio ‒
equivalente ao ambiente de uma biblioteca. É alimentada por duas fontes de 1,6
mil watts cada. A proposta é ter uma máquina com características de
supercomputador que fique no laboratório, no escritório ou até mesmo em cima da
mesa de trabalho.
O Convênio
O projeto do SciMining foi desenvolvido, ao longo dos
últimos 10 meses, por uma equipe de especialistas da Coordenação de
Desenvolvimento Tecnológico (Cotec), do CBPF, e faz parte de um projeto de
pesquisa e desenvolvimento que o grupo mantém com a Petrobras. Segundo Paulo
Russano, responsável pelo projeto de engenharia do SciMining, esse
desenvolvimento exigiu um estudo de tecnologias avançadas de multiGPU para
computação de alto desempenho (HPC). "O objetivo sempre foi alcançar
alta performance com custo bem reduzido, permitindo oferecer
ao cientista um grande conjunto integrado para serviços de IA, redefinindo
fluxos de trabalho tradicionais de HPC para inovação e ciência", disse
Russano.
O projeto desenvolve tecnologias de processamento de
imagens, inteligência artificial e simulações de propriedades de rochas. Também
atua nas áreas de óptica, mecânica e eletrônica em um microscópio de alta
resolução.
No CBPF, a parceria é coordenada pelos tecnologistas
seniores Márcio Portes de Albuquerque (vice-diretor) e Marcelo Portes de
Albuquerque (coordenador de desenvolvimento tecnológico). Na Petrobras, pelo
físico Maury Duarte Correia, cujo doutorado foi feito no CBPF.
Astrofísica e rochas
Na XII Escola do CBPF, que ocorre ao longo desta semana,
o curso ‘Inteligência artificial utilizando deep learning e
aplicações em física’ será ministrado por Márcio Albuquerque, o físico Clécio
Roque De Bom, professor do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow
da Fonseca (Cefet-RJ), e a engenheira Elisangela Lopes Faria, pesquisadora do
projeto CBPF-Cenpes (Petrobras).
Doutor pelo CBPF, De Bom é também professor do programa
de pós-graduação em instrumentação científica do CBPF e está à frente do
emprego de SciMining na área de astrofísica. Para ele, “a possibilidade de ter um
sistema à disposição do pesquisador, sem a necessidade de filas ou de
apresentar projetos, faz com que possamos criar protótipos de algoritmo que, na
prática, não seriam possíveis, pois demandariam muito tempo para avaliação de
resultados. No campo da astrofísica, isso permite o uso de base de dados
maiores e mais completas na etapa de testes e desenvolvimento dos algoritmos”.
“A Petrobras tem um grande desafio que é entender o
volume de dados por trás das rochas carbonáticas. A empresa, hoje, gasta
muitos recursos na caracterização dessas rochas. O uso de ferramentas
sofisticadas para análise dessa quantidade de dados é fundamental. A parceria
com o CBPF promove um debate enriquecedor nesse sentido, com desenvolvimento de
técnicas e tecnologias de ponta em nível mundial”, disse Correia, da Petrobras.
“Um dos maiores desafios do nosso país é desenvolver seus
próprios instrumentos científico, o que impulsiona o desenvolvimento da
tecnologia. Isso exige infraestrutura sofisticada e pessoal com alta qualificação,
atuando em questões de ponta e que normalmente trazem contribuições
inovadoras”, disse Ronald Shellard, diretor do CBPF.
Para Márcio Albuquerque, “o desenvolvimento de novos
instrumentos tem desdobramento natural no desenvolvimento de tecnologia de
ponta. Nesse cenário, temos promovido uma interação do CBPF com a indústria, em
uma relação que pode promover mudanças de grande impacto, agregando métodos e
técnicas provenientes da ciência ao setor produtivo”.
Fonte: COTEC/CBPF
O SciMining é tão silencioso quanto uma biblioteca.
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Outros Seis
Estão em desenvolvimento no CBPF outros seis SciMining,
para compor o sistema de cálculo de alto desempenho da instituição. “Haverá
também uma versão ainda mais ‘potente’ do SciMining, com 15 placas de GPUs
dedicadas ao processamento de dados científicos”, disse Marcelo Albuquerque.
Formam a equipe de pesquisadores, desenvolvedores e
usuários do SciMining: André Persechino, doutorando do CBPF; Jorge Alfonso
González, professor da Universidade Federal do Espírito Santo; Manuel Valentim,
Luciana Dias, Juliana Coelho e Marco V. Costa e Silva, contratados do projeto
CBPF-Cenpes (Petrobras); Paulo Russano e Pedro Russano, profissionais de
eletrônica e informática do CBPF; Athos da Silva, bolsista do Programa de
Capacitação Institucional do CBPF; Patrick Schubert, bolsista de iniciação
científica do CBPF.
O Laboratório de Instrumentação e Tecnologia Mecânica do
CBPF (LITMec) teve participação no desenvolvimento e acabamento estrutural do
SciMining.
Mais informações:
CBPF: https://portal.cbpf.br/
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
Comentário: Sensacional, sensacional e já pensando nas desejadas
ações futuras que envolvam a infraestruturas do IAE/IEAv e INPE e o trabalho de startups
espaciais do pais, será Ministro Pontes que não há como desenvolver uma versão que seja útil ao desenvolvimento espacial como um todo????
o INPE deveria substituir o TUPÃ por este novo Super Computador
ResponderExcluirOlá Anonimo!
ExcluirNoa creio que seja possível.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)