Acordo Sobre Base de Alcântara é Aprovado em Comissão na Câmara
Olá leitor!
Segue abaixo
uma notícia publicada hoje (21/08) no site do jornal “O Globo” destacando que o
Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) com os EUA foi aprovado em votação
nominal na “Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos
Deputados” em Brasília.
Duda
Falcão
MUNDO
Acordo Sobre Base de Alcântara é Aprovado em Comissão na Câmara
Projeto
ainda precisa passar por outras comissões e pelo plenário na Câmara e no Senado
Por Gabriel
Shinohara
O Globo
21/08/2019
- 13:56
Atualizado
em 21/08/2019 - 16:09
Foto:
Daniel Marenco / Agência O Globo
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhã. |
BRASÍLIA -
O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) com os Estados
Unidos sobre o uso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
foi aprovado em votação nominal na Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional da Câmara dos Deputados. Foram votos 21 favoráveis e 6 contrários.
O projeto
ainda precisa passar pelas comissões de Ciência e Tecnologia e Constituição e
Justiça, além de ser aprovado no plenário da Câmara. O texto também deve passar
pelo Senado.
O
documento foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro durante a visita ao
presidente americano Donald Trump, em março deste ano. O acordo dá aos Estados
Unidos a possibilidade de usar a base de lançamento para foguetes e
satélites.
O presidente
da Comissão, deputado Eduardo Bolsonaro, ao defender o acordo, comparou as
salvaguardas tecnológicas com os segredos industriais das equipes de Fórmula 1.
— É igual
a Fórmula 1. Na Fórmula 1 existem alguns segredos industriais, segredos na
confecção dos motores dos carros. Então quando a Fórmula 1 vem pra Interlagos,
no box da Ferrari só entra quem a Ferrari autorizar, será que isso fere de
morte a soberania nacional? Lógico que não — disse o deputado.
A deputada
Perpétua Almeida (PCdoB-AC) apresentou um voto em separado pela aprovação do
acordo e propôs que exista um modelo de comercialização da base que seja aberto
para outros países. A deputada defendeu uma indústria aeroespacial de capital
nacional e afirmou que programas de soberania são de estado, “não são programas
de governo, não são programas de partido”.
— O
desafio que se apresenta para nós brasileiros é sermos capazes de nos
transformamos em uma nação que de forma autônoma explora o espaço — afirmou.
O deputado
Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) disse que o acordo criaria oportunidades de
emprego e avanços tecnológicos na região. Fernandes ainda defendeu a criação de
um fundo de investimento para as comunidades quilombolas da região.
— Sou
maranhense, sei que o momento é único. Sei que a gente vai poder dar
oportunidade de vida, de estudo àquelas pessoas que moram ali, sabemos das
dificuldades dos quilombolas. Por isso temos senadores, deputados que têm
projeto, que a gente possa elaborar um fundo tirando parte da receita e poder
propiciar um investimento nas comunidades quilombolas — disse o deputado.
Tramitação
A mensagem
do acordo chegou para apreciação na Câmara no início de junho. Na última
terça-feira, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) apresentou um relatório favorável
à aprovação da matéria. Na mesma reunião, parlamentares da oposição pediram
vista do projeto, prazo que foi encerrado na última quinta-feira, 15 de agosto.
Os
parlamentares da oposição afirmaram que não houve entendimento para a votação
do acordo e fizeram obstrução. O deputado David Miranda (PSOL-RJ) afirmou que o
partido ficou preocupado com a questão da soberania nacional.
— Não vai
haver acordo, a gente acredita que a matéria precisa ser debatida mais, tem
pontos que a gente não consegue aceitar, principalmente sobre a soberania
nacional. Então não existe acordo e eu peço para que o regimento desta casa
seja respeitado — disse o deputado David Miranda.
O Acordo
O
presidente Jair Bolsonaro assinou o acordo com os Estados Unidos em 18 de
março. O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas permite que os EUA e outras nações
possam lançar satélites a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no
Maranhão.
O primeiro
acordo do tipo, firmado em 2000 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, não
foi aprovado na época por conta dessas controvérsias em relação à soberania
nacional.
No
entendimento firmado neste ano, não haverá áreas restritas para brasileiros,
embora transferência de tecnologia esteja proibida durante as operações, salvo
se acordado previamente. As salvaguardas tecnológicas, que dão nome ao acordo,
procuram proteger a propriedade intelectual dos EUA e
outras nações que possam vir a usar a base.
Fonte:
Site do Jornal o Globo - http://oglobo.globo.com
Comentário: Pois é, diferentemente do que eu acreditava foi
aprovado, mais ainda há um longo caminho pela frente. Espero que continue
avançando e que outras ações paralelas estejam sendo tomadas para mudar de uma
vez por todas esse nosso “Patinho Feio” engessado.
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