Programa Globe-Brasil Capacita Professores de Escolas Públicas em Recife
Olá leitor!
Segue abaixo a nota postada ontem (13/08) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que Programa Globe-Brasil da NASA capacita
professores de Escolas Públicas em Recife.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Programa Globe-Brasil Capacita Professores
de Escolas Públicas
em Recife
Coordenação de Comunicação Social – CCS
Publicado em: 13/08/2019 - 18h34
Última modificação: 13/08/2019 18h34
A Agência Espacial Brasileira (AEB) capacitou na
segunda-feira (12.08), no Recife, por meio do programa de educação ambiental
Globe-NASA no Brasil, um grupo de 32 professores de escolas públicas de
Pernambuco, sendo 20 de ensino médio e 12 de ensino fundamental. Todos os
professores irão trabalhar em sala de aula com educação ambiental.
O workshop “Envolvendo cidadãos no prognóstico e na
observação de doenças transmitidas por mosquitos” foi ministrado pela professora
Inês Mauad, que ensinou aos alunos como fazer análises e identificar larvas do
mosquito. Os professores também foram a campo para coletar larvas e identificar
possíveis criadouros do mosquito, utilizando o aplicativo Globe Observer.
O professor de Química, Moisés Mendonça, da Escola
Professor Leal de Barros, no Engenho do Meio, zona oeste do Recife foi um dos
capacitados e afirmou usar em sala de aula todas as técnicas aprendidas. Ele
disse que desde 2006 faz armadilhas para mosquitos com garrafa PET, mas com os
ensinamentos e orientação mais concreta vai incentivar seus alunos a fazerem
pesquisa. Para ele, os alunos sentirão mais estimulados em fazer parte de uma
pesquisa internacional.
No workshop, após as atividades de coleta, os professores
analisaram as amostras no microscópio e aprenderam a identificar as larvas do
mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O grupo também
recebeu orientações sobre o processo de inserção de dados ambientais na
plataforma online do Globe, além de discutir os projetos que envolvem as
comunidades nos protocolos de atmosfera e uso do aplicativo em iniciativas que
buscam impedir a proliferação do mosquito e das doenças transmitidas pelo Aedes
Aegypti.
Democratização da ciência
A analista em ciência e tecnologia da AEB, Nádia Sacenco,
ressaltou que o objetivo da formação é oferecer subsídios aos professores para
que eles sejam multiplicadores locais do programa. “O nosso objetivo é mostrar
que todos podem ser cientistas. A ideia é democratizar a ciência e melhorar a
autoestima dos estudantes, fazendo com que eles percebam que são capazes de
produzir ciência. O Globe trabalha com o conceito de ciência cidadã, que parte
do pressuposto de que a escola também é um lugar para se fazer pesquisa”,
pontuou.
Estudos realizados em vários países comprovam que o
rendimento dos estudantes melhora quando eles entendem que o que estão
estudando tem um impacto social. “A gente aprende mais e melhor quando nos
relacionamos emocionalmente com o que estamos estudando, então se zika é um
problema na minha comunidade, faz mais sentido estudar como resolver esse
problema do que outro assunto que não vejo necessidade”, destacou a
tecnologista da AEB Amélia Onohara.
A formação estimula a aprendizagem baseada em problemas,
internacionalmente conhecida como Project Based Learning (PBL), que tem o
objetivo de fazer com que os estudantes aprendam por meio da resolução
colaborativa de desafios. São explorados desafios dentro de um contexto
específico de aprendizado, que pode utilizar a tecnologia ou não, contanto que
a atividade os incentive a investigar, refletir, desenvolver senso crítico e
solucionar questões.
Um dos principais desafios do Globe, de acordo com Nádia,
é a tradução da plataforma Globe. A maior parte do conteúdo está disponível
apenas em inglês. O material relacionado a mosquito, porém, já foi traduzido
para o português. O cônsul de Diplomacia Pública Daniel Stewart enfatizou que
os objetivos do programa dialogam com as prioridades do Consulado Geral dos
Estados Unidos no Recife, que apoiou o evento. “Eles promovem três aspectos
importantes para nós: mais educação, mais intercâmbio e oportunidades e maior
inclusão do inglês nas rotinas escolares”, enumerou.
O programa da NASA criado em 1995 é formado atualmente
por 34 mil escolas de mais de 120 países. Cerca de 165 milhões de dados estão
no Globe e podem ser usados por pesquisadores e estudantes de todo o mundo.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
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