Comunicado do INPE à Imprensa
Caro leitor!
Segue abaixo a nota oficial postada hoje (01/08) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre as recentes notícias
relativas aos dados gerados no projeto Desmatamento em Tempo Real (DETER).
Duda Falcão
NOTÍCIA
Comunicado à Imprensa
Por
INPE
Publicado: Ago 01, 2019
São José dos Campos-SP, 01 de agosto de 2019
O INPE presta esclarecimentos sobre as recentes notícias
relativas aos dados gerados no projeto Desmatamento em Tempo Real (DETER)
desenvolvido no âmbito de seu Programa de Monitoramento da Amazônia e Demais
Biomas (PAMZ+).
O diretor substituto, Petrônio Souza, o coordenador do
PAMZ+, Cláudio Almeida, e a coordenadora de Observação da Terra do INPE, Lubia
Vinhas, atenderam a convocação do MCTIC para participar de duas reuniões
técnicas em Brasília, no dia 31/07/2019, a fim de apresentar a metodologia e os
resultados dos projetos do PAMZ+.
Uma primeira reunião aconteceu nas dependências do
Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com a
presença do ministro Marcos Pontes, do seu Secretário Executivo, Julio
Semeghini, e de outros representantes do ministério. Parte da reunião também
foi acompanhada pelo ministro do Meio Ambiente (MMA) Ricardo Salles. Nessa
reunião a equipe do INPE apresentou a metodologia e os resultados do DETER e,
também, dos projetos PRODES e TerraClass, e respondeu a todas as dúvidas
apresentadas.
Uma segunda reunião aconteceu no auditório do MMA com a
presença novamente dos dois ministros e de outras autoridades. Nessa reunião, o
diretor de Proteção Ambiental do IBAMA, Olivaldi Azevedo, fez uma apresentação
sobre um estudo que analisava parte dos dados de alertas gerados no DETER no
mês de junho de 2019. O estudo indicou "inconsistências e erros"
nos dados do DETER.
O INPE esclarece que não teve acesso prévio a essa
análise e que seus representantes responderam a todas as questões apontadas
durante a apresentação. Para uma análise completa, o INPE solicitou ao MMA
acesso ao referido estudo. De antemão, o INPE avalia que o estudo apresentado
corrobora a metodologia do DETER, pois os alertas de desmatamento mostrados se
tratavam de fato de áreas desmatadas. Qualquer comparação dos resultados do
DETER com resultados de metodologias ou imagens distintas deve ser aprofundada,
e requer uma avaliação mais completa.
A coletiva de imprensa que se seguiu após encerrada a
reunião foi exclusivamente com o ministro Ricardo Salles.
O INPE reafirma sua confiança na qualidade dos dados
produzidos pelo DETER. Os alertas são produzidos seguindo metodologia
amplamente divulgada e consistentemente aplicada desde 2004. É amplamente
sabido que ela contribuiu para a redução do desmatamento na região amazônica,
quando utilizada em conjunto com ações de fiscalização.
O trabalho do INPE sempre foi norteado pelos princípios
de excelência, transparência e honestidade científica. A busca pelo
aperfeiçoamento e pela melhoria constante da qualidade de seu trabalho também
são componentes fundamentais de sua cultura técnica e científica.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE).
Comentário: Bom leitor, tá ai a nota do INPE que
complementa ‘na visão do instituto’ as informações sobre a reunião com os
Ministros Marcos Pontes e Ricardo Salles (Meio Ambiente), abordada que foi na matéria postada no Blog do Portal Terra. Bom leitor, em nossa opinião tem de se avaliar com
lisura e competência, confrontando dados de varias fontes, para assim chegar a
verdade (seja ela qual for), pois o que deve importar neste momento é o que é
melhor para o país e para o seu povo, desde que não traga prejuízos ambientais.
Tem de se dar um fim a maneira egocêntrica e corrupta (da pseudo esquerda, da pseudo direita, etc...) de
defender seus próprios interesses e de seus grupos. Ou seja, dito de outra
forma, não é o ‘EU’ cara pálida, e sim o ‘NÓS’ o povo brasileiro (sempre cara pálida, este é o motivo da existência de um governo e suas instituições), e para tanto existe um país que
nunca foi levado a sério que precisa ser construído, tá hora e usem essa situação para dar o exemplo.
Uma coisa é o levantamento de dados de desmatamento - importantíssimos para a gestão do país e de suas florestas. Outra coisa, bem diversa, é o uso que se dá a estes dados. A deficiência da gestão pública sempre foi o grande problema do Brasil: cada um faz o que lhe dava na telha e foi-se tocando o país, entregue ao comando do funcionalismo público, em instituições aparelhadas ideologicamente e com a chave dos cofres públicos entregues aos "homens de confiança" dos partidos políticos para roubarem á vontade, com os mensalões, os petrolões e outros esquemas surgindo aos quatro cantos do Brasil, onde seus ministros de Estado eram apenas figuras de retórica e nada faziam para gerir eticamente as instituições públicas. Reverter este quadro é tarefa hercúlea, mas possível, embora demande tempo. E muito tempo, pelo estrago deixado. Volto a insistir: o problema do INPE não está somente nos dados de desmatamento. O Instituto tem problema de nascedouro e deveria ter sido, desde a sua criação nos anos 1960, a Agência Espacial Brasileira fundada em São José dos Campos e não em Brasília, onde tem pouca utilidade. Ainda há tempo de consertar muita coisa no PEB e parece haver vontade disso por parte do ministro Marcos Pontes. O que não se pode admitir é atacar a ideologia de esquerda para implantar a de direita. O Brasil não tem direita, esquerda ou centro; tem quase 210 milhões de brasileiros, ávidos por viverem em uma Nação, onde as diferenças se somem na busca de soluções.
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