Experiências de Sucesso do Escritório de Projetos do Exército São Apresentadas na AEB

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Segue abaixo a nota postada ontem (23/08) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) informando que experiências de sucesso do Escritório de Projetos do Exército foram apresentadas na sede da Agência.

Duda Falcão

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Experiências de Sucesso do Escritório de Projetos do Exército São Apresentadas na AEB

Coordenação de Comunicação Social – CCS
Publicado em: 23/08/2019 - 18h33
Última modificação: 23/08/2019 - 19h18




Representantes de instituições federais e servidores da Agência Espacial Brasileira (AEB) conheceram, na quarta-feira (22/08), o trabalho e as experiências de implantação do Escritório de Projetos do Exército Brasileiro. No encontro, o coronel e oficial de infantaria, Luiz Claudio Barros de Oliveira, destacou as técnicas e metodologias desenvolvidas no âmbito do gerenciamento de projetos do Exército.

A palestra faz parte das iniciativas previstas no acordo de cooperação técnica assinado entre a AEB e o Project Management Institute (PMI), do Distrito Federal, no último dia 13 de maio. O objetivo do acordo é desenvolver a cultura de gestão e gerenciamento de projetos nas áreas de satélites, veículos lançadores e segmentos de solo do Programa Espacial Brasileiro.

Segundo o presidente da AEB, Carlos Moura, é necessário gerenciar os projetos da AEB com mais eficiência, pois há necessidade de aproveitar melhor os recursos disponíveis, principalmente porque o Brasil trabalha com diversos projetos de veículos lançadores, satélites de pequeno e grande porte e centros de lançamento”, afirmou.


Para o diretor de Satélites, Aplicações de Desenvolvimento da AEB, Paulo Braga Barros, a ideia de reunir todos os projetos em uma mesma diretoria é uma estratégia para adquirir eficiência no controle e acompanhamento dos projetos desenvolvidos na AEB. “O diretor afirmou que é necessário trabalhar com mais eficiência, a fim de buscar as melhores práticas hoje adotadas no mundo, uma vez que temos o desafio de integrar ainda mais a indústria, governo e as instituições públicas. A integração desses atores é fundamental para as conquistas e avanços do setor espacial no Brasil”, destacou.

O coronel Luiz Claudio Barros mostrou ainda os processos, desafios e empreendimentos de mais de 130 projetos desenvolvidos pelo Exército. De acordo com ele, o órgão tem forte cultura organizacional, por isso é importante lidar com a situação. “Não quebramos a forte cultura, pois o objetivo da governança, gestão e gerenciamento não é enfrentar, mas sim entender e atuar dentro dessa cultura organizacional”, explicou.

Projeto Alfa Crux

Os servidores da AEB também tiveram a oportunidade de conhecer um dos projetos desenvolvidos pela Universidade de Brasília (UnB) com a cooperação técnica da AEB. O projeto Alfa Crux é coordenado pelo professor da UnB, Renato Alves Borges. O projeto consiste em uma missão espacial com o objetivo de garantir a soberania nacional e o desenvolvimento técnico-científico e acadêmico, com a geração de conhecimento em nanossatélites e avanços tecnológicos da área espacial.

De acordo com o professor Renato, o Alfa Crux propõe o desenvolvimento de um sistema de comunicação e de pesquisa para a sociedade civil e militar. O projeto é audacioso e tem o intuito de desenvolver uma constelação de nanossatélites que terá a missão de prover enlaces de comunicações móveis ou fixas, por satélite, em banda larga estrita para operação em intervalos periódicos de tempo.


Agência Espacial Brasileira (AEB)

É uma autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), responsável em formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para empreender os esforços do governo brasileiro na promoção da autonomia do setor espacial.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Qualquer iniciativa que tenha como objetivo melhorar a gestão de projetos espaciais no Brasil (isto partido do principio da seriedade e do compromisso de entregar resultados concretos a sociedade) é e sempre será muito bem vinda. Diante disto, parabenizo a AEB pela iniciativa. Quanto ao Projeto Alfa Cruz, teremos de aguardar para ver se realmente no mesmo será aplicada com eficiência a cultura de gestão e gerenciamento de projetos previsto no acordo de cooperação técnica assinado entre a AEB e o Project Management Institute (PMI), bem como também, e principalmente, na área de Satélites e Veículos lançadores, pois a coisa tá feia e precisa mudar se quisermos realmente nos tornarmos um player importante dento do Clube das nações que dominam o ciclo completo de acesso ao espaço.

Comentários

  1. Um esforço no sentido de disponibilizar uma ferramenta atual de gestão de projetos espaciais foi feito por mim e pelos doutores André Bittencourt do Valle (FGV) e Carlos Alberto Pereira Soares (UFRJ), quando lançamos em 2017 a obra "Gerenciamento de Projetos Espaciais: do Sputnik aos dias atuais", depois de vários anos de pesquisa e consolidação de dados. A obra se encontra "ainda" à venda em diversas livrarias e magazines, a um preço praticamente simbólico pelo ineditismo e pela riqueza técnica do material. Foi a primeira obra publicada no Brasil sobre este tema e é, além de bastante atual, bem completa, focando o que desenvolve neste campo diversas organizações espaciais mundo afora, com ênfase para o processo aplicado pela NASA e que se tornou uma metodologia quase universal, com pequenos ajustes ou implementos aqui e ali.

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