Universo Está Se Expandindo Muito Mais Rápido do Que o Esperado

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria postada dia (26/04) no site da Revista Galileu destacando que a segundo novos dados do Telescópio Espacial Hubble o Universo está se expandindo muito mais rápido do que o esperado.

Duda Falcão

CIÊNCIA - ESPAÇO- HUBBLE

Universo Está Se Expandindo Muito
Mais Rápido do Que o Esperado

Graças a aplicação de novas tecnologias, pesquisadores
atualizaram os cálculos e afirmam que o Universo se expande
9% mais rápido do que se considerava anteriormente

Por Redação Galileu
26/04/2019 – 10h25
Atualizado 10h25

(Foto: NASA GODDARD)
A mais de 200 mil anos-luz de distância da Terra,
a galáxia Grande Nuvem de Magalhães flutua no espaço
em imagem capturada pelo Telescópio Hubble.

Com base nas características do Universo de 13 bilhões de anos atrás, o telescópio Hubble conseguiu medidas mais precisas que mostram uma expansão ainda mais rápida do Cosmo: a cada 3,3 milhões de anos-luz que uma galáxia está longe de nós, ela se move a 74 quilômetros por segundo, como resultado da tendência de expansão do Universo. Isso significa que esse crescimento está 9% mais rápido do que se considerava anteriormente .

A descoberta de que o nosso Universo está crescendo a cada segundo, de modo que o espaço entre as galáxias está se aumentando, não é novidade e já foi medida pelo satélite Planck da Agência Espacial Europeia. Porém, agora não mais se suspeita tanto de falhas nas medidas ou nas diferentes técnicas utilizadas: graças a novas tecnologias, a margem de erro dos cálculos é de apenas 1 em 100 mil.

Foto: NASA, ESA, A. RIESS (STSCI/JHU) E
PALOMAR DIGITIZED SKY SURVEY)
Imagem do Telescópio Hubble mostra, em destaque,
um dos muitos conjuntos estelares presentes na Galáxia
Grande Nuvem de Magalhães. no conjunto destacado,
está presente uma Estrela Cefeida.

No novo estudo com dados do Telescópio Hubble, astrônomos usaram o equipamento para observar 70 Cefeidas, que são estrelas super gigantes com de 2 a 3 vezes a massa do Sol.

As Cefeidas, que estão localizadas na galáxia Grande Nuvem de Magalhães, foram usadas como indicadores para “reconstruir” a noção de distância do universo: foi feita uma comparação delas com suas primas mais distantes, localizadas em galáxias hospedeiras de supernovas — explosões muito brilhantes que ocorrem no final da vida de grandes estrelas.

(Foto: NASA GODDARD)
Telescópio Espacial Hubble em órbita.

Com isso, o  time de pesquisadores diminuiu a incerteza da constante de Hubble — que é a medida para calcular a expansão do universo — para 1,9%, sendo que a estimativa anterior era de 2,2%.

No entanto, mesmo sendo precisas, as medidas não correspondem com as observações feitas pelo satélite Planck, que conseguiram analisar os eventos de apenas 380 mil anos após o Big Bang, quando o Universo praticamente acabara de nascer. 

”Não se trata de dois experimentos que se contradizem. Nós estamos medindo algo fundamentalmente diferente. Um é uma medida de como o Universo tem se expandido hoje, como nós vemos. Já a outra tem base na Física do Universo em seu início e em medidas do quão rápido a expansão deve estar ocorrendo. Se os valores não batem, há grande chance de que estamos perdendo algo no modelo cosmológico que conecta as duas eras”, explicou Adam Riess, do the Space Telescope Science Institute (STScI), em comunicado da NASA.

Alguns cientistas da NASA acreditam que a discrepância de dados é causada por um tipo de energia escura que existiu no início do universo, logo após os eventos do Big Bang. A mesma força, que seria responsável pelo "empurrãozinho" capaz de expandir o Universo, ainda existiria na atualidade, mas ainda não conseguiu ser desvendada pelos cientistas.


Fonte: site da Revista Galileu - 26/04/2019 - http://revistagalileu.globo.com

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