NASA Aceita Desafio do Governo Trump e Confirma Retorno à Lua em 2024
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (17/04) no site do
“Canaltech” destacando que a NASA aceitou o desafio do governo americano e
confirma retorno à Lua em 2024.
Duda Falcão
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NASA Aceita Desafio do Governo
e Confirma Retorno à Lua em 2024
e Confirma Retorno à Lua em 2024
Por Patrícia
Gnipper
Canaltech
17 de Abril de 2019 às 15h34
No início de abril, o governo dos Estados Unidos pressionou
a NASA dizendo que o país deveria retornar presencialmente à Lua dentro de
cinco anos, e não somente em 2028 como planejado anteriormente. Agora, a NASA confirmou
que aceitou o desafio de levar novos astronautas ao nosso satélite natural no
ano de 2024.
"Recebemos um objetivo ambicioso e empolgante. A
história comprovou que, quando recebemos uma missão do presidente, juntamente
com os recursos e as ferramentas necessárias, podemos cumpri-la. Estamos
comprometidos em fazer isso acontecer. Nós temos as pessoas para conseguir
isso. Agora, só precisamos de apoio bipartidário e os recursos para tal",
declarou Jim Bridenstine, administrador da NASA, durante o 35th Space
Symposium.
(Foto: NASA)
Jim Bridenstine.
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Bridenstine confirmou que, para levar novas tripulações à
Lua o mais rápido possível, a ideia será estabelecer parcerias público-privadas
na construção de um novo sistema de pouso lunar, com o polo sul da Lua sendo a
região de interesse. O atual programa lunar da NASA considera duas fases
principais — primeiro, pousar as próximas pessoas na Lua até 2024; depois,
estabelecer missões sustentáveis até 2028 e, para isso, o poderoso
foguete Space
Launch System precisa estar em operação.
Ambas as fases contam com a plataforma Gateway, que será
uma espécie de estação espacial permanente na órbita da Lua. "A Gateway
pode ser posicionada em uma variedade de órbitas ao redor da Lua, permite
acesso a toda a superfície lunar e apoia o desenvolvimento de um sistema de
aterrissagem humana reutilizável", explicou William Gerstenmaier,
administrador associado da Diretoria de Exploração Humana e Missão de Operações
da NASA.
Como Será o Pouso Lunar a Partir da Gateway
(Imagem: NASA)
Conceito mostra a nave Orion acoplando na Gateway.
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A estação lunar Gateway ficará permanentemente na órbita
da Lua, servindo como pit stop para os exploradores e, futuramente, também
tendo papel no envio de astronautas a Marte. Na Lua, uma plataforma de descida
será usada para o pouso na superfície, também servindo para devolver os astronautas
à estação quando suas missões exploratórias se encerrarem. Durante as
expedições lunares, uma equipe sempre permanecerá a bordo da Gateway para
investigações científicas, enquanto o restante da tripulação caminha pela
superfície. A ideia é usar a nave Orion, da própria NASA, para levar
astronautas da Terra à Gateway, e de lá de volta para cá.
A NASA já está trabalhando com a indústria
norte-americana para desenvolver as plataformas necessárias para o
funcionamento da Gateway.
Bê-a-bá da Gateway
A Gateway será um lar temporário e escritório/laboratório
para astronautas na órbita da Lua, que ficará a cerca de cinco dias de viagem a
partir da Terra. A estação contará com salas de estar, laboratórios de
pesquisa, dormitórios e portas para que outras espaçonaves se encaixem na
estação, proporcionando não somente à NASA, como a seus parceiros, acesso
permanente à superfície lunar de maneira sem precedentes, apoiando tanto
missões humanas, quanto robóticas.
Enquanto na Estação Espacial Internacional (ISS) os
astronautas ali vivem por vários meses, na Gateway o período de permanência
será mais curto, com a estação lunar também sendo muito menor do que a ISS. Seu
interior será aproximadamente do tamanho de um estúdio, enquanto a ISS é maior
do que uma casa de seis cômodos. Os astronautas poderão viver e trabalhar na
Gateway por até três meses consecutivos.
E por que construir a Gateway em vez de irmos diretamente
à Lua como foi feito no passado? "Queremos que a Gateway seja um novo
local para a exploração humana com a melhor ciência e tecnologia do mundo. A
espaçonave será importante para expandir a presença humana mais profundamente
no Sistema Solar, incluindo a Lua e Marte", explica a agência espacial.
Sendo assim, é mais jogo investir em uma plataforma que possibilitará a
presença constante de pessoas na Lua, do que investir em lançamentos únicos e
periódicos.
(Imagem: NASA)
Ainda, a NASA está avaliando a possibilidade de o
traslado entre a estação e a superfície lunar ser feito contando com
aterrissadores reutilizáveis — assim como em um aeroporto na Terra, a ideia é
que as naves possam usar a estação para reabastecer ou substituir peças entre
uma viagem e outra. Isso tornará possível a ida à superfície com ainda mais
frequência, gastando menos recursos.
Quanto à construção da Gateway, ela será montada no
espaço, como foi feito com a ISS. A NASA planeja construir a estação com apenas
cinco ou seis lançamentos de foguetes, enquanto que, para construir a ISS,
foram necessários 34 lançamentos. O foguete SLS e a nave Orion serão
fundamentais para a montagem da estação, mas a agência espacial também contará
com parcerias envolvendo empresas privadas dos EUA e agências espaciais
internacionais. "Algumas peças podem ser enviadas em foguetes
particulares, mas o SLS será o mais utilizado", revelou a NASA.
As empresas privadas deverão ser as responsáveis pela
construção da área de convivência dos astronautas na Gateway — o chamado módulo
de habitação. Mas a agência também discute com parceiros internacionais a
possibilidade de se criar um espaço ampliado contando com robótica avançada.
Já com relação aos trabalhos científicos que serão feitos
na Gateway, a NASA acredita que a estação "será a chave para uma nova era
na exploração lunar, tanto em órbita quanto na superfície", pois "uma
das coisas mais originais da Gateway é que a NASA poderá movê-la para outras
posições ao redor da órbita da Lua para fazer mais ciência em outros
locais", conforme explica a agência.
E quando tudo isso acontecerá? Bom, a boa notícia é que a
NASA já começou a trabalhar na Gateway, com a primeira grande parte dos módulos
iniciais sendo lançada em um foguete privado em 2022. Depois que essa primeira
parte estiver na órbita correta e com os devidos testes de potência e
comunicações realizados, a NASA lançará quatro astronautas usando o conjunto
SLS e Orion, que carregarão duas novas seções a serem adicionadas à estação.
Então, com a Gateway já estando habitável, anualmente novas turmas de
astronautas serão enviadas para lá levando novas partes a serem acopladas à
estação, com previsão de finalização para o ano de 2026.
Fonte: Site do Canaltech - https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é leitor, agora é pra valer é está realmente
aberta a nova corrida para Lua. Com este anuncio da NASA países como a China, Índia,
Japão, Rússia e a ESA europeia deverão acelerar seus planos lunares e espaciais
e o Brasil não pode ficar ainda patinando com o seu Programa Espacial de
Brinquedo (PEB). Não há mais tempo, muitos erros foram cometidos, aliado ao
descaso governamental por décadas de governos corruptos e desinteressados, e
hoje em minha opinião o Brasil vive situação semelhante a que viveu com o
Projeto PROANTAR décadas atrás, ou damos um rumo definitivo, ou vamos ficar
fora definitivamente desta nova fronteira. O PEB precisa se tornar Programa de
ESTADO urgentemente, precisa de uma politica espacial moderna e efetiva,
precisa de gente competente e comprometida nos cargos de gestão, precisa de
vontade politica e cobrança de resultados, além é claro de recursos leitor, e o
ministro Marcos Pontes sabe disso. A situação econômica do país não é boa, mas
o ministro e o presidente Bolsonaro tem de encontrar soluções, pois o tempo tá
passado e logo não haverá como tirar a diferença e ficaremos sem voz ativa nas decisões
planetárias. É um absurdo o país até hoje não ter acesso ao espaço por seus próprios
meios, principalmente sendo o quarto Programa Espacial mais antigo do planeta.
Precisamos de veículos lançadores de satélites e tantas outras tecnologias que estão
ao nosso alcance, isto é se o programa for conduzido com a competência e a
seriedade necessária. Qual país seremos dentro de dez anos, um coadjuvante ou
uma nação espacial antenada com a nova realidade da sociedade humana?
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