Por Acordo de Base de Alcântara, Governo Atua em Várias Frentes
Olá leitor!
Segue abaixo um
artigo publicado ontem (11/04) no jornal “Valor Econômico” destacando que por
acordo com os EUA o Governo está atuando em várias frentes.
Duda Falcão
BRASIL
Por Acordo de
Base de Alcântara,
Governo Atua em Várias Frentes
Por Fernando
Exman,
Marcelo Ribeiro
e Andrea Jubé
De Brasília
Valor Econômico
11/04/2019 às
05h00
O governo
começou a investir em várias frentes para defender no Congresso o acordo de
salvaguarda tecnológica que possibilitará que os Estados Unidos e outros países
possam lançar satélites a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no
Maranhão. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adverte que só
colocará a proposta em votação quando o debate estiver amadurecido na Casa.
Ontem os
ministros da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, e da Ciência, Tecnologia e
Comunicações, Marcos Pontes, expuseram aos deputados a relevância estratégia da
aprovação da matéria em comissões diferentes, antes mesmo de a proposta chegar
ao Congresso. O acordo foi um dos pontos fortes da visita do presidente Jair
Bolsonaro a Washington em março, mas o texto ainda não foi enviado ao
Legislativo.
Embora o governo
tenha pressa, o presidente da Câmara defende que a proposta seja colocada em
votação no plenário somente quando a base governista estiver organizada. Para
ele, esse é o tipo de projeto envolvendo relações com outros países que só pode
ser votado quando há entendimento, pois uma eventual rejeição poderia gerar
danos à imagem do Brasil no exterior.
"Não é
fácil passar, não", disse Maia, acrescentando que sua avaliação não se
refere ao mérito da proposta, mas sim à necessária organização da base aliada.
"Se não estiver maduro, melhor não votar", ponderou.
Maia ressalva
que a diversidade da bancada maranhense é um aspecto que pode beneficiar a
tramitação do projeto. Isso porque, por serem majoritariamente a favor, devem
pressionar que seus colegas de partido votem favoravelmente à proposta. A
bancada do Maranhão tem 18 deputados filiados a PT, PTB, PMN, Patriota, PCdoB,
DEM, PR, MDB, PDT, Pros, PSD, PRB, PSB, PP e Podemos.
O governo
Bolsonaro argumenta que o acordo corrige pontos controversos sobre a soberania
nacional, que levou à rejeição da proposta elaborada no governo de Fernando
Henrique Cardoso em 2000. No entanto, há três questões que vêm sendo levantadas
pela oposição: a restrição de circulação de brasileiros em áreas que seriam
controladas pelos americanos, o que colocaria a soberania em xeque; o veto ao
uso dos recursos do centro de lançamento para o desenvolvimento do veículo
lançador nacional; e a realocação de dezenas de famílias de quilombolas que
vivem na região.
Ontem, na
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o ministro
Fernando Azevedo e Silva disse que o acordo é "imprescindível" para a
entrada do Brasil no mercado global. Segundo ele, até 2040, a expectativa é que
o mercado mundial de lançamento de foguetes movimente US$ 1 trilhão.
Para explicar o
acordo, Azevedo e Silva fez uma comparação com um quarto de hotel: o hóspede
tem as chaves do local por um determinado tempo, mas não se torna dono do
lugar.
O ministro
ressaltou que se o Congresso vetar o acordo, como fez em 2000, a base de
Alcântara voltará a ser considerada apenas uma base militar. Ele defendeu que o
Brasil siga o caminho de outros países que assinaram acordos semelhantes, como
a China, a Rússia e a Índia.
Já o ministro
Marcos Pontes assegurou, em audiência pública na Comissão de Ciência e
Tecnologia da Câmara, que o novo acordo não ameaça a soberania brasileira. Ele
adiantou que já iniciou as discussões para assinar acordo semelhante com o
Japão, mas alertou que é preciso priorizar os Estados Unidos porque 80% dos
equipamentos espaciais do mundo possuem algum componente norte-americano.
A oposição
alegou que dispositivos do acordo restringem o trânsito de brasileiros na base
espacial. "Não há permissão de inspeções brasileiras das áreas restritas
sem autorização dos Estados Unidos, e os brasileiros não podem entrar nas áreas
restritas sem autorização dos Estados Unidos", questionou o deputado
Glauber Braga (PSOL-RJ).
"O controle
do centro é nosso, a chave é nossa, temos acesso a todas as áreas, controlamos
quem entra e quem sai", rebateu o ministro. "As questões de soberania
me são muito caras e para o comando da Aeronáutica também", reforçou.
O ministro foi
cobrado pela falta de diálogo com comunidades quilombolas que habitam a região
da base. Mas ele ponderou que esta será uma segunda etapa do processo. Ele
acrescentou que visitará a base neste domingo, quando estabelecerá diálogo com
os quilombolas.
O ministro
também negou que outro dispositivo inviabilize o uso de recursos obtidos com a
parceria americana no desenvolvimento de um sistema e de veículos de
lançamento. Observou que o país pode aproveitar a entrada desses recursos em
outras áreas e destinar as verbas destas como quiser. "Na prática, não
impede nada", argumentou.
Fonte: Jornal
Valor Econômico de 11/04/2019 via www.clipping.abinee.org.br
Comentário: Pois é leitor, essa luta não será nada fácil, já que esses esquerdopatas farão de tudo para impedir a aprovação deste acordo ou de qualquer ação do governo e de sua bancada de apoio no Congresso. A palavra de ordem desses canalhas é badernar.
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