Projeto DPA-VANT Realiza Primeiro Pouso Automático

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (25/11) no site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), destacando que o projeto DPA-VANT realizou com sucesso o primeiro pouso automático do VANT Acauã.

Duda Falcão

Projeto DPA-VANT Realiza
Primeiro Pouso Automático

Publicada em 14/11/2013 15:35
Atualizada em 12:09

A meta mais ousada do Projeto DPA-VANT foi alcançada em 22 de novembro de 2013, durante a Operação DPA 9: o pouso automático do VANT Acauã.

A Operação DPA 9, nona campanha de ensaios do projeto, foi realizada na Academia da Força Aérea - AFA, em Pirassununga/SP, no período de 20 a 25 de novembro de 2013, com coordenação do Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial - DCTA. Foram executados 5 voos com o Protótipo 03 do VANT Acauã, sendo que dois voos tiveram o pouso de forma automática.

A execução do pouso automático, totalmente controlado pelo computador de bordo, incluiu as seguintes fases: rampa de aproximação de precisão; alinhamento e nivelamento antes do toque na pista (decrab/deroll); corrida no solo e parada total da aeronave. Durante estas fases do pouso automático, foram utilizados diversos sensores, como unidade inercial, DGPS (GPS Diferencial), radar altímetro e laser altímetro. Para eventuais situações de emergência, foi mantido um piloto no solo durante os ensaios de pouso automático.

A Operação DPA 9 contou com cerca de 40 participantes do DCTA e do Centro Tecnológico do Exército - CTEx. Também participaram integrantes das empresas contratadas BCC, responsável pelo software embarcado, e Flight Technologies, responsável pelo piloto automático.

O apoio prestado pela AFA foi essencial para o sucesso da Operação DPA 9. Um dos itens principais deste apoio foi a alocação de um helicóptero H-50 Esquilo para exercer a função de aeronave de acompanhamento (“paquera”) durante os voos de ensaio, tripulado por pessoal do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo - IPEV, do DCTA.

O sucesso alcançado nestes ensaios de pouso automático foi resultado de quatro anos de árduo trabalho de toda a equipe do Projeto DPA-VANT, com a realização de nove campanhas de ensaios, sendo 5 de ensaios em voo e 4 de ensaios no solo, com corridas na pista. A meta de decolagem automática foi completada durante a sexta campanha, em agosto de 2013.

O Projeto DPA-VANT tem como objetivo o desenvolvimento de um demonstrador de tecnologia de um Sistema de Decolagem e Pouso Automáticos (DPA) para Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). O projeto é coordenado pelo IAE e conta com a participação do CTEx e do Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM). É apoiado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP), com recursos financeiros da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

São poucos os países no mundo que dominam as tecnologias de controle necessárias para a decolagem e pouso automáticos de veículos aéreos não tripulados de maior porte. Esta capacidade possibilita a diminuição de acidentes durante estas fases críticas do voo e a operação em condições meteorológicas adversas, como no caso de nevoeiros.

As tecnologias pesquisadas pelo Projeto DPA-VANT poderão ser incorporadas em futuros VANT de emprego operacional das Forças Armadas Brasileiras, a serem desenvolvidos por empresas nacionais.

A seguir são apresentadas fotos da Operação DPA 9, com crédito do Cap QEM Eduardo Bento Guerra (CTEx) e do Téc José Ângelo de Aquino (IAE/AIE).



Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)

Comentário: Bom leitor normalmente não costumo abordar notícias aeronáuticas em nosso blog, pois foge do nosso tema, além de já existirem diversos blogs e sites brasileiros especializados nesse assunto. Entretanto, pela relevância alcançada pelo IAE e seus parceiros com o desenvolvimento dessa tecnologia, e também em reconhecimento a todos que participaram e ainda participam desse projeto, não poderia deixar aqui de registrar esse feito. No entanto, a notícia de que essa tecnologia será repassada para empresas brasileiras me traz grande preocupação. Qual empresa ou empresas brasileiras? Empresas do tipo da AEL Sistemas, Equatorial Sistemas, Optovac, ou empresas genuinamente brasileiras? Qual a garantia que o povo brasileiro tem de que essa tecnologia não será passada para uma empresa que está em vias ou será vendida nos próximos anos para um grupo estrangeiro? Senhores, (para quem não sabe ainda) a empresa Opto Eletrônica, nossa joia da corôa especializada no desenvolvimento de câmeras espaciais para o Programa CBERS, está para ser vendida ao grupo europeu SAFRAN, e ninguém desse governo desastroso faz algo para impedir que nossos recursos aplicados durante anos na tecnologia desenvolvida por essa empresa desça pelo ralo e passe ao controle desse grupo europeu. Isso é um absurdo, um crime contra a nossa nação e nem mesmo o Ministério Público se manifesta para impedir ações como essa. Em breve leitor, o chamado “Cluster Aeroespacial Brasileiro” não terá nada de brasileiro, e muito se assemelhará com a chamada “Indústria Automobilística Brasileira”. É lamentável, mas é a cara de um país sem comando e totalmente aberto para os lobos de plantão, uma verdadeira CASA DE MÃE JOANA, ou melhor, CASA DE MÃE DILMA. Uma vergonha.

Comentários

  1. Gostei Duda! Ficou muito bom teu comentário. Pela Não venda da Opto, eu apóio! Abraço

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    1. Olá Anônimo!

      Algo tinha de ser dito contra esse desatino. Entretanto, o certo seria que fosse criado uma campanha contra esse absurdo, esse crime contra o Brasil, mas não sei se seria legal uma ação como essa, já que como trata-se de uma empresa privada, poderia nos trazer problemas jurídicos. Se entre os leitores tiver algum advogado que possa ter uma opinião sobre isso, que nos ajude, pois a venda da Opto é criminosa e algo precisa ser feito.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Dizer mais o que não é Duda?

    Só expressar minha revolta também...

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    1. Pois é Marcos, estamos desenvolvendo tecnologia com os nossos recursos financeiros e humanos para que os entreguistas energúmenos de plantão deem de mão beijada o que nos pertence. Isso é uma absurdo e alguém tem de fazer algo.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. Se não me engano, a tecnologia será utilizada no VANT Falcão da Avibras.

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    1. Olá Anônimo!

      Tomara amigo, tomara que essa tecnologia vá mesmo para Avibrás.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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