AEB Apresenta Projeto do CVT-Espacial em Alcântara (MA)

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (27/11) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que a agência apresentou em Alcântara o Projeto CVT-Espacial.

Duda Falcão

AEB Apresenta Projeto do
CVT-Espacial em Alcântara (MA)


Brasília 27 de Novembro de 2013  Os moradores da agrovila Peru, um dos núcleos habitacionais do município de Alcântara (MA), conheceram no último fim de semana o projeto do Centro Vocacional Tecnológico voltado para a área Espacial, o CVT-Espacial. O espaço, idealizado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), tem entre seus objetivos promover o uso de conhecimentos teóricos, técnicos e práticos de disciplinas relacionadas às atividades espaciais, com a participação da comunidade local.

O projeto foi apresentado aos líderes comunitários pelo diretor da área de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Carlos Alberto Gurgel Veras, e pelo bolsista Pedro Nehme. O prefeito de Alcântara, Domingos Araken, que acompanhou a exposição, disse que as instalações do CVT-Espacial podem ser alocadas numa área de um hectare dentro da agrovila, que seria alugada pela prefeitura.

Os líderes comunitários receberam a proposta da AEB com bastante entusiasmo, pois além da capacitação proporcionada aos estudantes da região, a implementação do Centro significa aumento de renda para os moradores, que serão também os fornecedores de insumos básicos, como alimentação, por exemplo, necessários às suas atividades diárias.

Além disso, o CVT-Espacial receberá ao longo do ano grupos de até 30 estudantes da Universidade e do Instituto Federal do Maranhão e de outras instituição de ensino do país, para desenvolvimento de atividades espaciais, como o lançamento de microssatélites (CanSats), por exemplo. Cada grupo pode ficar hospedado no Centro por até cinco dias. Nesse período, as ações culturais e os passeios turísticos também serão tarefas a cargo da comunidade local.

Todos os benefícios agregados pelo CVT-Espacial às 250 famílias da localidade do Peru, ainda podem ser estendidos aos moradores da Agrovila Marudá, instalada há cerca de três quilômetros.

Instalações

O CVT-Espacial, também denominado Centro Educacional de Missões Espaciais, é um complexo composto por cinco angares e um pequeno centro de lançamento. Os angares abrigam contêineres nos quais estão o Centro Técnico, os laboratórios de Propulsão, de Integração, de Testes, dormitório e refeitório. É nessa estrutura que os estudantes finalizarão as atividades teóricas e práticas sobre os experimentos que serão desenvolvidos em suas instituições de ensino.

A intenção da AEB é a de iniciar as atividades do Centro no segundo semestre de 2014, mas as instituições de ensino podem começar a elaborar seus projetos a serem levados para o CVT-Espacial já no começo do ano.

As agrovilas de Peru e Marudá estão há cerca de 15 quilômetros do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e foram deslocadas para a área que ocupam hoje quando da construção da base. Entre os benefícios paralelos que o CVT-Espacial levará às duas comunidades o prefeito Araken cita o asfaltamento da estrada que liga as agrovilas à cidade de Alcântara, item de infraestrutura que ele considera fundamental para o progresso da região.


O jovem Eng. Pedro Nehme na agrovila de Alcântara.

Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Poxa Pedro, parabéns por você e sua equipe terem conseguido dar início a esse projeto citado por você em sua entrevista recente ao blog, pois há meu ver, indiretamente poderá não só trazer melhorias a vida dessa gente sofrida, como também melhorar a imagem do programa junto a essas comunidades, fazendo com que a médio e longo prazo haja uma maior confiança e consequentemente menos resistência às atividades espaciais na região. Agora, quanto à notícia da criação do “Centro Educacional de Missões Espaciais” formado por um complexo composto por cinco angares e um pequeno centro de lançamento, isto é uma notícia realmente maravilhosa, e espero jovem engenheiro que você e os responsáveis por essa iniciativa possam realmente emplacar essa ideia. Estamos na torcida. Boa sorte.

Comentários

  1. É meu caro Duda, isso posto, eu francamente fico com os dois pés atrás em relação a tudo isso. É compreensível, tendo em vista as inúmeras decepções que já tivemos.

    Explico: num "governo" populista como esse, eu sempre fico com a impressão de que mais uma vez, eles estão desviando um órgão público da sua missão para implementar o seu costumeiro populismo assistencialista.

    Veja: não duvido da boa intenção das pessoas citadas, que estão se esforçando lá no dia a dia, mas podem estar servindo como "inocentes úteis".

    Algumas informações passadas no texto me chamaram a atenção: nenhuma instituição particular foi mencionada. Todas são instituições públicas. Além disso, existe um conjunto de termos tipicamente usados em material de programas populistas, vou citar alguns: "agrovila", "participação da comunidade local", "líderes comunitários", "alugada pela prefeitura", "aumento de renda para os moradores", "fornecedores de insumos básicos", "ações culturais", "benefícios agregados", "asfaltamento da estrada", "progresso da região".

    Reconheço que ando com um espirito crítico MUITO aguçado, mas lendo os termos acima citados, qualquer pessoa pode reconhecer os jargões utilizados frequentemente em discursos de qualquer "governo" populista, em qualquer parte do Mundo. Nem são exclusividade nossa.

    De qualquer forma, apesar de tudo, desejo sorte a esses que tentam implementar alguma coisa nessa área que traga benefícios para um subconjunto da sociedade. No entanto reitero minha posição de que as coisas deveriam ser muito bem separadas: programas sociais e programas de ciência e tecnologia.

    O certo, na minha opinião, seria que esse e outros programas sociais fossem desenvolvidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Se não for assim, para que ele existe afinal?

    Abs.

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    1. Olá Marcos!

      Eu compreendo sua visão e concordo com ela. Entretanto a questão aqui é de não haver opção. Temos um governo populista, ponto, e para justificar o investimento num pequeno centro de lançamento de foguetes e cansats educativo como esse "Centro Educacional de Missões Espaciais” tem de estar ligado também a ações sociais, se não infelizmente esses energúmenos populistas não liberam os recursos. A criação desse centro próximo de Alcântara será de fundamental importância para o desenvolvimento da engenharia aeroespacial nas universidades, tanto públicas, quanto privadas, como também o desenvolvimento de tecnologias através de alunos de escolas técnicas e de nível médio de todo o país, pois agora eles terão a disposição um centro onde poderão realizar experiências de baixo custo como o lançamento de balões, Cansats e lançamentos de foguetes, experimentando conceitos e novas tecnologias. A grande dúvida aqui é se as verbas não irão secar em algum momento desse processo, mas enfim...

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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