Carioca Apaixonado por Astronomia Fotografa Cometa no MT
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (14/11) no “Portal
TERRA” destacando que carioca apaixonado por astronomia fotografa cometa no MT.
Duda Falcão
ESPAÇO
Vc Repórter: Apaixonado por Astronomia,
Carioca Fotografa Cometa no MT
Eduardo Baldaci e sua devoção à ciência comoveram
fabricante
de telescópios americana, que doou equipamento avaliado
em R$ 22 mil
14 de Novembro de 2013 - 19h05
Atualizado em 14 de Novembro de 2013 às 22h23
Foto: Eduardo Baldaci / vc repórter
Cometa C/2013 R1 Lovejoy tem configuração típica: |
Desde o início, o ano de 2013 vem sendo considerado
especial por astrônomos e entusiastas do estudo de corpos celestes.Diversos
cometas foram ou ainda serão vistos a olho nu de diversos pontos do
planeta. Apaixonado pelo assunto desde a infância no Rio de Janeiro, o
astrônomo amador Eduardo Baldaci, hoje radicado em Cuiabá, conseguiu capturar,
na madrugada desta quinta-feira, imagens de um deles, o C/2013 R1 Lovejoy.
Com uma câmera do tipo DSLR acoplada a um telescópio
semiprofissional, ele “congelou” em uma foto toda a velocidade e a luminosidade
esverdeada do cometa, que, nesse caso, leva o nome do telescópio que o
identificou pela primeira vez.
Baldaci, o autor das fotos, é um
“sonhador apaixonado por astronomia", como ele mesmo se define, desde
1969. Quando tinha 3 anos viu pela TV o primeiro passo de um terrestre, de
nome Neil Armstrong, na Lua. “Na minha geração, muitas crianças diziam que
queriam ser astronautas quando crescessem. Eu era uma delas e levei isso a
sério”, contou ao Terra.
“Na minha geração, muitas
crianças diziam que queriam
ser astronautas quando crescessem.
Eu era uma delas e levei isso a sério”
Eduardo Baldaci
Já na adolescência, se interessou em observar o céu, em
entender um pouco da dimensão dos astros e estrelas. Antes dos 18 anos já se
considerava astrônomo amador. Chegou a prestar vestibular de física, mas
desistiu da ideia de se profissionalizar com medo do mercado de trabalho
restrito.
O tempo passou, e Baldaci se especializou em outra área.
Hoje é funcionário público em Cuiabá, mas mantém a velha paixão em paralelo.
Em 2011, escreveu uma carta ao maior fabricante de telescópios dos
Estados Unidos e do mundo. Contou sua trajetória e falou sobre inúmeros
projetos de astronomia que ele, de forma praticamente autônoma, promove há anos
em praças e escolas da capital do Mato Grosso.
A empresa, chamada Celestron, se compadeceu. “Minha
intenção era comprar com desconto, já que não disponho de muitos recursos, mas
eles gostaram tanto da minha história que resolveram me doar um telescópio
semiprofissional, que aqui no Brasil custa R$ 22 mil”.
A única condição da empresa é que ele buscasse o
instrumento ótico em Los Angeles, nos Estados Unidos. Para conseguir dinheiro,
o astrônomo reuniu amigos e patrocinadores em torno da causa. Viajou.
Trouxe o objeto de 50 quilos na bagagem e, ao chegar ao aeroporto de Guarulhos,
percebeu a disparidade cultural e burocrática entre os dois países. Dos Estados
Unidos, saiu com o telescópio, pelo qual não teve que pagar nada, devidamente
embalado. Não enfrentou nenhum tipo de resistência ao deixar o País. Por aqui,
foi barrado na alfândega e teve de pagar imposto pelo objeto. “Eu estava com
uma carta da empresa que dizia que o telescópio foi doado a mim, com todos os
meus dados, em papel timbrado, mas mesmo assim me cobraram. Minha sorte é que,
conhecendo o sistema, já tinha o dinheiro reservado”.
Foto: Eduardo Baldaci / vc repórter
Luminosidade do núcleo, da cabeleira e da cauda se |
O Cometa Lovejoy
A coloração esverdeada do C/2013 R1 Lovejoy deriva dos
gases quem compõem o núcleo do cometa e seu entorno, segundo explica o
astrofísico professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Gustavo
Rojas. “O núcleo de um cometa é composto basicamente de um amontoado de rochas
e gelo d'água. Nesse núcleo estão aprisionados gases, principalmente gás
carbônico, monóxido de carbono, metano e amônia, que formam a cabeleira do
cometa (uma atmosfera em torno do núcleo), que também inclui o cianogênio (CN),
dando essa cor esverdeada”, explica.
Esses núcleos, segundo o professor, geralmente têm alguns
quilômetros de extensão. “Os maiores têm cerca de 30 quilômetros. O núcleo do
cometa Halley, por exemplo, tinha 15 quilômetros em sua extensão máxima”. Já as
caudas, formadas quando o cometa já está bem próximo ao Sol, em sua órbita ovalar, não têm um tamanho médio, podem
chegar a várias centenas de milhares ou mesmo milhões de quilômetros.
O internauta
Eduardo Baldaci, de Cuiabá (MT), participou do vc repórter, canal de jornalismo
participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.
Fonte: Portal Terra - 14/11/2013 -
http://noticias.terra.com.br/
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