Talvez Estejamos Próximos da Primeira Imagem Já Feita de Um Buraco Negro
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (08/04) no site “Gizmodo
Brasil” destacando que talvez nessa quarta-feira (10/04) uma coletiva de
imprensa do Event Horizon Telescope (EHT), venha divulgar a primeira imagem já
feita de um Buraco Negro.
Duda Falcão
ASTRONOMIA - ESPAÇO
Talvez Estejamos Próximos da Primeira
Imagem Já Feita de
Um Buraco Negro
Por Ryan F. Mandelbaum
Publicado em 8 de abril de 2019 - 08:32
Atualizado em 8 de abril de 2019 - 08:36
Crédito: NASA/Wikimedia Commons
Sagitarius A*, que muito provavelmente
conta com um
buraco negro.
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O Event Horizon Telescope (EHT), uma rede de telescópios
em uma missão para observar buracos negros supermassivos nos centros de
galáxias, está programado para divulgar seus primeiros resultados em
uma coletiva de imprensa nesta semana.
Não sabemos quais serão os resultados, mas eles
têm o potencial de mudar completamente visões de mundo.
“O horizonte de eventos de buracos negros representa os
limites de nosso conhecimento”, disse Priyamvada Natarajan, professora de
astronomia e física da Universidade Yale, em entrevista ao Gizmodo. “Para mim,
(o Event Horizon Telescope) é quase uma peça precisa do que a mente humana é
capaz de fazer. Estou tendo uma reação emocionalmente empolgada com tudo isso.”
Buracos negros são objetos tão compactos e densos que
eles contêm uma região em seu campo gravitacional, seu horizonte de eventos,
além do qual o espaço é tão distorcido que a luz não consegue escapar. Temos
muitas evidências de que buracos negros existem, de explosões de radiação emitidas de centros galácticos a
ondulações no espaço-tempo chamadas de ondas gravitacionais. Mas nunca vimos um de perto.
É este o objetivo do Event Horizon Telescope, que opera sob um princípio
chamado Interferometria de Longa Linha de Base, ou VLBI, na sigla em inglês. O
“telescópio” é, na verdade, uma colaboração de telescópios ao redor do mundo,
dos Estados Unidos ao Chile e ao Polo Sul, todos observando o mesmo objeto
distante ao mesmo tempo. Os dados são juntados em uma localização central e
então decodificados para produzir imagens de resolução mais alta do que
seriam possíveis com apenas um telescópio. É como transformar toda a Terra
em um grande telescópio. O aumento de resolução é impressionante. Com sorte, o
telescópio será capaz de solucionar o centro da galáxia, uma região a cerca de
25 mil anos-luz de distância cujo tamanho é apenas aproximadamente o da órbita
de Mercúrio em torno do Sol.
Os alvos das tentativas de observação do telescópio até
agora foram Sagittarius A*, uma região emissora de ondas de rádio da nossa
galáxia que se parece muito com um buraco negro supermassivo com uma massa
quatro milhões de vezes maior que a do Sol, assim como o centro da galáxia M87,
onde supostamente existe outro buraco negro supermassivo, este cerca de sete
bilhões de vezes a massa do Sol e lançando um jato de matéria de alta energia.
Na semana passada, a Fundação Nacional da Ciência, dos
EUA, anunciou que ela e a colaboração Event Horizon Telescope fariam uma
coletiva de imprensa em Washington, D.C., com coletivas simultâneas em Bruxelas,
Santiago, Shanghai, Taipei e Tóquio, para anunciar “um resultado revolucionário”. Infelizmente, não sabemos
qual resultado será esse — e eu prefiro não alimentar as expectativas. Porém, se
o resultado for o que esperamos que seja, será incrível, possivelmente
mostrando a sombra que o buraco negro cria contra o pano de fundo do cosmos.
Isso se tornaria uma das mais importantes imagens da história
científica.
Para uma amostra do que estou falando, no ano passado,
Avery Broderick, professor associado da Universidade de Waterloo, nos enviou
uma simulação de como poderia ser um buraco negro observado
pelo EHT:
Imagem: Avery Broderick
Simulação de um buraco negro observado pelo EHT.
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Se pudermos ver a sombra, “seria completamente de cair o
queixo”, afirmou Grant Tremblay, astrofísico do Harvard-Smithsonian Center for
Astrophysics que esteve em um comitê que aprovou uma melhoria ao EHT, em
entrevista ao Gizmodo. “Se virmos uma sombra como achamos que veremos, será
muito empolgante, uma confirmação de que, embora não saibamos como a natureza
funciona, estamos no caminho certo.”
Porém, ainda não sabemos o que os resultados mostrarão.
Se mostrarem algo diferente das expectativas dos astrônomos, isso também seria
emocionante. Seja qual for o resultado, os cientistas estão entusiasmados com
todas as perguntas e potenciais linhas de pesquisa que sairão do lançamento dos
dados.
Estou tentando tratar tudo isso com um otimismo
cauteloso, já que, novamente, não sabemos que tipo de imagens vamos ver na
próxima semana. Entretanto, quando cientistas convocam grandes coletivas de
imprensa internacionais como esta, normalmente é porque eles têm um grande resultado.
A entrevista
coletiva começará às 10 da manhã (horário de Brasília) de 10
de abril, e nós definitivamente estaremos de olho.
Fonte: Site “Gizmodo Brasil” – https://gizmodo.uol.com.br
Comentário: Pois é leitor, a expectativa da Comunidade Astronômica
Mundial é muito grande sobre o que realmente será anunciado amanhã nesta
coletiva de imprensa. Vamos aguardar e acompanhar a coletiva pelo link acima.
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