Brasil Não Tem Perspectiva de Formar Astronautas, Diz Coordenador da AEB

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada ontem (06/04), no site do jornal “O Estado de São Paulo”, destacando que segundo o Coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agencia Espacial Brasileira (AEB), o Sr. Rodrigo Leonardi, o Brasil não tem perspectiva de formar Astronautas.

Duda Falcão

CIÊNCIA

Brasil Não Tem Perspectiva de Formar
Astronautas, Diz Coordenador de Agência

Responsável por pesquisa, desenvolvimento e inovação na Agência Espacial Brasileira conta que não há iniciativas de treinamento para viagens tripuladas

Anne Warth, O Estado de S.Paulo
06 de abril de 2019 | 22h27

BRASÍLIA – Dificilmente o Brasil terá, no curto prazo, um novo astronauta. Com orçamento de R$ 181 milhões para este ano – uma fração dos US$ 25,1 bilhões destinados à NASA nos Estados Unidos para 2019 –, a Agência Espacial Brasileira (AEB) apresenta programas nos segmentos de solo, satélites e veículos lançadores, os foguetes. Não há, porém, nenhuma iniciativa para treinar um astronauta como o atual ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes.

Confira a seguir trechos da entrevista que o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da AEB, Rodrigo Leonardi, concedeu ao Estado.

Há planos de termos um novo astronauta brasileiro?

No passado, o Brasil decidiu ter programa de voo tripulado e mandar um astronauta para uma missão no espaço. Um concurso público selecionou o hoje ministro Marcos Pontes. Em parceria com a NASA, fizemos o treinamento, parte aqui e parte nos EUA. Depois, o programa foi cancelado e entramos em contato emergencial com a agência espacial russa, e ele teve oportunidade de realizar a missão em 2006. Pontes permaneceu alguns dias na estação espacial internacional e a missão foi um sucesso. Infelizmente, depois desse marco histórico, o programa foi descontinuado, e não tenho conhecimento de iniciativas de um novo programa de voo tripulado. Sequer temos solicitação para isso.

Quais são as prioridades do programa espacial brasileiro?

Nosso foco é desenvolver projetos espaciais que permitam criar serviços e aplicações de interesse para a sociedade, como o sensoriamento remoto. Temos um satélite em orbita há quatro anos e mais um para ser lançado no fim do ano, para monitorar o País. Entre os serviços oferecidos estão o monitoramento da Região Amazônica e das fronteiras, bem como de desastres naturais. Também devemos lançar em 2020 o primeiro satélite de sensoriamento remoto 100% nacional.

O orçamento da AEB é suficiente para os programas?

Já houve um pico no passado, mas, historicamente, a cada ano que passa recebemos um pouco menos de recursos do Orçamento. Em 2012, tivemos R$ 395 milhões, mais que o dobro do previsto para este ano.


Fonte: Site do jornal O Estado de São Paulo - 06/04/2019

Comentário: Pois é leitor, o coordenador da AEB infelizmente está certo, mas deveria ter, e o próprio Ministro-Astronauta Marcos Pontes sabe que na atual conjuntura internacional é um tremendo erro estratégico para o Brasil não termos ainda um Corpo de Astronautas. Porém com esse orçamento irresponsável de R$ 181 milhões, realmente é impossível se pensar nisso agora. Entretanto leitor, algo tem de ser feito, não só para aumentar esse orçamento vergonhoso e realizar as mudanças estruturais e logísticas que o nosso Programa Espacial necessita, bem como também criar o nosso Corpo de Brasonautas.

Comentários

  1. É verdade esse orçamento é muito pouco mas acho que com o tempo o nosso presidente vai aumentar assim que colocar ordem na casa.

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  2. Isso que dá acreditar no Paulo Guedes. O cara só sabe falar em cortar, é a continuidade do governo Temer e você ainda acredita que o Bolsonaro é patriota. Vai acreditando mesmo. Daqui a 3 anos você o estará xingando.

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  3. Fala Duda, você que acompanha o setor espacial brasileiros, você tem fé que até 2034 vamos ter novos Astronautas Brasileiros?
    Eu tenho 19 anos, e estou me preparando para o concurso da AFA, se Deus quiser série aviador de caça da FAB, depois farei engenharia aeroespacial no ITA,seguido por um mestrado, então eu estaria pronto para tentar virar Astronauta, porém eu preciso que a AEB esteja formando Astronautas.
    Claro se eu não conseguir virar Astronauta eu pretendo contribuir o máximo possível para o PEB no que estiver ao meu alcance, mas eu adoraria realizar aquele sonho de ir ao espaço levando nossa bandeira.

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    Respostas
    1. Olá Fernando F.!

      Vai depender muito do caminho adotado em médio e longo prazo pelo Governo Bolsonaro. Se realmente a economia do país melhorar e o PEB tornar-se programa de estado, é uma caminho natural Fernando, pois a humanidade caminha para o espaço e o Brasil terá de seguir esse caminho, mais cedo ou mais tarde. Boa sorte para ti com seus planos.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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