Senegal Assina Acordo Com a China Para Participar do Projeto da Base Lunar ILRS

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Crédito: DSEL
Li Guoping (CNSA) e Maram Kaire (ASES) assinam um memorando de entendimento sobre o ILRS, em 5 de setembro de 2024.
 
No dia de hoje (05/09), o portal SpaceNews informou que a Agência Senegalesa de Estudos Espaciais (ASES) assinou na quinta-feira (05) um acordo de cooperação com a China, para participar do projeto da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), ampliando assim as fileiras do projeto liderado por esse país asiático.
 
De acordo com a nota do portal, Maram Kaire, chefe da ASES, e Li Guoping, engenheiro chefe da Administração Nacional do Espaço da China (CNSA), assinaram o acordo de cooperação na ILRS durante a segunda Conferência Internacional Sobre Exploração do Espaço Profundo (TIANDU), em Tunxi, província de Anhui, no dia 5 de setembro.
 
O acordo foi firmado enquanto o presidente chinês Xi Jinping se encontrava com o presidente senegalês Bassirou Diomaye Faye. Este último está em visita para a Cúpula de Pequim do Fórum sobre Cooperação China-África (FOCAC) e uma visita de estado.
 
A China pretende construir uma ILRS básica robótica até 2035, com cinco lançamentos para estabelecer infraestrutura de energia, comunicações e outros. Uma estação expandida, capaz de habitação humana a longo prazo, está prevista para 2045.
 
O Senegal se junta a Rússia, Venezuela, Belarus, Paquistão, Azerbaijão, África do Sul, Egito, Nicarágua, Tailândia, Sérvia e Cazaquistão como participantes nacionais da ILRS.
 
O Senegal possui uma indústria espacial modesta, mas está focando na tecnologia de satélites. Seu primeiro satélite, o nanosat Gaindesat-1A, foi lançado em um foguete Falcon 9 no dia 16 de agosto, a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg. Foi desenvolvido em parceria com o Centro Espacial da Universidade de Montpellier (CSUM). A nação da África Ocidental também está desenvolvendo parcerias internacionais e iniciativas educacionais.
 
Novos Parceiros Subnacionais e Internacionais
 
A ILRS liderada pela China também adicionou vários entidades subnacionais e empresas à sua lista de parceiros durante a conferência Tiandu. Instituições dos Emirados Árabes Unidos (Orbital Space), Sérvia (Observatório Astronômico de Belgrado), Suíça (Spacetalk SA), Indonésia (Universidade de Bandar Lampung), Paquistão (Universidade Nacional de Ciências e Tecnologia), Panamá (Centro de Inovação em Ciências Espaciais do Panamá) e África do Sul (Observatório de Radioastronomia da África do Sul (SARAO)) assinaram memorandos de entendimento sobre a ILRS com o Laboratório de Exploração do Espaço Profundo (DSEL) durante a conferência.
 
Instituições internacionais, a Aliança Cinturão e Rota para Ciência e Tecnologia, a Fundação para o Desenvolvimento Espacial da África e a Aliança Empresarial Africana também firmaram acordos.
 
Os novos parceiros refletem uma tendência estabelecida de a China atrair participantes do Sul Global e se engajar na diplomacia subnacional, espelhando um pouco os movimentos diplomáticos mais amplos do país.
 
“Até agora, mais de 10 países (organizações internacionais) e mais de 40 instituições internacionais assinaram documentos de cooperação internacional com as partes chinesas relevantes”, disse o DSEL em um comunicado.
 
Além disso, o DSEL afirmou que “líderes de agências espaciais de seis países, incluindo China, Laos, Turquia, Venezuela, Senegal e Cuba, realizaram um fórum aberto sobre cooperação internacional para o grande projeto científico da Estação Internacional de Pesquisa Lunar.” Foi relatado anteriormente que a Turquia havia solicitado participar da ILRS.
 
A China afirmou que pretende atrair 50 países para o projeto ILRS. Isso provavelmente inclui a participação subnacional, ao invés de contar estritamente a cooperação a nível nacional e de agências espaciais. Planeja estabelecer uma organização para coordenar o projeto ILRS.
 
A China lançará missões precursoras da ILRS na década de 2020. Estas incluem Chang’e-7 por volta de 2026 e Chang’e-8 por volta de 2028. Esta última missão incluirá testes de tecnologia de utilização de recursos in-situ. Ambas as missões com múltiplas espaçonaves terão como alvo o polo sul lunar.
 
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