FUTURECOM 2022: Segundo Executivos de Empresas e da Inócua AEB, a Falta de Uma Melhor Gestão do Lixo Espacial Preocupa o Setor Satelital

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (18/05) no site “Telesíntese”, destacando que durante a Futurecom, Executivos de Empresas e da nossa Agência Espacial Brinquedo (AEB), disseram que a proliferação dos satélites de baixa órbita ira multiplicar não apenas a oferta de serviços de conectividade em áreas remotas do mundo, mas também colocar em risco as redes especiais devido à quantidade de lixo espacial em órbita da Terra.
 
O engraçado nessa matéria amigos é que segundo a mesma, o Sr. Rodrigo Leonardi (Coordenador de Satélites e Aplicações da nossa Piada Espacial) critica a falta de gestão do lixo espacial no mundo, esquecendo covenientemente a desatrosa gestão da agência ao qual ele representa. É aquela coisa, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Hipocrisia das mais deslavadas. Triste.
 
Brazilian Space 
 
 
Ocupação do Espaço e Lixo Espacial Preocupam Setor Satelital
 
Executivos de empresas e da Agência Espacial Brasileira apontam ausência de gestão do lixo espacial e avanço de empresas ante o vácuo regulamentar 
 
Por Rafael Bucco 
18/07/2022 - 11h55 
Fonte: Website Telesíntese - https://www.telesintese.com.br
 
Fonte: Website Telesíntese
Mauro Wajnberg, Erica Rosetto, Bruno Henriques, Fábio Alencar, Oscar Delgado e Rodrigo Leonardi em painel sobre o setor de satélites na Futurecom 2022, que debate o excesso de lixo espacial.
 
A proliferação dos satélites de baixa órbita vai multiplicar não apenas a oferta de serviços de conectividade em áreas remotas do mundo, como também vai colocar em risco as redes especiais devido à quantidade de lixo espacial. O alerta veio de representantes do setor satelital brasileiro, que participaram de painel nesta terça-feira, 18, durante a Futurecom 2022.
 
Para Erika Rosetto, Gerente de Dinâmica Orbital da Embratel Star One e diretora da entidade Space Data Association, a situação se torna cada ano mais crítica.
 
“Tem muitas empresas lançando satélites atualmente. A FCC [regulador dos Estados Unidos] baixo regras para que não se tenha tantos objetos vagando no espaço depois de desativados, mas a tendência é de aumento. A tendência é esta, ter medidas mais restritivas sobre o uso do espaço, pois é um recurso limitado”, falou.
 
A seu ver, os países precisa trabalhar em conjunto e harmonia para chegar a uma equação de sustentabilidade. Ela descarta que a própria indústria seja capaz de solucionar o problema sozinha.
 
“Não acho que a autorregulação é suficiente por causa da quantidade de empresas surgindo. As agência vão ter que fazer esse papel de regular”, cravou.
 
Rodrigo Leonardi, Coordenador de Satélites e Aplicações Agência Espacial Brasileira, tem posição semelhante.
 
“Sou cético com a autorregulação pq tem questões geopolíticas, questões relacionadas à defesa, e vai ser difícil achar solução que atenda a todos sem negociação internacional. É preciso diálogo nas nações unidas”, falou.
 
Ele vê reguladores locais tomando a frente, mas diz que isso não basta. “A proposta da FCC de retirada dos satélites desativados em cinco anos, no máximo, vai mitigar a proliferação do lixo espacial, mas não vai resolver. Mas e a China, como entra nisso? E a Rússia? A Índia? As empresas de cada país têm suas diretrizes”, observa.
 
Leonardi afirma que há órbitas baixas já ficando saturadas. “Logo os países vão perceber que sem uma negociação internacional, sairão prejudicados. O Brasil não ocupa essas posições, mas consome os serviços e pode se apresentar para intermediar as conversas entre as nações”, acrescentou.
 
Ele critica a falta de gestão do lixo espacial, e diz que, apesar de ser uma ameaça, nenhuma empresa vai deixar planos de lançamento de lado. “A quantidade de debris [destroços] de cerca de 10 cm já ultrapassa os milhões. Tivemos país destruindo satélite com armamento para demonstrar por bélico. Então o que existe hoje é um faroeste espacial”, observou.
 
Mauro Wajnberg, presidente da Abrasat, afirmou que o mercado também pode agir em alguns casos, e citou o exemplo de empresas que já nascem com o objetivo de capturar e retirar lixo espacial da órbita terrestre.
 
Para o VP de desenvolvimento corporativo da SES na América Latina, Fábio Alencar, contar com a regulação governamental é um problema. “A velocidade de tomada de decisão do governo é muito menor que a do mercado. Um conjunto de governos, então, na ONU, tomando decisão, é mais difícil ainda. Temo que seremos atropelados pelo mercado, pelos EUA, pela China, e tendo uma regra imposta pelo fato, e não a regra mais justa e igualitária”, falou.
 
Vale lembrar que o Brasil levou à UIT recentemente proposta para o organismo estudar a sustentabilidade do setor espacial diante do lançamento vertiginoso de novos satélites não-geoestacionários. Os resultados dos estudos devem ser apresentados no final de 2023, na Conferência Mundial do Rádio.

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