Saiba Mais Sobre a Missão Australiana Que Quer Cultivar Plantas na Lua Até 2025
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, se lembram de um experimento
australiano que irá ser enviado a Lua
através da ‘Missão Beresheet 2’ de Israel já abordado anteriormente aqui no BS? (reveja aqui). Pois é, segue agora abaixo mais uma matéria
postada ontem (21/10)
no site ‘Olhar Digital’ trazendo
mais informações sobre essa missão de cientistas da ‘Universidade Nacional Australiana (ANU)’ em parceria com a startup
‘Lunaria One’.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Austrália Quer Cultivar Plantas na Lua até 2025
Por Flavia Correia
Editado por Lucas Soares
21/10/2022 - 11h42
Atualizada em 21/10/2022 - 12h47
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Em 2019, a China revelou que a missão Chang’e-4 conseguiu plantar sementes de algodão na Lua. Embora as “mudinhas”
tenham morrido pouco tempo depois, aquela foi a primeira vez na história que um
material biológico brotou com sucesso no nosso satélite natural.
E agora, outro país quer repetir o feito. Em colaboração
com a startup Lunaria One, cientistas da Universidade Nacional Australiana
(ANU) querem cultivar plantas na Lua até 2025.
A Carga Australiana de Experimentação Lunar Promovendo a
Horticultura (ALEPH-1, na sigla em inglês) será lançada a bordo do módulo de
pouso Beresheet 2, da SpaceIL, um projeto que Israel anunciou logo após sua
primeira missão lunar fracassar em 2020.
De acordo com o site Space.com, as plantas e sementes
ALEPH-1, mesmo mantidas em uma câmara protetora, enfrentarão muitos desafios:
insuficiência de água, gravidade fraca, dia e noite com duração de sete dias
terrestres e nenhuma atmosfera protegendo a superfície da radiação solar
prejudicial.
“O espaço é um campo de testes excepcional para como
propagar plantas nos ambientes mais extremos”, disse Caitlyn Byrt, bióloga de
plantas da ANU e consultora científica da Lunaria One, em um comunicado.
Imagem: Gorodenkoff – Shutterstock
Antes do lançamento, os pesquisadores vão trabalhar para
garantir o envio das sementes candidatas mais viáveis para lá. Algumas das
aspirantes, como uma grama australiana chamada Tripogon loliformis, são
conhecidas como “plantas de ressurreição”- algo como a versão botânica do
resistente microscópico “urso de água”, ou tardígrado (que são capazes de voltar à vida e prosperar
mesmo depois de longos períodos de dormência e desidratação, bastando o contato
com a água).
Plantas capazes de sobreviver na Lua podem representar
mais do que apenas uma fonte de alimento. Eles também podem fornecer oxigênio
respirável para os astronautas, e algumas ainda podem ser usadas para desenvolver
medicamentos que poderiam eventualmente ser fabricados in loco.
A missão ALEPH-1 também pode ajudar a entender como
enfrentar as mudanças climáticas na Terra, identificando espécies de plantas
comestíveis que podem aturar condições extremas e facilmente trazer um retorno
após dificuldades como a seca.
“Se você pode criar um sistema para cultivar plantas na
Lua, então você pode criar um sistema para cultivar alimentos em alguns dos
ambientes mais desafiadores da Terra”, disse Caitlyn.
Ela e seus colegas estimam que algumas sementes podem vir
a brotar nas primeiras 72 horas depois que Beresheet 2 tocar o solo lunar.
Durante todo o período, segundo a cientista, imagens do experimento serão
enviadas à Terra e compartilhadas com o público regularmente.
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