A 'Nave Cargueira Cygnus' Será Lançada dia 06/11 Para a ISS Tendo Abordo Varios Experimentos e Pequenos Satélites do Japão, Uganda e Zimbábue
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue agora uma notícia postada ontem (18/10) no
site ‘Olhar Digital’, destacando que
a Espaçonave Cargueira Cygnus da ‘18ª Missão Comercial de Reabastecimento da
Northrop Grumman’ para a Estação
Espacial Internacional (ISS), sob contrato com a NASA, devera decolar dia 06/11 (um domingo), do Espaçoporto Regional do Meio-Atlântico, na instalação de voo Wallops desta agência espacial
estadunidense.
Vale acrescentar amigos que a Cygnus estará carregando vários experimentos abordo, e entre eles
experimentos de mutações de plantas e estrutura de fluxo de lama, além de uma
demonstração de tecnologia de câmera, bem como também um pequeno satélite do Japonês, e os primeiros pequenos
satélites de Uganda e Zimbábue. Saiba mais sobre essa missão lendo a matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
NASA Vai Investigar Mutações de Plantas no Espaço; Conheça Mais Experimentos
Por Flavia Correia
18/10/2022 - 14h45
Atualizada em 18/10/2022 - 16h10
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Programada para ser lançada no mês que vem, a 18ª missão
comercial de reabastecimento da Northrop Grumman para a Estação Espacial Internacional (ISS) sob contrato com a
NASA carrega uma variedade de investigações científicas. Entre os experimentos,
estão temas como mutações de plantas e estrutura de fluxo de lama, além de uma
demonstração de tecnologia de câmera e pequenos satélites do Japão, Uganda e Zimbábue.
Imagem: NASA images – Shutterstock
Espaçonave Cygnus, Northrop Grumman, em uma missão de reabastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS). |
A espaçonave Cygnus que vai levar essas pesquisas para o
laboratório orbital deve decolar no primeiro domingo de novembro (6), do
Espaçoporto Regional do Meio-Atlântico, na Instalação de Voo Wallops da agência,
no estado norte-americano da Virgínia.
Abaixo, alguns dos experimentos que estarão a bordo são
descritos de acordo com um comunicado emitido pela NASA.
Tecidos Bioimpressores
Em sua primeira viagem à ISS, feita em 2019, a
BioFabrication Facility (BFF) mandou parte de um menisco (estrutura interna do
joelho) impresso em 3D e um grande volume de células cardíacas humanas. Agora,
uma nova carga da empresa, a BFF-Meniscus-2, será lançada para o laboratório
com novas capacidades para continuar a pesquisa de impressão de tecidos
humanos.
Créditos: Redwire
O ADvanced Space Experiment Processor (ADSEP), que faz parte do experimento BioFabrication Facility (BFF), retorna à ISS três anos depois, após atualizações. |
A bioimpressora 3D testa se a microgravidade permite a
impressão de amostras de tecidos de maior qualidade do que as impressas em
solo. O objetivo a longo prazo é usar tecnologias de bioimpressão 3D para ajudar a aliviar a escassez de órgãos
para pacientes que precisam de transplantes.
Avaliando Como as Plantas Se Adaptam ao Espaço
Plantas expostas ao ambiente espacial sofrem alterações
que envolvem a adição de informações extras ao seu DNA, regulando como os genes
se ligam ou desligam, sem alterar a sequência do DNA em si. Esse processo é
conhecido como mudança epigenética.
Créditos: Anna-Lisa Paul
Os resultados do experimento Plant Habitat-03 podem ajudar a verificar se as adaptações espaciais de primeira geração continuam ou estabilizam na segunda geração de plantas. |
Segundo a NASA, o experimento Plant Habitat-03 foi
projetado para avaliar se tais adaptações em uma geração de plantas cultivadas
no espaço podem ser transferidas para a próxima geração. O objetivo de longo
prazo da investigação é entender como a epigenética pode contribuir para
estratégias adaptativas que as plantas usam no espaço e, em última instância,
desenvolver plantas mais adequadas para uso em futuras missões para fornecer
alimentos e outros serviços.
Misturas de Fluxo de Lama
As mudanças climáticas e o aquecimento global estão
contribuindo para o aumento da ocorrência de incêndios florestais. Os produtos
químicos gerados das queimadas das plantas criam uma fina camada de solo que
repele a água da chuva. A chuva então corrói o solo e pode se transformar em
fluxos de lama catastróficos que carregam pedras pesadas e detritos ladeira
abaixo, causando danos significativos à infraestrutura, bacias hidrográficas e
vida humana.
Um experimento denominado Microestruturna Pós-Lama
(TangoLab Mission-28), pretende avaliar a composição desses fluxos de lama, que
incluem areia, água e ar preso. Mas, por que no espaço?
“A gravidade desempenha um papel crucial no processo,
impulsionando o ar para cima e para fora da mistura de partículas até o fundo
da água”, disse Ingrid Tomac, professora assistente do Departamento de
Engenharia Estrutural da Universidade da Califórnia em San Diego. “Remover a
gravidade, portanto, poderia fornecer insights sobre a dinâmica da estrutura
interna dessas misturas de água-ar e uma linha de base para seu comportamento”.
Segundo Tomac, os resultados da pesquisa podem vir a
melhorar a compreensão dos mecanismos fundamentais que regem o movimento de
detritos pós-incêndio, incluindo como os fluxos de lama capturam bolhas de ar e
podem carregar pedras pesadas.
Essa investigação também poderia ajudar a desenvolver e
validar equações fundamentais para modelar e prever a propagação e velocidade
dos fluxos de detritos e seu efeito sobre casas, infraestrutura e obstáculos
naturais.
Desenvolvimento de Células Ovarianas em Microgravidade
Coordenado pela Agência Espacial Italiana (ASI), o
experimento OVOSPACE examina o efeito da microgravidade nas culturas de células
bovinas, pesquisas que poderiam melhorar os tratamentos de fertilidade na Terra
e ajudar a se preparar para uma futura colonização humana no espaço.
O pesquisador principal Mariano Bizzarri, do Departamento
de Medicina Experimental da Universidade Sapienza de Roma, explica que viver
por tempos prolongados na gravidade reduzida da Lua ou de Marte pode prejudicar a fertilidade.
“Isso ameaça o objetivo de estabelecer assentamentos
permanentes ou estendidos além da Terra”, diz Bizzari. “A desregulamentação das
funções reprodutivas também pode representar riscos adicionais à saúde. Nossos
resultados poderiam melhorar a compreensão do desenvolvimento de óvulos e
identificar metas de contramedidas e tratamentos para proteger o potencial
reprodutivo em missões espaciais. Esta investigação também poderia apoiar o
desenvolvimento de tratamentos para melhorar ou restaurar a fertilidade das
pessoas na Terra”.
NASA Lança Primeiros Satélites de Uganda e Zimbábue
A espaçonave Cygnus também vai carregar a BIRDS-5, uma
constelação de CubeSats formada pelos equipamentos: PEARLAFRICASAT-1, o
primeiro satélite desenvolvido por Uganda, ZIMSAT-1, o primeiro do Zimbábue, e
TAKA, um satélite do Japão.
Créditos: BIRDS-5
A equipe do Zimbábue BIRDS-5 realiza testes de vibração para que seu CubeSat seja implantado na estação espacial. |
Segundo a NASA, BIRDS-5 vai fazer observações
multiespectrais da Terra e usar um instrumento de medição eletrônica de alta
energia para coletar dados estatísticos que poderão ajudar a distinguir o solo
nu da floresta e das terras agrícolas e possivelmente indicar a qualidade do
crescimento das lavouras. Isso poderia ajudar no sustento dos cidadãos de
Uganda e Zimbábue.
Por se tratar de um projeto universitário
transfronteiriço, o BIRDS fornece aos estudantes de nações em desenvolvimento o
conhecimento prático de satélites, estabelecendo uma base para projetos de
tecnologia espacial semelhantes em seus países de origem.
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