Foto de Agloremado Tirada Pelo 'Telescópio Espacial James Webb' Pode Ter as Estrelas Mais Antigas do Universo

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue agora uma notícia publicada ontem (04/10) no site “Canaltech” destacando que após o Aglomerado em foto tirada pelo Telescópio Espacial James Webb pode ter as estrelas mais antigas do Universo. 
 
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Aglomerado em Foto do James Webb Pode Ter as Estrelas Mais Antigas do Universo
 
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
04 de Outubro de 2022 às 09h08
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Fonte: ESA/CSA/STScI

A primeira imagem científica do telescópio James Webb, junto de outras reveladas ao mundo há alguns meses, guarda um verdadeiro tesouro. Foi nela que os astrônomos da Universidade de Toronto e outras instituições encontraram novos aglomerados estelares do tipo globular, formados por milhões de estrelas — algumas delas, inclusive, podem ser as mais antigas do universo.
 
A imagem, que traz o aglomerado de galáxias SMACS 0723, fascinou astrônomos e o público em todo o mundo. Em meio ao aglomerado, estava a chamada “Galáxia Brilhante”. Ela fica a cerca de 9 bilhões de anos-luz da Terra e recebeu este apelido por causa de vários objetos compactos próximos, que aparecem como pequenos pontinhos brilhantes e podem ser os aglomerados estelares mais antigos já encontrados. 
 

Os aglomerados estelares são grupos de estrelas antigas relacionadas à “infância” da galáxia. Eles podem ser abertos, formados por algumas centenas de estrelas jovens, ou globulares, com milhões de estrelas mais velhas. Ao observar os 12 objetos ao redor da Galáxia Brilhante, a equipe do levantamento CAnadian NIRISS Unbiased Cluster Survey (CANUCS) descobriu que cinco deles não são apenas aglomerados estelares globulares, como também são alguns dos mais antigos conhecidos. 
 
Kartheik G. Iyer, astrônomo da Universidade de Toronto e coautor do estudo, ficou surpreso com a descoberta. “Observar as primeiras imagens do James Webb e descobrir antigos aglomerados globulares ao redor de galáxias distantes foi um momento incrível, um que não foi possível com as imagens do telescópio espacial Hubble”, disse ele. Como os aglomerados foram observados em diferentes comprimentos de onda, a equipe pôde elaborar modelos e compreender melhor as propriedades deles. 
 
Aglomerados Estelares na Foto do James Webb 
 
Sozinha, a Via Láctea contém cerca de 150 aglomerados estelares, cuja idade segue uma incógnita para os cientistas, já que determinar a idade deles é uma tarefa extremamente desafiadora. Além disso, os aglomerados globulares distantes nunca foram usados antes para estimar a idade das primeiras estrelas em galáxias distantes — mas isso mudou com o telescópio James Webb.
 

Até então, os astrônomos não conseguiam observar os arredores da galáxia com o telescópio Hubble. Agora, a alta resolução e sensibilidade do James Webb revelou, pela primeira vez, os vários pontinhos cercando a galáxia, que ficaram ainda mais evidentes graças à lente gravitacional ali, um efeito previsto pela pela Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein.
 
Ela determina que objetos massivos curvam o tecido do espaço-tempo, de modo que até a luz é distorcida. Na prática, quando um objeto muito massivo aparece à frente de outro, emitindo luz, este acaba com imagem muito maior ou multiplicada. Tanto a ampliação como as várias imagens criadas pela lente gravitacional mostraram que os aglomerados em questão realmente orbitam a galáxia, e que não estão simplesmente na frente dela, na perspectiva do telescópio.
 
Entretanto, ainda não está claro para os astrônomos o quanto o aglomerado de galáxias SMACS 0723 está ampliando a Galáxia Brilhante e seus arredores. Ao entender melhor a ampliação da galáxia e dos aglomerados, eles podem conseguir determinar as propriedades deles com precisão, como a idade e a distância que estão da Terra.
 
A equipe planeja usar o telescópio em breve para estudar cinco aglomerados galácticos massivos, que podem revelar ainda mais sistemas como aqueles ao redor da Galáxia Brilhante. “Esperamos que o conhecimento de que aglomerados globulares podem ser observados a uma distância tão grande com o James Webb impulsione novas buscas por objetos parecidos”, finalizou Iyer.
 
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal Letters.

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