Após Serem Fotografados Pelo 'Hubble' em 1995, os 'Pilares da Criação' Foram Agora Fotografados Pelo Telescópio Espacial James Webb
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (19/10)
no site “Canaltech”, destacando que os Pilares da Criação fotografados
pela primeira vez pelo Telescópio Espacial Hubble em 1995, foram agora fotografados pelo Telescópio
Espacial James Webb, e a foto é espetacular. Saiba mais lendo a matéria
abaixo.
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Pilares da Criação Brilham em Nova Foto do James Webb
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
19 de Outubro de 2022 às 12h30
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA, ESA, CSA, STScI; J. DePasquale, A.
Koekemoer, A. Pagan
O telescópio
espacial James Webb capturou uma belíssima imagem dos Pilares
da Criação, estruturas de gás e poeira que fazem parte da Nebulosa da
Águia. A nova foto foi divulgada pela NASA e Agência Espacial
Europeisa (ESA) nesta quarta-feira (19) e revela as colunas semi-transparentes
na luz infravermelha próxima, em detalhes de tirar o fôlego.
A nova foto foi
capturada pelo instrumento Near Infrared Camera (NIRCam), capaz de observar
comprimentos de onda de 0,6 a 5 mícrons. É assim que o NIRCam consegue
“enxergar” a luz das primeiras estrelas e galáxias ainda em formação, além de
estrelas jovens na via Láctea e até objetos do Cinturão de Kuiper.
O resultado é a
imagem abaixo:
(Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI; J. DePasquale,
A. Koekemoer, A. Pagan (STScI)
Na foto, estão estrelas recém-formadas, registradas como
esferas vermelhas e brilhantes fora de um dos pilares de poeira. Neles, quando
nós massivos o suficiente são formados, eles começam a colapsar sobre si
próprios e são lentamente aquecidos. No fim, eles dão origem a novas estrelas.
Já as linhas onduladas, presentes nas bordas de alguns
dos pilares, são formadas por matéria expelida pelas estrelas em formação.
Estas jovens estrelas atiram de tempos em tempos jatos supersônicos, que
encontram nuvens de material — como aquelas que formam os pilares. Às vezes, os
“disparos” podem formar as ondulações.
O brilho avermelhado vem das moléculas de hidrogênio, que
acabam energizadas como resultado dos jatos e choques — se você observar o
segundo e terceiro pilar da parte superior da foto, verá áreas com este
processo com ainda mais clareza. As jovens estrelas ali parecem ter apenas
alguns milhares de anos.
O Que São os Pilares da Criação?
Localizados a cerca de 6.500 anos-luz da Terra, os
Pilares da Criação são uma pequena parte da Nebulosa da Águia. Como você
percebeu, eles são regiões de formação estelar compostas por poeira e gás, que
se estendem por aproximadamente 5 anos-luz e foram fotografados pelo telescópio
Hubble, em 1995, na luz visível.
Em 2014, ao voltar seus "olhos" novamente para
a região, o telescópio observou as estruturas na luz infravermelha, capaz de
atravessar a poeira e gás dos pilares. Além do Hubble, vale lembrar que vários
outros observatórios estudaram a região, cada um coletando diferentes dados com
seus instrumentos para ajudar os pesquisadores a entendê-la melhor.
(Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI; J. DePasquale,
A. Koekemoer, A. Pagan (STScI))
À esquerda, os Pilares da Criação imageados pelo telescópio Hubble em 2014, na luz visível; já no lado direito, está a nova imagem do telescópio James Webb. |
A nova foto do Webb ajudará os pesquisadores a refinar os
modelos de formação estelar, porque revela estrelas recém-formadas com alta
precisão, acompanhadas do gás e poeira nos arredores. Assim, eles podem
entender melhor como as estrelas são formadas e nascem destas nuvens ao longo
de milhões de anos de evolução.
Pode até parecer que, para produzir esta nova
foto, o Webb observou “através” do fundo, revelando grandes distâncias
cósmicas além dos pilares. Só que o meio interestelar seguiu no meio do caminho
das observações, como uma cortina: esta “camada” transparente gasosa bloqueia a
visão de objetos mais distantes, tanto que não há galáxias na foto.
Você pode explorar uma versão da foto do James Webb com
recursos de zoom no site da Agência Espacial Europeia.
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