Com 'Satélite de Órbita Retrógrada' e Usando a Lua, a China Irá Estudar Lixo Espacial
Olá leitores e leitoras do BS!
Uma notícia publicada ontem (21/10) no site “Canaltech”, destaca que a China irá estudar o ‘Lixo Espacial’ com
satélite em órbita retrógrada e usando a
Lua. Saiba mais sobre essa história através da matéria abaixo.
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China Vai Estudar Lixo Espacial Com Satélite em Órbita Retrógrada e Usando a Lua
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
21 de Outubro de 2022 às 14h40
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: claudioventrella/Envato
A China parece ter considerado posicionar um satélite em
uma órbita retrógrada, como uma tentativa de expandir capacidades de percepção
situacional no espaço. Em um artigo, pesquisadores do Centro de Controle de
Satélites Xi’an, da China, descreveram como usar um sobrevoo pela Lua para
posicionar o satélite naquela órbita, monitorando lixo
espacial e atividades.
Os satélites em órbitas
geoestacionárias ficam a cerca de 35.700 km acima da Terra, com inclinação
e altitude que permitem acompanhar o período rotacional do planeta. Assim, o
“cinturão” desta órbita é bastante útil para satélites de telecomunicações e
serviços meteorológicos, porque eles parecem ficar em pontos fixos no céu.
(Imagem: Reprodução/European Space Agency)
A China vem aumentando a taxa de lançamentos e presença
de satélites nacionais na órbita geossíncrona da Terra, considerada de grande
valor tanto para fins governamentais quanto comerciais. Por isso, o país vem
também ampliando sua necessidade de capacidades de percepção, para entender as
atividades e mudanças por lá.
Entretanto, inserir um satélite em uma órbita retrógrada
geoestacionária não é fácil, já que a nave precisaria ter inclinação de 180º e
se moveria na direção oposta de todos os outros dispositivos na órbita. Por
isso, os pesquisadores sugerem lançar a nave desejada em direção à Lua e,
depois, realizar uma manobra de assistência gravitacional.
Com isso, ela poderia ser direcionada a uma órbita de
transferência, entrando na órbita retrógrada com menor consumo de combustível.
Para Brian Weeden, diretor de Planejamento de Programas na Secure World
Foundation, a ideia é arriscada. “Se você fizer isso na mesma altitude que a GEO,
seria como um carro indo na direção errada em uma rodovia”, explicou.
“Felizmente, você ainda teria acima ou abaixo da GEO para
evitar colisões com o cinturão geoestacionário”, acrescentou ele. Para Weeden,
mesmo neste cenário ainda seria necessário realizar manobras de desvio
para evitar colisões, com menor tempo para a tomada de decisões.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Nature.
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