NASA Testa Com Sucesso no Deserto de Nevada Protótipo de Balão Que no Futuro Irá Explorar o Planeta Vênus
Olá
leitores e leitoras do BS!
Agora segue
abaixo uma notícia postada ontem (14/10),
no site ‘Inovação Tecnológica’,
destacando que a NASA testou recentemente no Deserto de Nevada,
a versão reduzida de um "Robô Aéreo" que poderá no futuro
voar nos céus do Planeta Vênus, completando assim e com sucesso, dois
voos de teste com esse protótipo, um marco para o projeto desse balão
duplo.
Olha aí
amigos leitores, a NASA é
espetacular e não para não por ai não, leiam com atenção para vocês entenderem
melhor o que eu quero dizer.
Brazilian Space
ESPAÇO
NASA Testa Protótipo de Balão Que Irá Explorar Vênus
Redação do Site Inovação Tecnológica
14/10/2022
[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Robô Flutuante
Uma versão reduzida do
"robô aéreo" que poderá no futuro voar nos céus de Vênus
completou com sucesso dois voos de teste no deserto de Nevada, nos EUA, um
marco para o projeto desse balão duplo.
A pressão intensa, o
calor e os gases corrosivos da atmosfera de Vênus são suficientes para destruir
até mesmo a espaçonave mais robusta em questão de horas. Mas, algumas dezenas
de quilômetros acima, a espessa atmosfera é muito mais hospitaleira - ou menos
agressiva - para a exploração robótica.
O protótipo, que a NASA
chama de aerobot, é um balão dentro de um balão, com um reservatório interno
rígido que pode controlar a quantidade de hélio que fica no balão externo
flexível, permitindo controlar a altitude do robô voador.
O conceito da missão
prevê o balão em conexão com um orbitador de Vênus, os dois trabalhando em
conjunto para estudar o planeta e enviar informações para a Terra. Enquanto o
orbitador permanecerá muito acima da atmosfera, servindo como retransmissor e
fazendo medições científicas - mas limitado a ver tudo de cima -, o balão
robótico aéreo fará medições em várias altitudes dentro da própria atmosfera.
Teste
Para testar esse
conceito, a equipe do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e da empresa
contratada Near Space Corporation, realizou dois voos bem-sucedidos de
um protótipo do balão com cerca de um terço do tamanho projetado, com 12 metros
de diâmetro.
"Estamos
extremamente felizes com o desempenho do protótipo. Ele foi lançado, demonstrou
manobras de altitude controlada e foi recuperado em boas condições após os dois
voos," disse Jacob Izraelelevitz, que lidera o desenvolvimento do balão no
JPL. "Nós gravamos uma montanha de dados desses voos e estamos ansiosos
para usá-los para melhorar nossos modelos de simulação, antes de explorar nosso
planeta irmão."
Já foram feitas
explorações de balão da atmosfera de Vênus, como parte das missões gêmeas
soviéticas Vega 1 e 2, que chegaram ao planeta em 1985. Os dois balões (que
tinham cerca de 3,6 metros de diâmetro) duraram pouco mais de 46 horas, antes
que as baterias de seus instrumentos acabassem. Seu curto tempo na atmosfera
venusiana forneceu uma pista tentadora da ciência que poderia ser alcançada por
uma plataforma de balão maior e de maior duração flutuando na atmosfera do
planeta, opção esta que permanece em aberto desde então.
[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Balão Para Estudar
Vênus
O objetivo da missão
será flutuar ao sabor dos ventos venusianos, de leste para oeste,
circunavegando o planeta por pelo menos 100 dias. O robô aéreo poderá levar uma
série de instrumentos científicos, ainda não selecionados, mas que deverão
incluir desde o monitoramento da atmosfera em busca de ondas acústicas geradas
por terremotos até a análise da composição química das nuvens.
Projetado como um
"balão dentro de um balão", ele possui um reservatório interno
rígido, contendo com hélio sob alta pressão, e um balão externo flexível, que
pode expandir e contrair. Para aumentar a altitude, o hélio sai do reservatório
interno para o balão externo, que se expande para dar flutuabilidade adicional;
quando é hora de reduzir a altitude, o hélio é bombeado de volta para o
reservatório, fazendo com que o balão externo encolha e diminua a
flutuabilidade.
Assim como um rover de
Marte é comandado para dirigir até uma rocha interessante, o balão robótico
poderá ser direcionado para aumentar e diminuir sua altitude - algo que os
balões Vega não faziam - para conduzir observações entre cerca de 52 e 62 km de
altitude, bem baixo dentro da inóspita atmosfera de Vênus, que se estende por
mais de 250 km.
Embora esta região da
atmosfera de Vênus seja mais tolerante do que suas camadas mais próximas do
solo, voos de longa duração nas nuvens do planeta, que contêm ácido sulfúrico e
outros produtos químicos corrosivos, não serão exatamente um passeio turístico.
Assim, o material
multicamadas desenvolvido para o balão externo do balão robô inclui um
revestimento à prova de ácido, uma camada de metalização para reduzir o
aquecimento solar e uma camada interna estrutural, que o mantém forte o
suficiente para transportar os instrumentos científicos abaixo. Novas técnicas
também foram desenvolvidas para garantir uma vedação à prova de ácido de longa
duração, com vazamento mínimo de hélio das costuras.
Outros Projetos
Embora estes testes
tenham sido um marco para um projeto que tem Vênus em mente, os pesquisadores
afirmam que a tecnologia também pode ser usada por balões científicos de alta
altitude, que precisam controlar sua altitude nos céus da Terra.
E este não é o único
projeto para estudar Vênus. Há dois anos, a NASA lançou uma chamada para
projetar um
robô capaz de andar pelo solo de Vênus.
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