Instituto de Tecnologia da Califórnia Testará em Dezembro a Transmissão de Energia Solar do Espaço
Olá
leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma no mínimo curiosa notícia postada dia (24/10), no site ‘Inovação Tecnológica’, destacando que uma equipe do ‘Instituto de
Tecnologia da Califórnia’ anunciou que, após 10 anos trabalhando em seu ‘Projeto de Energia Solar Baseado no Espaço
(SSPP, na sigla em inglês)’, eles agora estão prontos para fazer um primeiro
teste real no espaço em dezembro.
Pois é amigos, 10 anos trabalhando num
conceito novo, seguido por uma série de inovações para se chegar a
este teste de dezembro. Leiam a matéria para compreender melhor toda essa história.
Brazilian Space
ENERGIA
Transmissão de Energia Solar do Espaço Será Testada em
Dezembro
Redação do Site Inovação Tecnológica
24/10/2022
[Imagem: SSPP/Caltech]
Energia Solar no Espaço
Coletar energia
solar no espaço e enviá-la para a Terra é tentador porque os painéis
solares podem ficar virados para o Sol quase todo o tempo, dependendo de sua
posição em órbita, e nunca há nuvens para cobri-los.
O grande desafio,
porém, é como mandar a eletricidade para o solo, onde ela possa ser utilizada.
Uma equipe do
Instituto de Tecnologia da Califórnia anunciou agora que, depois de 10 anos
trabalhando em seu Projeto de Energia Solar Baseado no Espaço (SSPP, na
sigla em inglês), eles estão prontos para fazer um primeiro teste real.
"Uma das
primeiras perguntas que todo mundo faz é: 'Por que você quer colocar energia
fotovoltaica no espaço? Bem, no espaço, onde você não tem dia e noite e nuvens
e coisas desse tipo, você recebe cerca de oito vezes mais energia. A visão
deste programa é ser capaz de fornecer a potência necessária, onde e quando
você precisar," disse o professor Ali Hajimiri, um dos líderes do projeto
A ideia é coletar
a luz do Sol, transformá-la em eletricidade, converter a corrente contínua
gerada pelos painéis fotovoltaicos em frequência de rádio e, finalmente,
transmitir essa energia sem fios para o solo na forma de micro-ondas, as mesmas
usadas em telecomunicações.
O protótipo que
será testado pela equipe é pequeno, um quadrado de 10 x 10 cm pesando menos de
meio quilograma, que deverá ser lançado ao espaço em Dezembro próximo.
Se o teste for
bem-sucedido, a equipe defende enviar ao espaço centenas de milhares desses
ladrilhos fotovoltaicos, que se combinariam em um sistema de satélites que
lembra um tapete voador, criando uma superfície de coleta de luz solar de quase
10 mil metros quadrados.
[Imagem: SSPP/Caltech]
Apesar de não haver riscos em termos de radiação ionizante, as micro-ondas geram um calor que deverá ser bem direcionado, para não interferir com satélites, aviação e pessoas. |
Inovações Para Energia Solar Espacial
A construção do pequeno protótipo que irá ao espaço
exigiu dos membro do projeto obter inovações significativas em três áreas.
A primeira envolveu a construção de células fotovoltaicas
ultraleves de alta eficiência, otimizadas para as condições do espaço e
compatíveis com um sistema modular integrado de conversão e transmissão de
energia.
A segunda consistiu na construção de estruturas
dobráveis, ultrafinas e ultraleves, que possam ser empacotadas para serem
enviadas ao espaço e se desdobrarem após o lançamento. Esse suporte também
precisa conter os componentes necessários para converter, transmitir e
direcionar a energia de radiofrequência para o solo.
Finalmente, a equipe desenvolveu a tecnologia leve e de
baixo custo necessária para converter a eletricidade de corrente contínua em
energia de radiofrequência e enviá-la para o solo na forma de micro-ondas. Os
pesquisadores garantem que processo é seguro porque se trata de radiação
não-ionizante. Como, ainda assim, existem cuidados a serem tomados, o sistema
pode ser desligado rapidamente em caso de danos ou mau funcionamento.
"Este conceito foi, no passado, verdadeiramente
ficção científica. O que nos possibilitou considerar levá-lo do reino da ficção
científica para o reino da realidade foi a combinação de desenvolvimentos que
estão acontecendo em fotovoltaica, em estruturas e em transferência de energia
sem fio. Percebemos que agora podemos buscar a energia solar espacial de uma
maneira que está se tornando prática e econômica," concluiu Hajimiri.
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