Thales Prioriza Brasil no Plano de Expansão
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (12/12) no site “www.defesanet.com.br“, destacando que o
grupo Thales prioriza o Brasil no seu Plano de Expansão.
Duda Falcão
COBERTURA
ESPECIAL - ESPECIAL ESPAÇO – TECNOLOGIA
Thales Prioriza Brasil no Plano
de Expansão
Daniela
Fernandes
Valor Econômico
13 de Dezembro, 2013 - 11:38 (
Brasília )
A francesa
Thales - que atua nos setores aeroespacial, de defesa, segurança e transportes
- acaba de dar um passo importante em sua estratégia de obter um crescimento
rápido de suas atividades no Brasil. O contrato, assinado ontem, em Brasília,
com a Visiona (joint-venture entre a Embraer e a Telebrás) para fornecimento do
Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) marca uma
etapa significativa no ambicioso plano do grupo em relação ao mercado
brasileiro. "A prioridade é ampliar a dimensão dos nossos negócios no
país", disse ao Valor o presidente mundial do grupo, Jean-Bernard
Lévy.
O contrato
com a brasileira Visiona está entre os cinco maiores firmados pela Thales neste
ano, afirma Lévy, que concedeu a entrevista em Paris horas antes de embarcar
para o Brasil. Ele integra a comitiva do presidente francês, François Hollande,
que encerra hoje sua visita ao país. O montante do contrato obtido pela
franco-italiana Thales Alenia Space e a Arianespace, segundo estimativas do
setor, é de US$ 350 milhões.
O projeto do
satélite geoestacionário é avaliado em R$ 1,3 bilhão. O SGDC, que deve ser
entregue no final de 2016, irá garantir, segundo o governo, a segurança das
comunicações estratégicas do governo e militares e também ampliará o acesso à
banda larga em regiões remotas do Brasil.
O contrato
prevê a transferência de tecnologias. "Nosso objetivo é auxiliar o Brasil
a desenvolver uma indústria de ponta", garante Lévy. "Não vamos
guardar nossas competências internamente em filiais da Thales", diz o CEO,
indicando que a transferência de tecnologia não será feita por meio de
aquisições de empresas.
A Thales já
possui acordos com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e com a Embraer. Segundo
Lévy, dezenas de engenheiros brasileiros irão à França para acompanhar a
construção do satélite nas unidades de Cannes e Toulouse. Além do contrato com
a Visiona, a Thales Alenia firmou um memorando de intenção com a AEB para
transferências de tecnologias espaciais para o Brasil.
O Brasil,
afirma o executivo, é um "parceiro privilegiado" na estratégia do
grupo. Por esse motivo, a Thales está elaborando um "plano Brasil",
que deverá ficar pronto nos próximos seis meses, com objetivos e diretrizes de
atuação no país nos próximos anos. O grupo tem "várias prioridades"
no Brasil, diz ele. Uma delas é desenvolver as atividades no setor aeroespacial.
Outra prioridade
no país é o mercado de acústica submarina. A Thales já irá fornecer os sonares
dos submarinos franceses Scorpène, adquiridos pelo Brasil em 2008 no âmbito da
parceria militar estratégica com a França. Para Lévy, as oportunidades de
negócios nesse setor são grandes. "O Brasil tem desafios muito importantes
em suas áreas offshore, de exploração de petróleo, e marítima para a proteção
da Marinha." O grupo já está se movimentando para atuar no segmento de
sonares. "Iniciamos discussões com as autoridades brasileiras para
desenvolver competências nessa área", afirma.
O grupo
francês também prevê ampliar as atividades da filial brasileira Omnisys, que
produz e exporta radares de controle de tráfego aéreo, entre outros
equipamentos, e reforçar sua atuação também no setor de transportes urbanos. A
empresa já fechou contratos para fornecer sistemas de sinalização para a Linha
17-Ouro do metrô de São Paulo e para o monotrilho de Manaus.
Outros
grandes mercados emergentes também estão na mira da Thales. Como no caso do
Brasil, planos específicos de atuação em cerca de dez outros países, como
Rússia, China, Índia, Cingapura, estão sendo elaborados.
Pode parecer
paradoxal, mas a Thales, presente em 56 países, quer se tornar um grupo
internacional. Lévy, que assumiu o comando da empresa há quase um ano, após
permanecer à frente do grupo de comunicação e entretenimento Vivendi, explica:
"Temos várias unidades no mundo que apenas importam nossos produtos e
prestam assistência técnica. É algo muito dependente de novos contratos",
diz ele, acrescentando que o sistema produtivo da Thales é hoje quase
exclusivamente centrado nas economias ocidentais.
"Há
vários outros países, como o Brasil, que querem ter acesso a tecnologias. E,
para isso, é necessário ter uma produção local." Para reequilibrar o que
ele chama de "pegada industrial" do grupo entre economias
desenvolvidas e emergentes, a Thales tem a meta de realizar joint ventures,
implantações, transferências de tecnologia e parcerias com empresas. "Nossa
pegada industrial precisa estar alinhada à demanda dos países com crescimento
econômico rápido."
A estratégia
fixada pelo CEO é fazer com que as vendas decolem rapidamente nos países
emergentes. Isso é fundamental para relançar o crescimento do grupo, que há
sete anos não registra aumento no volume de pedidos. "É preciso que o
total de encomendas cresça mais do que o faturamento. Dessa, forma, haverá
crescimento efetivo", afirma Lévy. No acumulado, até setembro deste ano, a
Thales registra € 8,2 bilhões em encomendas, uma queda de 6% em relação a igual
período do ano anterior. Já o faturamento, de quase € 9,5 bilhões, aumentou 6%.
As
aquisições de empresas não são uma prioridade para Lévy. "Não vou me
esconder atrás de fusões e aquisições para realizar o objetivo de crescimento
do grupo", afirma ele, sem descartar eventuais operações quando houver
interesse.
Segundo o
CEO, as atividades civis da Thales deverão em breve ultrapassar as militares em
razão da demanda crescente por infraestrutura em inúmeros países. A atividade
que mais cresce hoje no grupo é a do transporte aéreo. A Thales fornece radares
e sistemas de segurança e navegação para aeroportos e também equipamentos para
construtores e companhias aéreas.
Fonte: Site www.defesanet.com.br
China pousou com sucesso seu rover na Lua (ver aqui)
ResponderExcluirEu sinceramente, não vejo com nenhum preconceito a participação de empresas estrangeiras nos nossos programas de segurança.
ResponderExcluirEm minha opinião, mais importante que se preocupar de que país a tecnologia se origina, é onde os artefatos são fabricados. Se foram fabricados aqui, não há nenhum problema.
Basta raciocinar um pouco. No caso de um eventual evento de confronto entre países que coloque qualquer país em estado de guerra, obviamente, todos os recursos disponíveis vão ser nacionalizados (mesmo que temporariamente num regime capitalista), até o fim dos conflitos.
Num Mundo capitalista globalizado como o de hoje em dia, acho que não cabe mais um nacionalismo ideológico.
Vejam o exemplo da China. Um país que nem é capitalista, que tem regimes trabalhista muito questionável, que hoje é o maior fornecedor de equipamentos de alta tecnologia a nível mundial. Vejam que eles não estão nem aí para o fato de a maior parte da tecnologia dos aparelhos que eles fabricam lá ter origem no seu maior antagonista ideológico.
Usando tudo isso e aplicando recursos de forma séria e continuada no seu programa espacial, eles acabam de se tornar o terceiro país do Mundo a pousar uma sonda na Lua, a Chang'e 3.
Estou muito feliz pelo pouso bem-sucessido do Coelho de Jade. Enquanto isso, estamos nós na Terra dos Atabaques, esperando pela copa do mundo. O único evento em que este povo pode ser o melhor do mundo.
ResponderExcluir