Corte de Propulsão Impediu CBERS-3 de Manter Órbita, diz INPE
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (09/12) no site “G1”
do globo.com destacando que o segundo o INPE corte de propulsão impediu CBERS-3 de manter
órbita.
Duda Falcão
VALE E REGIÃO
Corte de Propulsão Impediu CBERS-3
de Manter Órbita, diz INPE
Satélite sino-brasileiro foi perdido nesta segunda-feira
(9).
Terceira etapa de lançamento acabou 11 segundos antes do previsto.
Suellen Fernandes
Do G1 Vale do Paraíba e Região
09/12/2013 - 17h15
Atualizado em 09/12/2013 - 20h06
Uma falha na terceira e última etapa do lançamento do
satélite sino-brasileiro CBERS-3 fez sua colocação em órbita fracassar,
informou nesta segunda-feira (9) o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O motor de propulsão do lançador chinês foi desligado 11
segundos antes do previsto, o que impossibilitou que o equipamento atingisse a
velocidade mínima para ser mantido em órbita.
As causas do problema serão investigadas e, para amenizar
o impacto da perda do satélite, o INPE pretende antecipar o lançamento do CBERS-4.
O fracasso do lançamento foi confirmado por técnicos
chineses às 4h30 (horário de Brasília). A velocidade mínima horizontal para
manter o satélite em órbita é de 7 a 8 km por segundo – a velocidade atingida
foi inferior a esse parâmetro. O equipamento atingiu 720 quilômetros de altitude.
No lançamento foi usado o foguete chinês Longa Marcha
4B. Antes do CBERS-3, o modelo operou 34 lançamentos com sucesso. O governo
brasileiro investiu R$ 160 milhões no projeto.
O satélite não era resguardado por nenhum tipo de
seguro. O prazo previsto para o lançamento do CBERS-4 é de 24 meses, mas a
direção do INPE informou preliminarmente uma nova estimativa de 12 a 14 meses
para lançar o novo satélite. A antecipação depende de tratativas com o governo
chinês. O órgão assegura que as demandas de programas nacionais não ficarão
descobertas neste período. Para isso, o Brasil vai utilizar dados de outros
satélites como o indiano Resourcesat-2 e o americano Landsat-8.
Queda
O INPE não obteve informação a respeito da queda de
partes do satélite na Terra. A hipótese é que o equipamento tenha se
desintegrado e tenha sido totalmente pulverizado.
(Foto: Suellen Fernandes/G1)
Pesquisadores durante coletiva na
sede do INPE em São
José dos Campos.
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“Nenhum centro de rastreio conseguiu identificar a
trajetória do Cbers na queda. Se é que algum pedaço resistiu, deve ter caído
antes de completar a primeira órbita e portanto, pode ter caído no Oceano
Antártico. Acreditamos que o satélite tenha tido um comportamento de míssil
balístico, caindo imediatamente após atingir a altitude máxima”, disse Oswaldo
Duarte Miranda, vice-diretor do INPE.
Futuro
Apesar do fracasso no lançamento e do prejuízo
financeiro, inicialmente não estão previstos cortes na mão de obra ou nos
recursos do INPE para projetar o CBERS-4.
Para a equipe que participou do CBERS-3, a sensação é de
frustração. “Perdemos neste primeiro momento o kit de imagens e produtos que o
usuário brasileiro anseia. Por outro lado, temos um desafio de colocar o CBERS-4
o mais breve possível em órbita. Enquanto isso, as grandes demandas brasileiras
não ficarão descobertas, mesmo que seja necessária a compra de dados”, disse José
Carlos Neves Epiphanio, coordenador do segmento de aplicações do Programa CBERS.
Sem revelar detalhes, a direção do INPE informou que o
órgão iniciou tratativas com a China para o lançamento do CBERS 5 e 6.
Atraso na Produção
O lançamento aconteceu três anos após a data prevista
inicialmente pelo INPE, que desenvolveu o projeto em parceria com a CAST.
O CBERS-3 foi projetado com quatro câmeras, de
diferentes resoluções e capacidade de captação, responsáveis por coletar
imagens com maior qualidade de atividades agrícolas e contribuir com o
monitoramento da Amazônia, auxiliando no combate de possíveis desmatamentos
ilegais e queimadas – foco de projetos ligados também ao Ministério do Meio
Ambiente, como o PRODES e o DETER.
Dificuldades para criar novas
tecnologias espaciais, consideradas complexas, atrasaram o programa,
segundo o diretor do INPE, Leonel Perondi, que está no país asiático e
acompanhou o envio do satélite ao espaço.
O objetivo do CBERS-3 seria preencher um vácuo deixado
pelo CBERS-2B, que encerrou suas atividades em 2010. Desde então, o programa sino-brasileiro
ficou sem equipamentos para fornecer imagens aos países parceiros. Também foram
lançados o CBERS-1 e CBERS-2, que já não funcionam.
O Brasil tem 50% de participação no novo equipamento.
Antes, a participação no desenvolvimento de satélites com a China era de 30%.
Fonte: Site “G1” do globo.com
Comentário: Para mim, jamais teremos essa certeza, mas enfim, não adianta ficar chorando o leite derramado, e agora só nos resta torcer que lições tenham sido aprendidas para tentar evitar situações como essa. Vamos para frente. Aproveitamos para agradecer ao leitor Gustavo Veras pelo envio dessa notícia.
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