Brasil Amplia Para 50% Participação na Construção de Satélite Com a China
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (07/12) no site da
“Agência Brasil” destacando que o Brasil ampliou para 50% a sua participação na
construção do Satélite CBERS-3 com a China.
Duda Falcão
Pesquisa e Inovação
Brasil Amplia Para 50% Participação
na Construção de
Satélite Com a China
Paulo Victor Chagas
Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira
07/12/2013 - 18h14
Brasília - Nesta segunda-feira (9) entra em órbita pela
primeira vez um satélite cuja construção foi financiada igualmente por Brasil e
China. O Programa Sino-Brasileiro de Satélites de Recursos Terrestres começou
em 1999, quando o CBERS-1 foi enviado ao espaço, mas a divisão anterior tinha
apenas 30% de participação do Brasil na parceria.
A fabricação do CBERS-3 foi de responsabilidade do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial. Apenas do lado brasileiro, foram investidos R$ 300 milhões
para colocar em prática o projeto. Coube, então, a cada órgão, produzir ou
contratar uma empresa para a construção dos componentes do satélite, como
painel solar, controle térmico, sistema de gravação, além das câmeras que
produzem as imagens utilizadas em estudos ecológicos, industriais, geológicos e
agrícolas.
De acordo com o coordenador do Segmento de Aplicações do
Programa CBERS, José Carlos Neves Epiphânio, cerca de 200 pessoas estavam
envolvidas, direta ou indiretamente, na construção dos equipamentos de
responsabilidade do INPE. Segundo ele, empresas e departamentos inteiros foram
criados para atender à demanda.
“As equipes trabalham intimamente. Sempre tem chinês no INPE
ou alguém daqui na China. Dependendo das fases, há mais ou menos integração”,
revela. O pesquisador conta que, para o lançamento, há cerca de 30 engenheiros
brasileiros na China, sendo que 12 foram há dois meses para participar dos
testes.
Duas empresas brasileiras foram responsáveis pela
construção das câmeras. O CBERS-3 entra em órbita com quatro desses
equipamentos, sendo que uma câmera foi fabricada em São Carlos e outra em São
José dos Campos, ambas em São Paulo.
Segundo Epiphânio, os equipamentos têm funcionalidades
diferentes, obedecendo às necessidades das diversas pesquisas. “Há certos
fenômenos que você quer ver em detalhes, outros você não precisa”, explica.
A Câmera Multiespectral Regular (MUX) foi produzida pela
empresa Opto Eletrônica e tem capacidade para gerar imagens com resolução de 20
metros. “Se a legislação ambiental determina que a plantação deve ficar a 50
metros de um córrego, por exemplo, com uma câmera de 60 metros você não
consegue notar essa irregularidade, precisa de maior precisão”, justifica o
pesquisador.
Em Cuiabá, fica o único receptor brasileiro. De lá, os
dados são enviados para Cachoeira Paulista (SP), onde são processados e o banco
de imagens é gerado e disponibilizado gratuitamente por meio de
um catálogo do INPE. Epiphânio conta que são necessários 26 dias
para que o satélite e suas câmeras registrem novamente o mesmo ponto. Já a
China tem três receptores.
Entre o satélite passar no local e a imagem ser
processada e estar na sua mão, não demora mais que dois dias. Eventualmente,
pode ser no mesmo dia. Em termos de satélite, isso é quase tempo real”, informa
Epiphânio.
O lançamento do CBERS-3 está marcado para a madrugada de
segunda-feira, à 1h26, horário de Brasília. Os ministros da Ciência, Tecnologia
e Inovação, Marco Antonio Raupp, e das Comunicações, Paulo Bernardo,
acompanharão o lançamento na base de Taiyuan, capital da província de Shanxi,
na região central da China.
Fonte: Site da Agência Brasil
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