Acordos Entre Brasil e França Contemplam Área Aeroespacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (13/12) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB) destacando que os acordos
assinados entre Brasil e França contemplaram a Área Aeroespacial.
Duda Falcão
Acordos Entre Brasil e
França
Contemplam Área Aeroespacial
Coordenação de Comunicação
Social (CCS) com informações do MCTI
Foto: Giba/Ascom do MCTI
Brasília 13 de Dezembro de 2013 - A
presidente Dilma Rousseff fortaleceu as relações de cooperação do país com a França
ao assinar nesta quinta-feira (12) com o presidente François Hollande acordos
envolvendo a instalação de uma infraestrutura de computação de alto desempenho,
a transferência de tecnologia para o satélite geoestacionário de defesa e
comunicações estratégicas e novas ações do programa Ciência sem Fronteiras
(CsF).
Na declaração à
imprensa, a presidenta ressaltou o nível da parceria. “França e Brasil mantêm
uma cooperação cujos conteúdos, abrangência e profundidade a tornam única”,
afirmou. “Isso é verdadeiro, sobretudo, nas indústrias de defesa e de bens de
alta tecnologia.”
O presidente em
exercício da Agência Espacial Brasileira (AEB), Petrônio de Souza, firmou
memorando de entendimento acerca da transferência de tecnologia para a
construção do satélite geoestacionário brasileiro, a cargo da empresa francesa
Thales Alenia Space, representada por seu diretor-geral, Jean-Bernard Lévy.
Lévy ainda
assinou o contrato referente ao desenvolvimento do satélite pela Thales, com o
presidente da Visiona Tecnologia Espacial – sociedade entre a Embraer e a
Telebrás -, Nelson Salgado, que também estabeleceu compromisso com o consórcio
europeu Arienespace, responsável pelo lançamento do satélite. A tecnologia
servirá para a comunicação do governo e para levar internet banda larga a
municípios ainda não servidos pela Telebrás.
Segundo Souza,
que também é diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB,
“o acordo de transferência de tecnologia é uma parte essencial do processo de
aquisição do satélite”. O trabalho deve envolver sistemas eletrônicos a bordo,
estruturas de maior porte e aplicações de dados.
Computação – O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI), Luiz Antonio Elias, e a ministra francesa da Educação Superior e
Pesquisa, Geneviève Fioraso, assinaram declaração de intenções objetivando
criar uma infraestrutura de computação de alto desempenho no Brasil, capaz de
colocar o país entre os líderes mundiais na área até o fim de 2016.
Dilma informou
que o plano de trabalho estabelecido prevê a aquisição de um supercomputador da
empresa francesa Bull e a instalação de dois centros de pesquisa, um em
Petrópolis (RJ), em parceria com o Laboratório Nacional de Computação
Científica (LNCC/MCTI), e outro no Instituto Alberto Luiz Coimbra de
Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), na capital fluminense.
Pelo acordo, o
Brasil se compromete a fomentar produtos e serviços de supercomputação.
“Hoje, apenas dez países detêm capacidade instalada nesse campo”, destacou
Dilma. “Com a implementação desse plano de trabalho, o Brasil entra para esse
restrito grupo e desenvolverá atividades de pesquisa em áreas estratégicas.”
Hollande também
enfatizou a previsão de o país ingressar na elite mundial da supercomputação. “Ficamos
muito satisfeitos com o fato de a Bull possibilitar essa capacidade, a ser
criada nos centros de pesquisa”, ressaltou. Além do LNCC, integram a iniciativa
pelo lado brasileiro a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Centro de
Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), entidades vinculadas ao MCTI.
Intercâmbio – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fechou mais duas parcerias
para o CsF. O primeiro acordo promove a aprendizagem do idioma francês para
estudantes e futuros participantes do programa. O outro acerto bilateral prevê
a recepção pelo país europeu de alunos em ciclo de mestrado profissional, com
500 bolsas em 2014 e mais 500 em 2015.
“A França é hoje
o terceiro principal destino dos bolsistas do Ciência sem Fronteiras e já recebeu
4,8 mil alunos, dos quais 2.226 ainda se encontram naquele país. São em sua
maioria estudantes de engenharia, e merece destaque o esforço expressado no
acordo entre os dois governos para que nossos alunos complementem sua formação
com estágios técnicos em empresas francesas.”
Hollande
recordou que o compromisso inicial do país europeu para o programa era acolher
10 mil estudantes em cinco anos. “Posso dizer que já são quase seis mil
[assegurados], mas queremos ir mais longe”, avisou. “Vamos também lançar o
curso online Francês sem Fronteiras. Trata-se de divulgar amplamente a língua,
à distância ou localmente”.
Fonte: Agência Espacial Brasileira
(AEB)
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