CLBI Sedia Pela Primeira Vez a Jornada Espacial

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada ontem (18/07) no site do “Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)” destacando as atividades ocorridas no centro durante a realização da 10ª Jornada Espacial.

Duda Falcão

CLBI Sedia Pela Primeira Vez a Jornada Espacial

18/12/2013

Foguetes, Satélites e Veículos Lançadores foram alguns dos assuntos que 38 alunos e 35 professores de 18 estados e o Distrito Federal tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais na 10ª edição da Jornada Espacial, evento da Agência Espacial Brasileira (AEB) que foi realizado pela primeira vez no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI).

Criada em 2005, a Jornada Espacial é um evento de cinco dias que dá oportunidade aos alunos com melhores desempenhos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA!) de conhecer o universo da tecnologia aeroespacial e ter contato direto com profissionais que atuam na área. O sucesso do evento reflete-se nas marcas alcançadas: ao todo, 534 alunos dos 26 estados brasileiros participaram das dez edições realizadas até agora.

“É imperativo mostrar aos jovens que existe um Brasil e brasileiros que não aparecem nas revistas semanais, nem no noticiário televisivo, mas que fazem uma diferença enorme para o bem desse país”, explica José Bezerra Pessoa Filho, membro da Comissão Organizadora do evento.

Em uma das atividades práticas realizadas durante a Jornada Espacial, alunos e professores aprenderam a criar um lançador e um foguete usando materiais como garrafas plásticas, canos de PVC e papelões.

“É muito interessante ver os assuntos da física sendo mostrados dessa forma. Depois dessa atividade, me deu vontade de participar de uma operação de lançamento de verdade”, diz o goiano Micael Pereira, aluno do ensino médio.

A oportunidade de conhecer as instalações do CLBI e entender como é o processo de lançamento e rastreio de um foguete foi um dos momentos de maior aprendizado para o professor de física do Instituto Federal da Bahia (IFBa), Helder Tanaka. Para ele, foi um momento ímpar de vivenciar a astronomia na prática. “Enxergo isso como uma chance de ampliar o meu repertório e futuramente melhorar a minha abordagem do assunto para os alunos”, comenta.

Na atividade, estudantes e professores visitaram os Centros de Controle e de Telemetria – locais em que os lançamentos são monitorados e rastreados, respectivamente.

O último dia do evento contou com a palestra do Astronauta Marcos Pontes. Ele falou sobre a Missão Centenário, projeto da AEB junto com a Agência Espacial da Federação Russa que enviou em 2006 o primeiro brasileiro ao espaço. “Um país se faz com ciência, tecnologia e educação. Encontros como a Jornada Espacial cria agentes multiplicadores do conhecimento e ainda forma futuros profissionais para a nação”, comenta Pontes.

O astronauta Marcos Pontes contou, na apresentação, a sua trajetória na Força Aérea Brasileira (FAB) por organizações como a Academia da Força Aérea (AFA) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Mas o que mais chamou a atenção da audiência foram os relatos de Pontes sobre a ida ao espaço. As rotinas de preparação antes de embarcar, as simulações de ambiente sem gravidade e as técnicas para aprender a sobreviver no espaço foram alguns dos temas que fizeram alunos e professores se sentirem astronautas por alguns minutos.

A Jornada Espacial é um evento realizado em parceria com o CLBI, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Para Bezerra é importante mostrar para os jovens as atividades que são realizadas no setor aeroespacial nos dias atuais: ”além disso, é fundamental apresentar as possibilidades que enveredar por essa área pode trazer para todos nós”, diz.



Fonte: Site do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)

Comentário: Como já disse anteriormente sou um entusiasta desse evento e lamento muito a sua perda de espaço na mídia, que infelizmente pouco vem divulgando suas atividades nos últimos três anos. Entretanto, em nossa opinião, talvez por falta de visão, de logística ou de recursos adequados, ou até mesmo a junção dessas três situações, com a realização pela primeira vez da Jornada Espacial em um centro de lançamento, foi perdida uma grande oportunidade de oferecer a esses alunos e professores a possibilidade de participar de uma missão espacial de verdade. Veja o que disse segundo a nota do CLBI o jovem aluno Micael Pereira: “É muito interessante ver os assuntos da física sendo mostrados dessa forma. Depois dessa atividade, me deu vontade de participar de uma operação de lançamento de verdade”. Pois é leitor, veja você como são as coisas e a fome de aprender dessa gente que infelizmente não esta adequadamente sendo suprida.  Seja qual for à razão, nessa primeira Jornada ocorrida em um centro de lançamento brasileiro poderia ter sido oferecida uma missão de lançamento de um foguete FTB ou mesmo um FTI, onde então seria colocado abordo um pequeno experimento ou experimentos desenvolvidos pelos alunos e professores participantes. Bastava para isso, que os participantes enviassem com antecedência as suas sugestões a uma comissão julgadora que então faria a escolha das quais seriam desenvolvidas entre os alunos e professores durante a jornada, sendo então lançadas ao espaço no último dia do evento. E essa opção poderia também ser ampliada para lançamento de balões, onde também experimentos poderiam ser colocados abordo. Mas enfim... são só algumas sugestões.

Comentários

  1. Continuo achando um completo absurdo esses foguetes FTB e FTI, que já foram bastante testados continuarem a ser lançados sem nenhuma carga útil.

    É uma completa falta de visão, pois se é para treinar, porque não treinar também a parte de integração e rastreio de carga útil?

    Seria benéfico para todos, e essas cargas úteis poderiam vir de escolas técnicas e universidades de todo o país...

    Tão simples, porém ao mesmo tempo parece tão difícil...

    Só não vê quem não quer !!!

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